A região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, carrega em sua história um legado de riquezas, lutas e resistência. Por isso, está aberta para visitação, de forma gratuita, até o dia 17 deste mês, a exposição Quilombos do Vale do Jequitinhonha: resistência, cultura e memória, que acontece no município de Virgem da Lapa.
A mostra é um desdobramento do projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha: música e memória, que recebeu o prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade — mais importante reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) —, e tem como objetivo resgatar a memória da cultura quilombola e valorizá-la, por meio de um rico acervo de fotos e utensílios da cultura quilombola expostos para todos os públicos.
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Além disso, durante a atividade, é possível ler textos que informam e exaltam a ancestralidade quilombola que habita naquela região.
O projeto precursor da exposição pesquisou cerca de 60 comunidades quilombolas, mostrando a beleza e a diversidade de povos de quatro cidades da região: Minas Novas, Berilo, Chapada do Norte e Virgem da Lapa.
A mostra, além de Virgem da Lapa, também passou nesses outros municípios e, ainda este ano, deve seguir para Belo Horizonte e Brasília.
Segundo os realizadores da iniciativa, o trabalho, além de trazer a memória e valorizar a cultura ancestral, também serve para reforçar a vivacidade e intensidade do povo do Vale do Jequitinhonha — seja por meio da dança, da religião, da culinária ou da forma de lutar diariamente contra problemas que afetam a população, como a mineração do lítio e a escassez hídrica.