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Eleições regionais

Venezuelanos escolhem deputados e governadores e colocam governo à prova menos de 1 ano após eleição presidencial

Chavismo tenta reforçar capacidade de mobilização enquanto oposição vai rachada para o pleito

25.maio.2025 às 07h00
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Venezuelanos escolhem deputados e governadores e colocam governo à prova menos de 1 ano após eleição presidencial

Ao todo, 21.485.669 eleitores venezuelanos estão aptos a votar - Federico PARRA / AFP)

Os venezuelanos vão às urnas neste domingo (25) para eleger governadores e deputados depois de uma campanha eleitoral pouco movimentada. A renovação na Assembleia Nacional e nos estados será um teste para o governo avaliar sua capacidade de mobilização nas cidades e tentar manter sua força no Legislativo. O objetivo: consolidar cada vez mais um projeto que dura 26 anos e passou alguns momentos de prosperidade e outros de uma instabilidade que colocou em xeque o chavismo na Venezuela.

Ao todo serão 285 deputados e 24 governadores eleitos em 25 estados. A novidade fica por conta do Essequibo, região disputada entre Guiana e Venezuela e que, pela primeira vez, terá representação de governador e deputados venezuelanos. O único que não tem eleição de governadores é o Distrito Capital, onde está Caracas. Ainda há a votação para prefeituras e conselhos municipais, que são como as câmaras de vereadores. Serão eleitos 335 prefeitos e 2.471 conselheiros em todo o país.

A configuração atual da Assembleia é de maioria do Grande Polo Patriótico, a coalizão do governo de Nicolás Maduro. São 256 congressistas da base governista. Entre os governadores, 19 são do grupo chavista. 

Mesmo com uma maioria expressiva, oposição e governo fizeram uma campanha em marcha lenta. Atos populares, santinhos e cartazes com os nomes dos candidatos foram raros nos últimos dois meses. Não é à toa. Diferente do Brasil, as campanhas eleitorais na Venezuela não têm financiamento público e dependem de doações.

Os candidatos de esquerda usaram duas estratégias para tentar capitalizar os votos. Primeiro, uma participação nas redes sociais. Vídeos, fotos e artes para plataformas digitais foram impulsionadas por candidatos e militantes do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV). 

A segunda ferramenta foi o que os chavistas chamaram de “campanha territorializada”. Por ser uma eleição regional, a estratégia adotada foi caminhar nos bairros e passar de porta em porta para pedir votos e apresentar o programa dos deputados, prefeitos e governadores que disputam as eleições pelo bloco de esquerda. 

Para o sociólogo e mestre em comunicação política Franco Vielma, isso apresenta uma vantagem em relação a campanha convencional, a proximidade com o eleitor. 

“Além das redes, que se tornou uma forma comum do século 21, a estratégia de propaganda, agitação e comunicação está centrada na propaganda territorializada. Está concentrada nos eixos de cidades pequenas, povoados, no interior de cada estado. Isso porque há cargos de governadores e eles fazem um percurso territorial nas cidades, sem mobilizar pessoas nesses lugares. Os deputados também estão distribuídos em circunscrições, o que aproxima muito do eleitor”, disse ao Brasil de Fato.

Oposição sem norte

A direita se dividiu e não formou um bloco coeso em torno nem de uma estratégia nem de candidaturas. O bloco de extrema direita liderado pela ex-deputada ultraliberal María Corina Machado pediu abstenção e que as pessoas não saiam para votar. A sua coalizão, Plataforma Unitária, adotou o lema “Eu já votei em 28 de julho” – fazendo referência a data das eleições presidenciais de 2024.

Eles questionaram a vitória de Nicolás Maduro no ano passado, mas não apresentaram provas ao acusar o processo eleitoral de “fraude”. Eles se apegam a uma lacuna deixada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que, até hoje, não divulgou os resultados detalhados das mesas eleitorais de 2024.

