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Início Política

Agressão pública

Dedo apontado, gritos, interrupções e ameaças: Marina Silva é alvo de misoginia no Senado

Ministra do Meio Ambiente deixou a sessão após ocorrido; mulheres do governo reagem com indignação

27.maio.2025 às 16h30
Atualizado em 28.maio.2025 às 12h59
Brasília (DF)
Leonardo Fernandes
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) recebe a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima nesta terça-feira (27)

A ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o senador Marcos Rogério (PL) discutem durante Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) nesta terça-feira (27) - Geraldo Magela/Agência Senado

“Ponha-se no seu lugar”, disse o senador Marcos Rogério (PL) à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que compareceu, como convidada, à Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, nesta terça-feira (27). O motivo do convite foi a prestação de informações sobre estudos para criar a maior unidade de conservação marinha do país, na Margem Equatorial, no litoral Norte do Amapá. Essa também é a região onde a Petrobras pretende realizar estudos para a produção de petróleo. 

Mas a discussão começou sobre outro tema polêmico: a construção da BR-319 que corta a Amazônia, ligando Manaus (AM) a Porto Velho (RO) e é defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A obra passa por 13 municípios, 28 unidades de conservação e 69 comunidades indígenas, sendo uma delas uma comunidade isolada, e depende de licenciamento ambiental. 

Visivelmente exaltado, o senador Omar Aziz (PSD-AM) esbravejou, batendo no peito e apontando o dedo para a ministra. “A gente quer, sim, a BR-319 ministra para passear, como a senhora disse. Queremos sim. Nós temos o direito de passear na 319. E não é a senhora que não vai permitir que a gente passe na 319. Nós, amazonenses, queremos ter o direito de passear na 319. A senhora passeia na avenida Paulista, hoje nós queremos passear na 319”, disse o senador, que interrompeu a ministra diversas vezes durante sua tentativa de resposta. 

“Eu peço para poder falar somente um minuto. Eu estou aqui como convidada”, disse a ministra, que chegou a ter o áudio do microfone cortado pelo presidente da sessão, senador Marcos Rogério (PL-GO). “A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do nosso país, eu lhe digo com a maior naturalidade do mundo. Tem mais de 5 mil obras paradas por causa dessa conversinha de governança, nhen, nhen, nhen, bla, bla, bla.”

Nesse momento, o presidente da sessão decidiu seguir com o debate, sem permitir que a ministra respondesse, no tempo regimental, às afirmações de Aziz. “Os questionamentos são respondidos, os comentários, não”, disse Rogério.

Então, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) chegou a pedir ao presidente da sessão que assegurasse a fala da ministra, sendo repreendida por Rogério. “A senhora está atrapalhando”, disse o senador do PL, provocando um bate-boca com a parlamentar maranhense. 

“O respeito precede dar a ela o direito de fala”, respondeu Gama. “Isso aqui não é ditadura (…) É inadmissível a forma como a senadora está sendo tratada”.

“Essa é uma discussão técnica, causada pela ética, a ética do cuidado com as pessoas, com o meio ambiente, com o futuro do Brasil”, disse a ministra Marina Silva. Logo, voltou a ser interrompida pelo senador Omar Aziz. 

“Meia dúzia de ambientalistas pra falar besteira sem conhecer a nossa região. Nego pago para falar”, disse o senador. 

“A história vai julgar”, respondeu Marina. 

“A história vai lhe julgar, já está julgando”, disse o Aziz, sugerindo que a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.159, conhecido pelos ambientalistas como PL da Devastação, que flexibiliza e afrouxa as regras para o licenciamento ambiental no Brasil. 

“Cada um que votou aqui assuma sua responsabilidade”, retrucou Marina, que foi interrompida pelo presidente da sessão. 

Sexismo

“Essa é a educação da ministra Marina Silva”, disse Rogério.  

“Eu tenho educação. Mas o que o senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa e eu não sou”, disse Marina

“Agora eu sou sexista, ministra?”, questionou o senador Marcos Rogério. E seguiu: “Me respeite, ministra, se ponha no seu lugar”, gerando reação dos presentes. 

“Que absurdo. Ponha-se o senhor no seu lugar”, disse a senadora Eliziane Gama. 

Quando pôde retomar sua fala, a ministra defendeu o trabalho do Ministério do Meio Ambiente. “Ao defender o meio ambiente eu estou defendendo os interesses estratégicos do Brasil”, declarou. 

A discussão seguiu com a ameaça do senador Marcos Rogério de aprovar, desta vez, uma convocação para um comparecimento da ministra à comissão.

Por fim, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), que em março disse que gostaria de enforcar Marina, afirmou que a ministra não merecia respeito. “Olhando para a senhora, estou falando com a ministra, e não com uma mulher”, afirmou. “Eu sou as duas coisas”, retrucou Marina. “A mulher merece respeito, a ministra, não”, concluiu ele.

Marina, então, afirmou que o senador deveria pedir desculpa ou ela se retiraria da sessão. Como Plínio Valério sinalizou que continuaria a discussão, Marina Silva se retirou e, em seguida, a sessão foi encerrada.

Reações das mulheres do governo 


Em nota, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, qualificou de “completo absurdo” o ocorrido na Comissão de Infraestrutura do Senado. “Ela [Marina Silva] foi desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares – em março, um deles já havia inclusive incitado a violência contra ela”.

“É um episódio muito grave e lamentável, além de misógino. Toda a minha solidariedade e apoio à Marina Silva, liderança política respeitada e uma referência em todo o mundo na pauta do meio ambiente. É preciso que haja retratação do que foi dito naquele espaço e que haja responsabilização para que isso não se repita”, finaliza o comunicado.

A primeira-dama Rosângela Silva usou sua conta da rede social Instagram para manifestar solidariedade e apoio à ministra. “Impossível não ficar indignada com os desrespeitos sofridos pela ministra Marina Silva durante sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado”, escreveu Janja.

“Sua bravura nos inspira e sua trajetória nos orgulha imensamente. Uma mulher reconhecida mundialmente por sua atuação com relação à preservação ambiental jamais se curvará a um bando de misóginos que não têm a decência de encarar uma ministra da sua grandeza”, afirmou a primeira-dama.

Na mesma rede, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, publicou um vídeo repudiando a postura dos senadores e declarando apoio à ministra do Meio Ambiente. “Como mulher negra, como ministra, como companheira de Esplanada, sinto profundamente cada gesto de desrespeito como se fosse comigo. Porque é com todas nós. A violência política de gênero e raça tenta nos calar todos os dias, mas seguimos em pé, de mãos dadas, reafirmando que não seremos interrompidas”, escreveu na publicação.

Na rede social X, a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, afirmou que “Marina, simplesmente uma das mais importantes defensoras do meio ambiente, é reconhecida mundialmente”.   

Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência, afirmou ser “inadmissível” o comportamento dos senadores. “Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total  solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva”, escreveu.

Editado por: Martina Medina
Tags: marina silvameio ambientesenado federal
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