A prévia da inflação do mês de maio indica que os preços no Brasil estão subindo menos do que no início deste ano. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta do custo da comida neste mês foi cerca de um terço da registrada no mês passado.
O IBGE é quem calcula o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, o IPCA. O IPCA-15 monitora os preços usando a mesma metodologia do IPCA, mas de meados de um mês para meados de outro mês.
De acordo com o IBGE, de 15 de abril a 15 de maio deste ano, os produtos mais consumidos no país subiram, em média, 0,36%. Isso é 0,07 ponto percentual a menos do que eles haviam subido nos 30 dias anteriores: 0,43%. Em fevereiro, o IPCA-15 chegou a registrar alta de 1,23%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,40%, abaixo dos 5,49% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A meta do governo para a inflação em 2025 é que ela esteja abaixo dos 4,5% – ou seja, hoje ela está acima da meta.
Ainda segundo o IBGE, em abril, os itens de alimentação e bebidas subiram 0,39%. No mês anterior, haviam subido 1,14%. Contribuíram para a desaceleração as quedas do preço do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%). Subiram mais a batata-inglesa (21,75%), a cebola (6,14%) e o café moído (4,82%).
Em abril, o que mais pesou sobre a prévia de inflação foram os itens de saúde e cuidados pessoais – subiram 0,91% – e de habitação,que subiram 0,67%.
No caso da saúde, a alta foi influenciada pelo aumento de produtos farmacêuticos (1,93%), ainda um reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.
Na habitação, a alta de 1,68% das contas de luz pesou sobre o índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional para uso da energia.
Em compensação, o preço dos itens de transportes caiu 0,29%. O resultado foi influenciado pela queda da passagem aérea (11,18%) e estabelecimento de tarifa zero no transporte urbano aos domingos e feriados em Brasília e em Belém.