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VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Deputadas federais do RS instalam comissão na Câmara para investigar feminicídios no estado

Comissão coordenada por Fernanda Melchionna (Psol/RS) vai apurar causas e cobrar ações diante de 28 feminicídios em 2025

29.maio.2025 às 19h02
Porto Alegre (RS)
Marcela Brandes
Deputadas federais do RS instalam comissão na Câmara para investigar feminicídios no estado

Deputadas federais do RS se reúnem em Brasília para o lançamento da Comissão Externa que vai investigar feminicídios no estado - Foto: Divulgação

Em resposta ao grande número de casos de feminicídio no Rio Grande do Sul, a Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira (28), uma Comissão Externa destinada a acompanhar a atuação do poder público na prevenção da violência contra as mulheres. A criação do grupo foi proposta pela deputada federal Fernanda Melchionna (Psol/RS), que também assume a coordenação dos trabalhos, e contou com o apoio de todas as parlamentares federais do estado.

A instalação da comissão ocorre em um contexto de urgência. Apenas nos primeiros cinco meses de 2025, 28 mulheres foram assassinadas no estado por motivos ligados ao gênero, de acordo com a comissão. A situação levou parlamentares de diferentes partidos a se unirem em torno da iniciativa, que busca compreender as causas da violência, fiscalizar a aplicação de políticas públicas e pressionar os governos estadual e federal por respostas concretas.

“Essa ‘força-tarefa’ de todas as deputadas é um movimento importante para fiscalizar e pressionar todos os entes federados para que coloquem a vida das mulheres como prioridade”, afirmou Fernanda Melchionna.

Crescimento dos casos acende alerta

A articulação política para a criação da comissão ganhou força após o feriado de Páscoa, quando, em apenas alguns dias, 11 mulheres foram vítimas de feminicídio em diferentes regiões do Rio Grande do Sul. O número chocou a opinião pública e expôs a fragilidade da rede de proteção às mulheres no estado.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, o estado vem registrando diminuição nos casos crimes de feminicídio nos últimos três anos, após aumentarem nos anos anteriores. O dado oficial aponta que, em 2024, 72 mulheres foram assassinadas, enquanto em 2023 foram 87 e em 2022 foram 111. Contudo, o Observatório Lupa Feminista, que reúne pesquisadoras e trabalha com metodologia diferente da SSP, seguindo modelo adotado pela ONU, registra 111 feminicídios em 2024, o que demonstra estabilidade nos casos.

Após o alto número de casos no feriado de Páscoa, organizações feministas e familiares das vítimas têm denunciado a escassez de recursos, o fechamento de serviços especializados e a demora na aplicação de medidas protetivas. Afirmam que a ausência de políticas públicas efetivas, como casas de abrigo e centros de atendimento, tem deixado mulheres em situação de violência ainda mais vulneráveis.

Comissão deve fiscalizar e propor medidas

A Comissão Externa criada pela Câmara terá como atribuições visitar equipamentos públicos de atendimento à mulher, levantar dados junto a instituições estaduais e federais, realizar audiências públicas e elaborar um relatório com recomendações. Apesar de não ter poder punitivo, o grupo poderá contribuir com propostas legislativas e ações de fiscalização sobre a execução de políticas públicas.

Melchionna destaca que parte do problema se deve à descontinuidade das políticas específicas para mulheres no estado. “As políticas públicas de proteção às mulheres gaúchas têm sofrido um desmonte há muito tempo. A Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres foi extinta em 2015, a Rede Lilás foi encerrada em 2019 e reativada apenas em novembro de 2024 de forma precária, por exemplo. E sabemos que o orçamento para a área é ínfimo. Enquanto os investimentos diminuem, os feminicídios aumentam de forma gritante.”

A deputada também ressaltou a importância da União suprapartidária das parlamentares gaúchas: “O número de feminicídios no estado durante o feriadão de Páscoa chocou o Brasil e acendeu um alerta vermelho sobre as políticas públicas e recursos destinados à defesa da vida das mulheres. Por isso, todas as deputadas, das diferentes vertentes políticas, se uniram em torno da pauta”.

A expectativa é de que o relatório preliminar da comissão seja apresentado ainda neste ano, com diagnósticos e encaminhamentos para ampliar a resposta institucional à violência de gênero. A composição do grupo e o calendário de atividades devem ser definidos nos próximos dias.

O que diz o governo estadual

Em nota, o governo do Rio Grande do Sul disse reafirmar “seu compromisso com a proteção e os direitos das mulheres, com políticas públicas efetivas e investimentos robustos e transversais em diversas áreas” e nega redução de orçamento.

Destaca iniciativas como o programa SER Mulher, com mais de R$ 20 milhões anuais em recursos; o monitoramento do agressor por tornozeleira eletrônica; o aumento das Patrulhas Maria da Penha; a capacitação profissional de mulheres em situação de vulnerabilidade; e a ampliação dos Centros de Referência. Além de investimentos em saúde com ampliação de estrutura hospitalar.

Afirma que a estrutura atual do governo já garante a execução de políticas específicas, através do Departamento de Políticas para as Mulheres e o envolvimento de diversas secretarias. Encerra dizendo que “a proposta de recriação de uma secretaria dedicada é legítima e será considerada com o devido respeito”, mas pontua que “ ausência dessa estrutura não significa ausência de políticas públicas”.

Editado por: Marcelo Ferreira
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