Já outra ala da direita vai participar das eleições e afirma que o boicote já foi usado e não deu certo. Nas presidenciais de 2018 e nas legislativas de 2021, a oposição tentou não participar do pleito com o mesmo argumento, tentar promover a abstenção e “descredibilizar” o governo de Maduro. O resultado, no entanto, foi o controle da Assembleia pelo chavismo e a eleição de governadores de esquerda. Apenas quatro estados hoje tem um Executivo de direita. 

Uma participação tímida dos eleitores, no entanto, é tradição nas eleições regionais. Em 2012, por exemplo, pouco mais da metade dos eleitores votaram (53.94%). Cinco anos depois, a participação foi maior: 61.05%. Em 2021, esse número voltou a cair para 42.26%. Para Vielma, a tendência é que esse movimento se mantenha, com uma participação entre 43% e 48%.

“A primeira explicação é que há muitos eleitores que não estão na Venezuela. A segunda é que as regionais têm menos participação política, menos estímulo. E há setores opositores que estão na eleição, mas estão divididos. Os eleitores sentem que não há candidatos de oposição que podem ganhar por essa fragmentação. Há também uma debilidade da territorialização dos opositores. Isso prejudica a estratégia para construir candidaturas vencedoras na região”, disse. 

A própria extrema direita não está coesa na ideia de não partipar. Algumas lideranças como o ex-governador de Miranda e aliado de María Corina nas ultimas eleições, Henrique Capriles, será candidato a deputado. O deputado José Gregório, da Ação Democrática, afirma que tanto o grupo que pede abstenção quanto a outra ala da extrema direita que vai votar apresentam inconsistências. De acordo com ele, os extremistas que pediram sanções e agora participam das eleições perderam credibilidade com a população.

O congressista entende que o governo não terá tantos votos, mas essa divisão favorece o projeto chavista.

“É uma estratégia errada da oposição que não sabe como enfrentar o governo. Me sinto incomodado que um setor chame abstenção de maneira reiterada. Um governo que não tem votos precisa que as pessoas não votem. E, se votar, vote dividido. É exatamente esse o cenário hoje. Isso tudo favorece o governo e terá como consequência que um governo com poucos votos tenha maioria. Contra um governo como esse é preciso votar unido”, o parlamentar de oposição disse ao Brasil de Fato.

Critério para os candidatos

Ainda que a oposição esteja desmobilizada, o governo não escondeu a preocupação com a eleição e os desdobramentos da vitória de Maduro em 2024, e escolheu a dedo os candidatos. Neste ano não foram realizadas primárias. A escolha partiu das consultas em assembleias de base em bairros e cidades da Venezuela. Os nomes dessas lideranças foram levados para a direção nacional do PSUV, que definiu quem concorre a deputado e governador.

Quatro perfis de candidaturas foram escolhidos para concorrer pela esquerda. Um deles são os nomes expressivos do grupo de Maduro e que voltarão a disputar cargos eletivos. Os principais exemplos são o do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, que encabeça a lista de deputados, a primeira-dama e ex-presidente da Assembleia, Cilia Flores, e o filho do presidente e deputado Nicolás Maduro Guerra.

Outro grupo é formado por políticos que eram lideranças locais e construíram uma força política notável no território. Nesse contexto surgiram nomes fortes nos bairros e nas comunas – espaços de autogestão territorial e econômica criados pelo ex-presidente Hugo Chávez. 

Um terceiro perfil formado pelo PSUV são jovens que alcançaram rapidamente um protagonismo dentro do processo político chamado pelos chavistas de Revolução Bolivariana. E, por fim, há um último grupo formado por dirigentes que já eram lideranças mas que, pela primeira vez, concorrem ao cargo de governador. 

