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DIREITO AO ESPORTE

‘O surfe é racista, machista e LGBTfóbico’, denuncia surfista de Pernambuco em evento da ONU

Ex-profissional e hoje ativista, Nuala Costa participou de consulta internacional sobre discriminação no esporte

01.jun.2025 às 11h51
Recife (PE)
Vinicius Sobreira
‘O surfe é racista, machista e LGBTfóbico’, denuncia surfista de Pernambuco em evento da ONU

Nuala Costa lidera o projeto Todas Para o Mar, que oferece aulas gratuitas de surfe em Maracaípe (PE) - Todas Para o Mar / divulgação

Nesta quinta e sexta-feira (29 e 30), a ex-surfista profissional e hoje ativista Nuala Costa participou, na Cidade do México (MEX), da Consulta Regional da Organização das Nações Unidas (ONU) na América Latina sobre racismo e outras formas de discriminação no esporte mundial. Nuala é moradora de Maracaípe, no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, onde dá aulas gratuitas de surfe para crianças e adolescentes.

A maioria das pequenas beneficiadas pela escolinha de surfe de Nuala são negras. Mas a modalidade esportiva, segundo a educadora, é muito contaminada pelo racismo. “Quando se fala de surfe, pensamos em atletas brancos. Mas, com exceção de quem está dentro do nicho do esporte profissional, as pessoas não sabem o quanto o surfe é racista, xenófobo, LGBTfóbico e principalmente transfóbico”, afirma Costa. “É um esporte hostil, machista e que não permite que essas pessoas desfrutem do mar”, completa.

Em conversa com o Brasil de Fato Pernambuco, Nuala celebra a possibilidade de denunciar esse quadro e fazer reivindicações. “Pude ecoar a voz de meninos, meninas e mulheres negras. A maioria dessas pessoas não conseguem chegar ao surfe profissional. Por isso é importante o Todas Para o Mar estar presente nesse espaço”, diz a ativista, mencionando a sua iniciativa de incentivo ao esporte. “Faltam políticas públicas direcionadas ao surfe”, avalia.

Cerca de 80 crianças e adolescentes de Maracaípe são atendidas pelo TPM. Foto: Todas Para o Mar / divulgação | Todas Para o Mar / divulgação

O Todas Para o Mar (TPM) foi fundado por Nuala em 2016, oferecendo aulas de surfe gratuitas para crianças e adolescentes de Maracaípe, incentivando a participação de mulheres na modalidade esportiva, mas também oferecendo aulas pagas para mulheres e homens interessados em aprender o esporte. Na página da iniciativa social, a educadora descreve o TPM como “um quilombo de afeto e resistência para crianças aprenderem que seus corpos, sonhos e histórias importam”. A iniciativa foi uma das ganhadoras do Prêmio Periferia Viva 2024, entregue pelo Ministério das Cidades.

A surfista e ativista comemorou a possibilidade de poder representar essa população num encontro de alto nível. “Finalmente posso estar na construção para que outros jovens pretos e pretas não passem pelo que passei e que muitos ainda sofrem hoje tentando ingressar no surfe profissional”, disse Nuala Costa em vídeo nas suas redes sociais. Também participaram do encontro esportistas na corrida, do futebol e de outras modalidades de países latino-americanos, além de advogados e advogadas ligados ao esporte.

Ela pede mais atenção dos órgãos públicos para a pauta da inclusão e diversidade de pessoas no acesso ao esporte. “Temos que dizer para as crianças que é possível estar nesses espaços e reivindicar o cuidado, exigindo o combate institucional ao racismo”, diz Nuala em conversa com o BdF. “Nos ajudem, prestem atenção, porque o surfe também precisa de luta antirracista. Precisamos incluir os meninos e meninas pretas deste esporte”.

Nuala Costa participou de consulta da ONU sobre racismo no esporte. Foto: Todas Para o Mar / divulgação | Todas Para o Mar / divulgação

Nascida no Rio de Janeiro, Nuala Costa mora em Maracaípe desde os sete anos de idade – “um lugar muito pequeno e de pessoas muito potentes”, opina. Ela foi a primeira mulher negra do estado a competir nos circuitos nacionais do surfe profissional, nos anos 1990. Em entrevista ao site Primeiros Negros, Costa disse que sua trajetória profissional foi marcada pela frustração e discriminação. “Eu competia e era muito boa, mas sofri com invisibilidade falta de apoio. (…) Demorei a perceber que era racismo. E demorei para admitir. Acabei desistindo”.

Ela esteve no evento no México a convite do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Mas para participar do evento precisou realizar uma vaquinha, na tentativa de arrecadar R$ 15 mil, para custos de uma viagem de ida e volta ao Rio de Janeiro, onde precisou emitir um visto para o México, além de custos de hospedagem, alimentação e transporte. Ela não conseguiu arrecadar todo o valor e tirou do próprio bolso para ir ao evento. A chave Pix da ativista é o (81)995486539.

A pauta do combate ao racismo nos esportes ganhou espaço nas Nações Unidas após pedido do Governo Federal, em 2023, resposta a uma série de ataques racistas da população da Espanha contra o jogador de futebol Vinícius Júnior. O governo Lula formou um grupo de trabalho técnico, envolvendo os ministérios do Esporte, da Igualdade Racial e da Justiça e Segurança Pública, para elaborar um plano de ação para o combate ao racismo nas áreas de esporte e lazer. O documento foi publicado ainda em 2023 e pode ser lido na íntegra clicando aqui.

Tags: direito ao lazer e ao esporteesporteipojucaonupernambucoracismorecifesurfsurfe
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