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Início Educação

CONTRADIÇÕES

Nova forma de ingresso na UFMG gera controvérsias entre educadores e estudantes

Universidade divulgou obras que vão fazer parte da primeira etapa do vestibular seriado, que acontece em dezembro

20.maio.2025 às 18h41
Belo Horizonte (MG)
Lucas Wilker
Nova forma de ingresso na UFMG gera controvérsias entre educadores e estudantes

preocupação básica orienta a reflexão de especialistas: o perigo de um possível aprofundamento das desigualdades no acesso à instituição - Imagem: Marcus Vinícius dos Santos | UFMG

Dissensos marcam a forma como professores e estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) enxergam a nova modalidade de entrada na instituição de ensino superior, a partir do chamado vestibular seriado. Uma preocupação básica orienta a reflexão de especialistas: o perigo de um possível aprofundamento das desigualdades no acesso à instituição. 

Na proposta, denominada oficialmente Processo Seletivo de Avaliação Seriada (PSAS), os estudantes serão avaliados em três etapas, cada uma delas relativa a um ano do ensino médio. 

Segundo a UFMG, alunos de qualquer ano deste ciclo de ensino poderão participar, incluindo aqueles que já terminaram o ensino médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com isso, a expectativa é que os primeiros selecionados pelo Seriado UFMG comecem a graduação em 2028. 

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30% das vagas de cada curso da UFMG serão preenchidas por meio do novo modelo, os outros 70% continuam a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Mesmo com algumas ressalvas apresentadas por docentes acerca da maneira como o documento sobre o vestibular foi construído, a UFMG aprovou a proposta em 30 de janeiro deste ano. Mas a dúvida principal permaneceu: quais serão os os estudantes beneficiados com esse vestibular seriado?

É o que reflete  Tarcísio Mauro Vago, professor e integrante da Diretoria Setorial do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBHUFMG+).

“É uma prova no primeiro ano, uma prova no segundo ano, uma prova no terceiro ano e dessas provas é que se tira o resultado dos estudantes. Nossa preocupação é que não se pode falar de família no Brasil no singular. Nós sempre precisaremos pensar em famílias com as suas diferentes configurações, assim como não podemos falar de jovem no singular”, aponta.

“Quais são os jovens e as jovens que, desde muito cedo, já precisam combinar os seus estudos com trabalho para se manter, para ajudar a manter as suas famílias?”, questiona. 

Juventude e desigualdades

Camila Moraes, diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante do movimento Levante Popular da Juventude, acrescenta à discussão. 

“A gente está passando por um profundo debate sobre a jornada de trabalho, as escalas de trabalho no nosso país, com a luta pelo fim da escala 6×1, que é uma escala que atinge, especialmente, a juventude negra e periférica do nosso país, que impede que a juventude possa ter acesso ao lazer e à cultura, de viver a cidade e a sua própria juventude, mas também nega o direito fundamental à educação, em especial ao ensino superior”, argumenta. 

Nesse sentido, ela explica que, na sociedade brasileira, quem tem tempo  para planejar a sua vida é aquele jovem que não necessariamente está inserido nessa dinâmica “exploratória e opressora de trabalho”. 

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“O que reafirma a possibilidade e o risco de, cada vez mais, a UFMG deixar de ser uma universidade que tem as suas portas abertas para o povo brasileiro, para o povo de Minas Gerais, para as filhas e para os filhos das trabalhadoras e trabalhadores do nosso país, e de que passe a refletir novamente um caráter elitista e excludente”, avalia a diretora da UNE. 

Justificativas e discordâncias

As justificativas apresentadas pela UFMG para realização do PSAS incluem, especialmente, a diminuição da evasão e não matrícula de convocados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que tem dificultado o preenchimento das vagas. 

A instituição também cita o aumento de vínculos da universidade com as escolas de educação básica e com a região em que ela se situa; a garantia de que a universidade tenha autonomia na realização do seu processo seletivo e a realização de uma avaliação de melhor qualidade, em comparação ao Enem. 

Em março deste ano, a aprovação do vestibular seriado da UFMG motivou a realização de um seminário, organizado pelo APUBHUFMG+, para repercutir e formular questões sobre o processo seletivo. Entre as diversas questões apresentadas, professores chamaram a atenção para a excelente política de ações afirmativas e de permanência da instituição, que devem continuar em permanente aprimoramento. 

Outro ponto que chamou a atenção, no debate, é que, segundo os docentes, diante da precarização do ensino público mineiro durante o governo de Romeu Zema (Novo), será necessário que a federal esteja sempre atenta à maneira como a aprendizagem tem sido desenvolvida no estado. Nesse sentido, os professores propuseram uma efetiva articulação com as escolas públicas estaduais de ensino médio. 

A Congregação da Faculdade de Educação (FAE) publicou uma nota na qual resume o posicionamento do programa de ensino, pesquisa e extensão Observatório da Juventude e pelo professor Cláudio Nogueira, membro do Grupo de Estudos sobre Educação Superior. 

“A proposta prevê que as escolas garantirão informações e incentivarão os estudantes

e as suas famílias em relação ao PSAS, como mencionado. O perfil das escolas que terão melhores condições de estabelecer a parceria com a UFMG e adaptar seus currículos à matriz de referência desde o primeiro ano do ensino médio, incluindo o estudo das obras literárias, não atende, em sua maioria, às camadas populares”, chama a atenção um trecho do documento. 

Vigilância do processo

Tarcísio Mauro Vago salientou, ainda, que não há dados suficientes sobre outras universidades brasileiras que adotaram o vestibular seriado para embasar argumentos mais aprofundados. E isso, segundo ele, demanda que a comunidade acadêmica esteja atenta a todo o processo.

Atualmente, mais de 20 universidades brasileiras praticam essa modalidade de processo seletivo, criado pela Universidade de Brasília em 1995. A UFMG é a sexta universidade pública, em Minas Gerais, a adotar o vestibular seriado. 

“Nós estamos defendendo que, se é para adotar um processo seletivo, que se adote baseado no princípio da expansão da política de ações afirmativas, de permanência e assistência estudantil”, realça. 

Obras divulgadas

A  Etapa 1 do ciclo 2025-2027 será realizada no dia 14 de dezembro deste ano. No dia 8 de maio, a Câmara de Graduação aprovou a versão preliminar do Documento Norteador do Seriado UFMG. 

As obras escolhidas para integrar a primeira prova são o romance Memórias de Martha, de Julia Lopes de Almeida (1862-1934), a canção Principia (álbum AmarElo), do rapper Emicida, e o conjunto de autorretratos Pão e circo, do artista Paulo Nazareth.

Camila Moraes faz um aceno positivo à iniciativa de incorporar outras formas de leitura da realidade brasileira, a partir da música, da arte e da cultura, mas alerta que é insuficiente diante do modelo colocado. 

“Só a incorporação de uma música em um vestibular, de um livro e uma prova, não é suficiente para alterar a realidade da universidade e de fato garantir que esse sujeito esteja ali naquele espaço, ocupando culturalmente, mas também politicamente”, alerta.

“Mas não é um movimento totalmente ineficiente, tem um simbolismo sim e, do ponto de vista da disputa das ideias, da disputa simbólica, é importante que as universidades brasileiras se atualizem, incorporem pensadores e pensadoras que são fruto da realidade do nosso povo, que olham para essa realidade e que produzem muita coisa boa”, finaliza. 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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