O tradicional Palhoção Junino do bairro de Nossa Senhora das Dores, em Caruaru, está de volta à rua 3 de Maio. Nesta sexta-feira (30), das 14 horas às 22 horas, o espaço será tomado por música, afeto e memória coletiva com a realização do arraial, uma celebração organizada pelo coletivo Frente Independente de Artistas (FIA), com apoio do Tejota Ateliê. A entrada é gratuita e o evento é aberto ao público.
O palhoção deste ano homenageia a cantora Joana Angélica, nome artístico da caruaruense Risoleide Alves, figura histórica do forró que dividiu palco com ícones como Luiz Gonzaga e Mestre Camarão. O tema “Não Me Olhe” faz referência à canção São João Não Me Olhe, eternizada por Joana (ouça abaixo), e propõe exaltar a força da mulher negra e forrozeira do Agreste pernambucano. Joana Angélica foi esposa do cantor e compositor Azulão.
Inspirado nas edições tradicionais dos anos 1970 a 1990, quando o palhoção era organizado pelas irmãs Lira, o evento volta ao local original com uma proposta contemporânea e colaborativa. A programação inclui shows da própria Joana Angélica, que patrimônio vivo de Caruaru, além de Raquel Santana, Valdemar Neto, Vitória do Pife, Rosberg Adonay, Cigana Cósmica, violeiros, uma roda de capoeira e boas discotecagens com Felipe Correa, Negroove e DJs convidados.
Além das apresentações musicais, o público pode aproveitar uma feira criativa com comidas típicas, produtos artesanais e ações voltadas à memória comunitária e à valorização da cultura popular. Sem apoio institucional, o palhoção é viabilizado por meio de financiamento coletivo, buscando arrecadar recursos para a estrutura, alimentação dos artistas e cenografia. Quem puder contribuir para manter viva a tradição, as doações podem ser feitas via Pix pela chave: [email protected].
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