Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Impasse

Guerra na Ucrânia: entenda o que está em jogo na retomada de negociações

Divergência sobre cessar-fogo gera impasse e pouco resultado na volta do diálogo entre Moscou e Kiev

21.maio.2025 às 16h36
Moscou (Rússia)
Serguei Monin
Kremlin está aberto a reunião entre Putin e Zelensky se houver acordo prévio; Trump confirma conversa com Moscou para segunda

Membros das delegações ucraniana (E) e russa (D) participam de reunião no escritório presidencial turco em Istambul - AFP PHOTO / UKRAINIAN FOREIGN MINISTRY

A Rússia e a Ucrânia voltaram a realizar negociações diretas pela primeira vez desde março de 2022, mas o caminho para a paz ainda promete ser muito longo. As conversações que aconteceram em Istambul não trouxeram muitos resultados concretos, mas deixaram pistas sobre os desafios e dilemas em jogo.

O único acordo concreto entre Kiev e Moscou em 16 de maio, em Istambul, foi sobre a troca de mil prisioneiros de guerra de cada lado, a maior desde o início do conflito. De resto, o saldo positivo da própria retomada das negociações e das manifestações de disposição para a continuidade do diálogo.

Ao Brasil de Fato, o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fabiano Mielniczuk, diz que é “muito positivo que depois de anos, a Ucrânia e a Rússia voltem a conversar para tentar encontrar uma solução negociada para o conflito”. Mas destaca que é muito difícil solucionar um conflito após mais de três anos de interrupção de contatos diretos, o que é refletido nos modestos resultados das negociações de Istambul.

Segundo ele, durante as conversações de Istambul, em março de 2022, havia cenário mais favorável para se chegar a acordo sobre o conflito. Depois de um mês da incursão militar russa na Ucrânia, havia ainda um número de baixas bastante diminuto, “um esforço de guerra envolvendo as duas sociedades dos dois países quase que insignificante” e “não tinha tantos traumas e tanta violência, digamos assim, para alimentar os lados que são os opositores da paz, seria muito mais fácil ter feito isso no começo”.

“Depois desses três anos de conflito, um número elevadíssimo dos dois lados, sociedades mobilizadas pelo esforço de guerra e que, no caso da Rússia, principalmente, já há uma economia que se reorganizou para fazer a guerra e que tem entregue para a população resultados bastante importantes em termos de emprego, qualidade de vida. É muito difícil você desmobilizar tudo isso pela vontade dos líderes”, argumenta.

Dentre os principais pontos de controvérsia nos preparativos da reunião de 16 de maio em Istambul foi a exigência da Ucrânia e parceiros ocidentais de estabelecer cessar-fogo de 30 dias como condição inicial para quaisquer avanços diplomáticos. Moscou, no entanto, defende que as partes têm que primeiro negociar e encontrar uma solução para o que o Kremlin chama de “causas profundas do conflito”, para, só depois, conseguir acordar sobre os termos da trégua.

Mielniczuk diz que a divergência entre Moscou e Kiev reflete o atual momento no campo de batalha, no qual a Rússia vem tendo significativas vitórias e segue avançando. Uma trégua incondicional e imediata beneficiaria a Ucrânia, que se vê em situação complicada, principalmente por não contar mais com apoio irrestrito dos EUA, após a chegada de Donald Trump ao poder.

“Para quem beneficiaria, por exemplo, um acordo que pusesse fim ao conflito no curtíssimo prazo? Em termos humanitários, a todos, porque vão parar as mortes. Agora, em termos políticos, beneficiaria o lado que está mais fraco, que está perdendo a guerra, o ucraniano. Ainda mais nesse contexto de falta de apoio dos EUA, que foi o grande incentivador desse conflito desde o início. Para a Rússia, não interessa tanto acabar com a guerra assim”, afirma o pesquisador.

A Ucrânia, por sua vez, acusou a Rússia de exigências inaceitáveis nas negociações. A diplomacia ucraniana não divulgou detalhes sobre estas exigências, mas publicações na imprensa citando fontes diplomáticas de Kiev relataram que Moscou reivindicou a retiradas das tropas ucranianas dos territórios da Ucrânia anexados por Moscou. A discussão territorial fica mais complexa porque as quatro regiões anexadas pela Rússia durante a guerra – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye -, ainda não são totalmente controladas por Moscou.

Foi relatado em diversas publicações que o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, teria declarado durante as negociações que a Rússia estaria pronta para conduzir operações militares “para sempre”. Segundo ele, o lado russo também teria ameaçado assumir o controle das regiões de Sumy e Kharkov. Esta ameaça de ocupar mais duas regiões ucranianas também foi mencionado pelo deputado russo da Duma, Yevgueny Popov, durante programa de TV russo, em que ele disse ter obtido a informação “fontes confiáveis ​​próximas ao processo de negociação”.

