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Início Bem viver Agroecologia

COMIDA DE QUALIDADE

Na Feira do MST, famílias camponesas e comida sem veneno são as principais estrelas

Produtores familiares compartilham histórias de luta pela terra e o orgulho de produzir alimentos saudáveis

11.maio.2025 às 09h00
São Paulo (SP)
Thalita Pires
Na Feira do MST, famílias camponesas e comida sem veneno são as principais estrelas

Assentados e acampados de todo o país mostram seus produtos na feira - Priscila Ramos / @cylabg

Jonathas de Moura, conhecido no assentamento Califórnia como Johnny do Mel, saiu de Açailândia, no Maranhão, na segunda-feira (5), em direção a São Paulo (SP), para participar da Feira da Reforma Agrária. O evento, que vai até este domingo (11), reúne produtores de todos os estados em que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra está organizado – são 24 unidades da federação com produtores expondo e oferecendo itens sem veneno para o público paulistano.

Foram dois dias e meio na estrada para percorrer 2,3 mil quilômetros. Johnny e seus companheiros chegaram à capital paulista na manhã desta quinta-feira (8), dia de abertura da feira. Foi o tempo de organizar os produtos e começar a vender. “É um Deus nos acuda, mas a gente fica muito satisfeito e feliz”, diz o produtor de mel. “A gente vem e traz um caminhão com os produtos e o pessoal vem no ônibus”, diz ele, explicando a logística envolvida para a participação na feira.

Para ele, todo o esforço vale a pena para participar da grande vitrine da produção da reforma agrária. “Essa feira é tão importante, até mais do que o povo pode imaginar. Porque a feira da agricultura familiar, essa feira que une 27 estados em um único local, trazendo o melhor do seu produto agrícola, o melhor da sua culinária, é muito importante para o desenvolvimento financeiro de todos os assentamentos do país”, diz. “Aqui a gente consegue vender uma quantidade que talvez em um ano a gente não consegue vender lá”, quantifica.

Do Maranhão, produtores trouxeram mel, tapioca, feijão, arroz vermelho e outras opções – Thalita Pires/Brasil de Fato

A banca do Maranhão apresentou ao público produtos como óleo do coco babaçu, cachaça temperada, cachaça artesanal, farinha de puba, tapioca, feijão, arroz vermelho, inhame e abóbora. “É tanta coisa do Maranhão que a gente vem trazendo com muito carinho, com muito amor, que a gente prepara para trazer para vocês aqui no estado de São Paulo.”

O assentamento Califórnia tem 29 anos de existência. Jonathas chegou ao local aos oito anos de idade, logo no início da história da ocupação. “Hoje eu vou fazer 38 anos e graças a Deus amo muito o meu assentamento, a minha terra. Lá a gente trabalha dessa forma organizada para organizar a produção agrícola. Tudo isso a gente tenta fazer com a ajuda do MST, que tem nos ajudado muito desde a fundação do assentamento”, contou.

Isabel Cristina, do assentamento João do Vale, também em Açailândia, trouxe para a feira produtos como batata doce, jerimum, inhame, feijão de corda, feijão branco, feijão manteiguinha e feijão caupi. Este último, ela explica, “já acabou”.

A presença em São Paulo, para Isabel, significa reafirmar a qualidade da produção dos agricultores que conquistaram a sua terra. “A gente quer mostrar que é possível a gente produzir. Produzir com qualidade, produzir produto sem agrotóxico”, destaca. “Mostrar que lá nas nossas regiões, lá no nosso chão, nos nossos assentamentos, nós produzimos.”

Ela chegou no assentamento em 2017, para gerir a escola local. Mas a luta pela terra começou em 2007, como acampamento. Em 2009 a área foi regularizada e virou assentamento. Ela explica que alguns companheiros arrendaram seu lote durante a pandemia, por conta da crise econômica que se abateu na região. “Quem foi pra cidade já está muito arrependido”, conta.

