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Início Internacional

ELEIÇÃO PETROLÍFERA

Novo gigante do petróleo, Suriname vai às urnas para escolher governo neste domingo

Eleições definem novo rumo para o menor país da América do Sul, prestes a se tornar potência energética

25.maio.2025 às 09h19
Havana (Cuba)
Gabriel Vera Lopes
Novo gigante do petróleo, Suriname vai às urnas para escolher governo neste domingo

Um homem dirige uma motocicleta em frente a uma faixa com imagens dos candidatos do partido APP em Paramaribo, em 23 de maio de 2025. - Foto de Juan BARRETO / AFP

Neste domingo (25), quase 400 mil surinameses vão às urnas para renovar a Assembleia Nacional, o parlamento unicameral de 51 cadeiras que definirá os rumos políticos do país pelos próximos cinco anos. De acordo com o sistema político do Suriname, após as eleições, será a própria Assembleia que entrará em acordo para eleger o novo presidente nas semanas seguintes.

Com uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, o Suriname é o menor país da América do Sul. Antiga colônia holandesa, conquistou sua independência apenas em 1975. É o único país da região cujo idioma oficial é o holandês.

Apesar da baixa densidade populacional e do pequeno território, o Suriname possui uma notável diversidade étnica, incluindo descendentes de indianos, indonésios, chineses, africanos, holandeses e comunidades indígenas. Essa diversidade resultou em um sistema político complexo e fragmentado, fortemente influenciado pela filiação partidária étnica.

O pleito ocorre em um momento decisivo para o Suriname, podendo representar um marco histórico para o país. São as primeiras eleições desde a confirmação da descoberta de vastas reservas de petróleo em águas profundas, a cerca de 150 quilômetros da costa. Com um volume estimado em mais de 750 milhões de barris recuperáveis, essa descoberta tem o potencial de transformar a pequena nação sul-americana em um novo protagonista no mercado global de energia.

Atualmente, o Suriname está se preparando para iniciar a exploração desses recursos por meio de sua empresa estatal de energia, a Staatsolie. A expectativa é que a produção e exportação de petróleo e gás offshore comecem em 2028. O desenvolvimento será conduzido pela TotalEnergies, que será a operadora do campo GranMoru, localizado em águas profundas, com uma capacidade projetada de 220 mil barris por dia.

Em um processo semelhante, a vizinha Guiana está passando por seu próprio “milagre econômico”. Essa ex-colônia britânica, com uma população de pouco mais de 820 mil habitantes, foi por décadas o segundo país mais pobre da América do Sul. No entanto, desde a descoberta de petróleo em 2015, o país vem registrando um crescimento econômico acelerado. Somente em 2024, seu produto interno bruto teve um aumento de 43,6%.

Cenário eleitoral

Quatorze partidos disputam as eleições no Suriname. Entre as principais forças políticas está o Partido Reformista Progressista (VHP), liderado pelo atual presidente Chan Santokhi, que poderá buscar um novo mandato. Também se destaca o Partido de Libertação Geral e Desenvolvimento (ABOP), integrante do governo atual e ocupante da vice-presidência da República.

Na oposição, uma das principais siglas é o Partido Democrático Nacional (NDP), fundado pelo ex-presidente Desi Bouterse, recentemente falecido — ele governou o país de fato entre 1980 e 1987 e, posteriormente, exerceu a presidência constitucional entre 2010 e 2020. A principal liderança do partido atualmente é Jennifer Simons, médica e ex-presidente da Assembleia Nacional durante o governo constitucional de Bouterse.

O governo de Santokhi tem sido marcado pela adoção de medidas de austeridade e pelo aumento de impostos, exigidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como parte do processo de reestruturação da dívida externa do país.

Na tentativa de recuperar apoio popular, o presidente Chan Santokhi centrou a campanha do VHP no lançamento do programa “Royalties para Todos”, que promete um bônus de US$ 750 para cada cidadão, a ser financiado com as futuras receitas da exploração de petróleo.

Por outro lado, a oposição buscou capitalizar o descontentamento social, focando sua campanha em propostas voltadas para maior transparência, estabilidade econômica e descentralização do poder. Nos últimos dias, em meio a um clima de crescente tensão política, Jennifer Simons acusou o partido governista de preparar uma fraude eleitoral, citando casos de “compra de votos, desistências suspeitas de candidatos e desorganização” como evidências.

Um futuro com repercussões internacionais

Tudo indica que nenhum partido alcançará maioria absoluta, o que exigirá que a sigla com mais cadeiras no parlamento negocie uma coalizão com partidos menores — um processo que pode se estender por semanas.

O novo governo terá pela frente um cenário político desafiador. Apesar das expectativas de crescimento econômico atreladas à futura produção e exportação de petróleo e gás, o país enfrenta uma situação interna delicada.

O Suriname convive com uma inflação elevada e uma taxa de pobreza que atinge quase uma em cada cinco pessoas. A dívida pública representa cerca de 79% do Produto Interno Bruto, e o FMI tem exercido forte influência sobre a política econômica, impondo condições rigorosas.

Nos últimos meses, o país também enfrentou uma escalada na violência. Em 2024, o número de homicídios cresceu 382%, enquanto os crimes cometidos com armas de fogo aumentaram 123%. Esses índices alarmantes estão ligados ao avanço da economia ilícita e ao agravamento das desigualdades sociais.

No cenário internacional, especialmente por conta de seu potencial como novo protagonista no mercado global de energia, o Suriname deve atrair um interesse crescente de potências como os Estados Unidos.

A empresa petrolífera estatal Staatsolie ainda não concedeu licenças para 60% dos blocos onde se presume a existência de petróleo, o que tem colocado o país no centro das atenções do cenário geopolítico.

No final de março, como parte de sua turnê pela região, o chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, visitou o Suriname e participou de uma coletiva de imprensa ao lado do presidente Chan Santokhi. Na ocasião, Rubio insistiu com sua retórica sobre a crescente presença da China no país, que classificou como “uma ameaça”.

O Suriname abriga uma numerosa comunidade de origem chinesa e mantém laços estreitos com a República Popular da China, relação que se aprofundou durante o mandato de Dési Bouterse (2010–2020). Estima-se que a China já tenha investido pelo menos 776 milhões de dólares no país, incluindo importantes projetos de infraestrutura em telecomunicações. Em abril de 2018, o Suriname tornou-se um dos primeiros países da América Latina a aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota.

Apesar de ser um país pequeno, essas eleições no Suriname prometem ter um impacto internacional.

Editado por: Nicolau Soares
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