Coincidência ou não, a região de Sumy foi lembrada nesta quarta-feira (21) durante visita de Putin à Kursk, a primeira após o anúncio de que a Rússia tinha recuperado a região de tropas ucranianas. Durante o encontro com autoridades locais, o chefe do distrito de Glushkovsky da região de Kursk, Pavel Zolotarev, disse ao presidente russo que a cidade ucraniana de Sumy deveria ser anexada ao território russo.

As duas regiões são fronteiriças: Sumy do lado ucraniano, e Kursk do lado russo. Ao ser questionado por Putin sobre a distância que as Forças Armadas Ucranianas deveriam ser recuadas da fronteira para a segurança da região, o Zolotarev respondeu: “Sumy deve ser nossa”, disse. Respondendo em tom humorado e fazendo referência ao governador da região de Kursk, Putin disse: “É por isso que Aleksandr Yevseevich [Khinshtein] foi eleito [chefe da região de Kursk], é isso que ele também quer – mais e mais”.

O anúncio da retomada do controle de Kursk foi feito pelo Ministério da Defesa russo no final de abril. Hoje, nenhum assentamento da região é dominado pela Ucrânia e os combates permanecem intensos na região fronteiriça com Sumy. Moscou vem conquistando mais posições na região ucraniana e, recentemente, Putin reiterou que o país pode continuar avançando no campo de batalha. 

“Temos força e recursos suficientes para levar o que iniciamos em 2022 à sua conclusão lógica, com o resultado que a Rússia precisa. Esse resultado é eliminar as causas que desencadearam esta crise, criar as condições para uma paz duradoura e garantir a segurança da Rússia, bem como a salvaguarda dos interesses do nosso povo nos territórios sobre os quais sempre falamos”, destacou.

Acusando a Rússia de recusar a exigência do Ocidente de um cessar-fogo incondicional na Ucrânia, a União Europeia aprovou na última terça-feira (20) o 17º pacote de sanções contra Moscou, tendo como alvo principalmente o setor petrolífero, de produção de armas e equipamentos militares, incluindo drones.

Além disso, 189 embarcações consideradas como parte de uma “frota fantasma” utilizada pela Rússia para exportar petróleo também entraram na lista de restrições europeia.

Paralelamente, o Reino Unido também anunciou endurecimento das sanções contra a Rússia, expandindo a lista de sanções em 82 itens, incluindo 20 indivíduos e 62 entidades. Para Mielniczuck, a Rússia já reorganizou a sua economia para lidar com essa pressão. Portanto, é pouco provável que as negociações resultem em uma trégua entre as partes no curto prazo.

“Qual é o incentivo que a parte que está mais forte no conflito tem para fazer um cessar fogo, se ela está ganhando o conflito? A não ser que seja a negociação de uma paz duradoura, não tem incentivo nenhum. Então, qual é a racionalidade da parte da Rússia aceitar um cessar fogo de 30 dias irrestrito, se não vai haver avanço em uma negociação de paz? Parece que é feito para que o outro lado se reorganize, se rearmar e para que os europeus consigam lidar com essa situação inusitada de os Estados Unidos não estarem dando mais respaldo para a Ucrânia […] Nesse contexto, não há esse incentivo para que a Rússia aceite um cessar fogo. A Rússia tem que ganhar algo com o cessar fogo e nesse sentido, ela não vai ganhar nada em termos militares”, completa.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

Na Rússia

Com Xi e Putin, Lula acompanha desfile dos 80 anos da vitória contra o nazismo

Novas restrições

UE e Reino Unido adotam novo pacote de sanções contra Rússia

NEGOCIAÇÕES

Kremlin está aberto a reunião entre Putin e Zelensky se houver acordo prévio; Trump confirma conversa com Moscou para segunda

Veja mais

Impasse

Guerra na Ucrânia: entenda o que está em jogo na retomada de negociações

'ENERGIA LIMPA'?

Lagoa Seca (PB) recebe o 1º Encontro do Movimento de Atingidos pelas Renováveis entre os dias 23 e 25 de maio

STF

Ex-chefe da FAB confirma que general alertou Bolsonaro sobre prisão 

MEMORIAL

Antigo espaço de tortura durante a ditadura militar é reaberto para visitação em BH

Justiça

Prefeito Ricardo Nunes (SP) é obrigado a cumprir decreto e renomear ruas que homenageiam a ditadura

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.