Muitas pessoas já decidiram que voltarão para a terra assim que terminar o contrato de arrendamento. “A ideia agora é a gente reflorestar o assentamento com alguns companheiros que já decidiram que, quando terminar o contrato com o agro, vão retomar sua terra. A gente já está nesse trabalho de produção de mudas para fazer o reflorestamento do assentamento”, comemora.

Da cidade de Guapó, em Goiás, Moacir Moreira Filho, do Assentamento Canudos, apresentava cachaças artesanais, geleias, doces, conservas caseiras, queijo mussarela, queijo coalho, linguiça defumada, conserva de gueroba, entre outros, de vários produtores da região.

Moreira, que produz cana e leite em sua terra, chegou ao local ainda adolescente, com seus pais. “A gente participou do processo de luta, acampamento, ocupações, despejo durante do anos. Até que a gente conseguiu a emissão de posse da fazenda que aí virou um assentamento”, conta sobre o processo que durou de 1997 a 2000.

Produtores de Goiás oferecem laticínios e embutidos na Feira do MST – Thalita Pires/Brasil de Fato

“Tem bastante produção lá, tem muita variedade tem muitas famílias produzindo. São 329 famílias produzindo e produz de tudo”, diz.

O processo de preparação para a feira, conta Moreira, envolve “muita adrenalina”. “É muito emocionante, porque a gente faz todo um processo de preparação, a gente passa dias e dias além de produzindo, embalando e envasando os nossos produtos e organizando para poder trazer. É muito gratificante, tem uma adrenalina. Porque tem um tempo para cumprir, mas tudo dá certo. Nós somos um povo organizado, a gente consegue sair bem nisso”, explica.

Do Rio de Janeiro, um dos estados com a menor produção agropecuária do país, Graciele Dornelas representa o Assentamento Irmã Dorothy, que fica na cidade de Quatis. O carro chefe da produção, conta, é a banana. Mas no local também há a produção de cachaça, licores, doces, compotas, pimenta, doce de leite, cocada, fubá, temperos e até sabonetes.

É a primeira participação de Graciele na Feira Nacional da Reforma Agrária. “É uma experiência maravilhosa. Aqui nessa feira a gente conhece muitas pessoas, a gente conhece muitas raças e isso é muito importante para nossa cultura. Estamos todos muito felizes. Cansados, mas muito satisfeitos, com muita felicidade de estar aqui”, conta.

A história do assentamento começou em 2005, com a ocupação da Fazenda das Pedras. Após 20 anos de espera, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) publicou neste ano a Relação de Beneficiários para o assentamento definitivo. “Agora em 2005 saiu a primeira listagem, que é uma listagem das pessoas classificadas para serem assentadas”, comemora a produtora.

Além disso, uma decisão judicial deste ano considerou que o casarão da antiga fazenda, que estava ainda em posse dos antigos proprietários, pertence aos assentados. “Temos o nosso casarão. Vão ser dois dias de festa para comemorar”, conta. O assentamento conta com 36 famílias.

Do assentamento Irmã Dorothy, no sul fluminense, produtores destacam banana, compotas e cachaça – Thalita Pires/Brasil de Fato

Graciele chegou ao assentamento há 15 anos. “Eu cheguei no assentamento através do meu pai. Meu pai tinha um amigo que conheceu o MST, conheceu um assentamento e ele tinha acabado de se aposentar. Então ele foi e levou toda a família”, relata.

“Eu tinha 25 anos na época. Meus filhos nasceram no assentamento. Eu tenho três filhos, um de 22 anos, um de 19 e um de 14. Todos estão lá com a gente, querem ficar, amam trabalhar com a natureza, amam esse processo do alimento saudável. É com um propósito. Além de levar uma vida mais saudável para nossa família, a gente tem esse trabalho de levar uma vida saudável para todos e um alimento com valor acessível e totalmente natural”, diz.

Editado por: Lucas Estanislau
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