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DENÚNCIA

Moradores de comunidade tradicional afetada por conflito agrário no oeste da Bahia são presos ao chegar no Rio de Janeiro

Solange e o marido foram detidos ao desembarcarem no Rio; movimentos populares denunciam que prisão é arbitrária

20.maio.2025 às 13h47
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Moradores de comunidade tradicional afetada por conflito agrário no oeste da Bahia são presos ao chegar no Rio de Janeiro

Solange Moreira Barreto e Silva é fecheira, militante do MAB e agente comunitária de saúde - Patrícia Sousa

Na última sexta-feira (16), dois integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e trabalhadores da comunidade tradicional de Fundo e Fecho de Pasto de Brejo Verde, no município de Correntina, na Bahia, foram presos de forma arbitrária no Rio de Janeiro. Solange Moreira Barreto e Silva e o marido, Vanderlei Moreira e Silva, estavam viajando a passeio quando foram detidos pela Polícia Federal ao desembarcarem no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

O casal, que planejou a viagem para a capital fluminense por três anos, não sabe a motivação da prisão. O processo segue em segredo de justiça.

A Defensoria Pública do Estado do Rio está acompanhando o caso. Na última segunda-feira (19), ocorreu a audiência de custódia. Ao Brasil de Fato, o órgão informou que “a prisão foi um cumprimento de um mandado de prisão expedido na Bahia, e o juízo da audiência de custódia do Rio manteve a prisão preventiva.” O indicativo é que o caso siga pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), na Vara de Jurisdição Plena da Comarca de Coribe.

Por meio de nota, o MAB denuncia que, além de Solange e Vanderlei, outros quatro trabalhadores estão com mandados de prisão em aberto e não sabem a razão das acusações. As advogadas que acompanham o caso estão, desde sexta-feira (16), requerendo ao Judiciário, Comarca de Coribe, habilitação no processo, pedido que vem sendo negado, tendo sido realizada a audiência de custódia sem que os representantes legais dos fecheiros tivessem acesso aos autos dos processos, o que configura violação de direitos fundamentais à ampla defesa, contraditório e informação.

“Todas essas pessoas são reconhecidas historicamente na região pelo compromisso com a defesa dos territórios tradicionais, das águas, dos direitos humanos e da vida. Trata-se de uma prisão política e de criminalização das comunidades que lutam contra a grilagem de terras e expropriação dos territórios na região oeste da Bahia”, destaca a nota do movimento.

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O Brasil de Fato procurou a Comarca de Caribe para saber do andamento do caso. O órgão não respondeu até o fechamento da reportagem.

Conflito agrário

As comunidades de Fundo e Fecho de Pasto do oeste da Bahia são reconhecidas como povos e comunidades tradicionais pela Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) e se destacam por práticas sustentáveis de uso coletivo da terra, como a criação extensiva de gado em áreas comuns, o manejo tradicional do fogo e a proteção de nascentes que contribuem para a preservação da sociobiodiversidade.

A comunidade de Fundo e Fecho de Pasto de Brejo Verde tem sido alvo constante de violência. Além das prisões de trabalhadores, recentemente, o rancho da comunidade foi destruído e queimado, houve invasões policiais sem mandado judicial, com ameaças e violência psicológica contra os moradores.

Os episódios são parte de um contexto mais amplo de criminalização das comunidades tradicionais que lutam contra a grilagem de terras e a expropriação de seus territórios por empresas do agronegócio. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o município de Correntina é o mais conflitivo da Bahia, com 132 ocorrências registradas entre 1985 e 2023.

“Há mais de 30 anos, essas comunidades reivindicam ao estado da Bahia que essas terras sejam destinadas para as famílias de forma legal e que esse reconhecimento possa inibir a grilagem e o desmatamento. A forma como o agronegócio tem se apropriado do oeste da Bahia é predatória e cruel, retira a água, impermeabiliza o solo. A realidade dos camponeses é de uma insegurança”, relata Julita Carvalho da equipe da CPT da Bahia à reportagem.

O Coletivo dos Fundos e Fechos de Pasto da Bacia do Rio Corrente, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Comissão Pastoral da Terra (CPT-BA), a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais da Bahia (AATR/BA), a Campanha Nacional contra a Violência no Campo, Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (Renap) e a Escola de Ativismo estão atuando em conjunto para denunciar o caso e assegurar a ampla defesa dos trabalhadores.

Editado por: Vivian Virissimo
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