A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi puxado pelo crescimento da produção agropecuária no país, que cresceu 12,2% entre o início de janeiro e o final de março deste ano.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o instituto quem calcula o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que corresponde ao valor total de tudo que foi produzido pelo país num período. O PIB é o principal indicador sobre o crescimento de uma economia.
No Brasil, no primeiro trimestre, ele chegou a R$ 3 trilhões. A maior parte desse valor foi gerado pelo setor de serviços: R$ 1,8 trilhão. Entre o último trimestre do ano passado e primeiro trimestre deste ano, contudo, o setor cresceu 0,3%.
A indústria produziu outros R$ 590 bilhões do PIB brasileiro. O valor é 0,1% menor do que o verificado ao final de 2024 – ou seja, a indústria encolheu levemente.
Segundo o IBGE, o setor está sendo afetado pela alta dos juros da economia.
Já a agropecuária, pelo contrário, cresceu 12,2%. Em valores, porém, o agro é o setor que menos contribui para o PIB: R$ 234 bilhões dos R$ 3 trilhões – 7,7% do total.
“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Cerca de 66% da soja colhida no Brasil é exportada.
O PIB também pode ser calculado com base no consumo e investimento. No primeiro trimestre, o consumo das famílias cresceu 1%; e a formação bruta de capital fixo, que aponta o gasto de empresas como máquinas e equipamentos, cresceu 3,1%; enquanto o consumo do governo ficou praticamente estável, com variação de 0,1%.
Alta de 3,5% em 12 meses
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2025 cresceu 3,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Por essa métrica, o setor agropecuário foi o que menos cresceu: 1,8%. A indústria cresceu 3,1% e serviços, 3,3%
O consumo das famílias, do governo e a formação bruta de capital fixo cresceram 4,2%, 1,2% e 8,8%, respectivamente.