A preocupação do PSUV para a escolha desses candidatos se dá pelo questionamento das últimas eleições pelos oposicionistas e pela pressão cada vez maior dos Estados Unidos sobre a economia venezuelana. Desde que assumiu a Casa Branca, Donald Trump derrubou uma série de licenças ao mercado petroleiro venezuelano e anunciou a saída da estadunidense Chevron do país. A empresa é a principal exportadora de petróleo da Venezuela e todo esse movimento acendeu um alerta vermelho para a direção do partido. 

Somado a isso, a Justiça venezuelana prendeu seis prefeitos em março, acusados de tráfico de drogas no estado de Zulia, próximo à fronteira com a Colômbia. A operação chamada de “Relâmpago de Catatumbo” apreendeu 5,4 toneladas de cocaína, 27 mil litros de combustível, resina, passaportes colombianos e gerou uma crise interna no PSUV, já que três deles integravam o partido.

Os dirigentes da sigla temem o desgaste da imagem do PSUV após a polêmica eleitoral. O plano foi evitar qualquer tipo de turbulência até o pleito e mostrar que a direção se preocupa e não vai tolerar crimes.

Debate esvaziado

A campanha sem ritmo forte nas ruas e na televisão expôs também a falta de debate político e de projetos para a sociedade. Para o pesquisador do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas Eder Peña, a campanha foi pouco centrada em programas e muito em votos. Ele afirma que a estratégia do PSUV de trazer lideranças mais jovens apresentou uma deficiência dos partidos tradicionais.

Peña atribui grande parte dessa falta de debate à postura da oposição depois das eleições de 2024, que mobilizou sua base para atos violentos em todo o país. 

“O PSUV notou que as pessoas não se vinculam a grandes nomes por si só. Os líderes do chavismo pararam de falar em transformações e mudanças regionais. Há pouco conteúdo eleitoral, mesmo tendo uma série de ferramentas, como as Zonas Econômicas Especiais, o aumento na produção e distribuição de alimentos… A oposição conseguiu instalar uma convulsão depois de 28 de julho, o que desidrata toda a política”, disse ao Brasil de Fato.

Para ele, a data também não ajuda, porque acontece menos de 1 ano depois da eleição presidencial, o que teria “cansado” a população. A campanha também foi muito rápida e durou 40 dias. Peña afirma também que os candidatos são pouco conhecidos e os que são conhecidos não mostram “músculo político” com propostas consistentes. 

Outra questão levantada pelo pesquisador é a forma como os veículos nacionais e internacionais “silenciaram” as eleições, com pouca divulgação das propostas. 

O chavismo entende que, por todo esse contexto, é muito provável que candidatos do PSUV tenham uma maioria na Assembleia e consigam eleger governadores nos estados-chave da Venezuela. A expectativa é de ocupar pelo menos 70% do legislativo e conquistar no mínimo 15 estados. O fim dessa eleição vai mostrar se o trabalho do governo nos últimos 9 meses deu resultado ou não. 

Como funciona a eleição

A distribuição do número de deputados na Venezuela se dá pelo número de eleitores de cada estado (ou departamento, em espanhol). Quanto mais eleitores, mais deputados. O estado com maior representação é Zulia, com 25 deputados, e sete estados tem apenas seis deputados, o menor número de representantes: Amazonas, Apure, Cojedes, Delta Amacuro, Nova Esparta, Vargas e Yaracuy. 

Além dessa lista base, outros 48 deputados são eleitos pelo que é chamado de lista nacional, calculada nos votos recebidos por partido. Cada eleitor vota em um candidato e em um partido. Os votos nos candidatos são considerados votos nominais e o voto por partido entra no voto lista.

Já os votos para governadores de estado são simples. Cada eleitor vota em um e o mais votado em cada estado vence. A Venezuela hoje conta com 24 estados, mais o Essequibo. O Distrito Capital não tem governador.

Ao todo, 21.485.669 eleitores venezuelanos estão aptos. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), outros 196.824 cidadãos estrangeiros residentes no país têm direito a votar. Serão 15.736 seções eleitorais e 27.713 mesas divididas nestas seções.

Editado por: Raquel Setz
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