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Eleição do PT

Tendência é eleição de Edinho Silva no PT, mas pragmatismo preocupa identidade da esquerda, avalia cientista político

Para Paulo Roberto Souza, possível nova direção sinaliza distanciamento do partido em relação às suas raízes combativas

20.maio.2025 às 12h09
Atualizado em 21.maio.2025 às 11h23
São Paulo (SP)
Adele Robichez, Gabriela Carvalho e Kaique Santos
Edinho Silva, candidato à presidência nacional do PT

Edinho Silva, candidato à presidência nacional do PT - Antônio Cruz/Agência Brasil

O Partido dos Trabalhadores (PT) se prepara para eleger um novo presidente nacional, e a tendência é que o escolhido seja o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. A possível vitória é vista como um sinal de continuidade da hegemonia da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), alinhada ao pragmatismo político do lulismo. A avaliação é do cientista político Paulo Roberto Souza, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), que acredita que essa guinada pode ser preocupante para a identidade da esquerda no Brasil.

“A tendência com o Edinho talvez seja um sentido mais pragmático, mais governista, e isso também pode ser preocupante”, avaliou Paulo Roberto, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

Segundo ele, a eleição interna que definirá o novo presidente nacional do partido é mais do que uma formalidade. Trata-se de um momento crucial para definir os rumos do partido não apenas no curto prazo, com os desafios do atual governo Lula (PT) e das eleições de 2026, mas também no horizonte do pós-Lula.

“É muito importante o PT voltar a refletir sobre a sua posição de disputa no cenário político-partidário brasileiro, de sair de uma postura talvez muito conciliadora, dada a condição colocada nos últimos anos”, afirma, referindo-se à ascensão da extrema direita.

A corrida conta com quatro candidaturas: Rui Falcão, Romênio Pereira, Valter Pomar e Edinho Silva. O atual vice-presidente da legenda, Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), havia se lançado como pré-candidato, mas acabou desistindo. A eleição para a presidência nacional do PT está marcada para o dia 6 de julho e deve mobilizar cerca de 1,3 milhão de filiados.

Fim da era Gleisi e os desafios da nova direção

Com a saída de Gleisi Hoffmann da presidência nacional do partido após sete anos, para assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo federal, o partido inicia um novo ciclo. Souza destacou a importância do papel desempenhado por Gleisi, especialmente durante o enfrentamento ao governo Bolsonaro (PL).

“Ela foi muito atacada, principalmente por ser mulher, e muito estigmatizada, mas sempre teve uma postura muito aguerrida, de posicionamento, de não baixar a cabeça para essas ofensas”, disse o professor. “Ela conduziu o PT a uma união significativa que teve como consequência a eleição do terceiro mandato do presidente Lula. Isso não é pouca coisa.”

Para ele, a gestão de Hoffmann representou um esforço para manter o PT no centro da disputa política. A possível vitória de Edinho Silva, por outro lado, pode reforçar uma linha mais institucional e moderada. Essa mudança de papel, alerta o professor, pode diluir o protagonismo do partido e enfraquecer sua identidade combativa.

“O risco disso é você perder totalmente a sua identidade, perder uma agenda, e aí, efetivamente, o campo progressista ser cada vez mais subordinado e oprimido pelos campos conservadores da extrema direita”, sugere.

O futuro da esquerda

Na avaliação de Paulo Roberto, o enfraquecimento da esquerda não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Ele observa que partidos progressistas em diversos países da Europa também têm sido empurrados para o centro e sofrem com o crescimento da extrema direita.

“Na Europa Ocidental cresce cada vez mais a quantidade de partidos de direita e extrema direita, e os partidos progressistas ficam cada vez mais acuados, convergindo para um meio-termo. Isso é perigoso”, avalia.

Nesse cenário, diz ele, é fundamental que o PT mantenha sua capacidade de debate independente, tanto em relação ao lulismo quanto às demais forças do campo progressista, para preservar sua identidade e disputar hegemonia na sociedade. “O PT tem em torno de 30% do eleitorado como base, é o principal partido do Brasil. É importante que continue no espaço público fazendo o debate de forma independente”, afirmou.

Apesar de o PT não ser o partido com mais filiados no Brasil, sua base é considerada a mais ativa politicamente. “Essas cerca de 1,5 milhão de pessoas filiadas ao PT tendem a ser mais engajadas do que os partidos do Centrão e da extrema direita, agora com o PL agora crescendo”, contextualiza o professor.

Eleições 2026 e o desafio paulista

A disputa pela presidência do PT também está ligada às perspectivas eleitorais do próximo ano. Em estados como São Paulo, onde o partido nunca venceu a eleição para o governo, a articulação será determinante. Segundo o professor, é preciso “repolitizar” o debate e reconstruir pontes com o interior paulista, onde o partido perdeu capilaridade.

“No sentido pragmático, pensando inclusive na possibilidade de derrota. caso [o atual governador de São Paulo] Tarcísio Freitas fique [no poder], é importante trazer novas alternativas, novas expectativas, esperanças e protagonismo para esse interior que está cada vez mais articulado com a extrema direita”, explicou.

Embora nomes como os dos ministros Alexandre Padilha e Fernando Haddad estejam no radar, a definição de candidaturas ainda está em aberto, e poderá ser influenciada diretamente pela nova direção nacional do partido.

A ascensão de Edinho Silva, um político com base no interior paulista, reforça esse cenário, mas com desafios. “A derrota do candidato apoiado por ele em sua própria cidade mostra como o campo progressista tem dificuldade de debater o interior”, aponta Souza.

Diante da tentativa de setores da mídia e do mercado de “vender” Tarcísio de Freitas (Republicanos) como uma figura moderada, o professor alerta: “Tentam tratá-lo como um bolsonarista sem Bolsonaro, um café sem cafeína. […] Mas ele ainda representa essa extrema direita articulada.”

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: lula
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