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Início Saúde

RETOMADA PARCIAL

Hospitais firmam acordo com IPE Saúde, mas servidores alertam: ‘não há o que comemorar’

Após acordo, 15 hospitais retomam atendimento pelo IPE Saúde, mas entidades denunciam precarização do sistema

03.jun.2025 às 19h30
Atualizado em 04.jun.2025 às 17h08
Porto Alegre (RS)
Marcela Brandes
Servidores públicos estaduais saem às ruas de Porto Alegre na luta por direitos

Servidores públicos estão mobilizados há anos pela defesa do IPE Saúde - Foto: Rafa Dotti

* Matéria atualizada dia 4/6/2025, com a posição do IPE Saúde.

O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) concluiu, no dia 30 de maio de 2025, um importante acordo judicial com 15 hospitais e quatro entidades representativas de servidores públicos. O impasse, em negociação desde março de 2024, tratava das regras de remuneração aos prestadores de serviço. A repactuação homologada compromete os hospitais a permanecerem no sistema por pelo menos 270 dias e reconhece a legalidade de normas de 2024 que modificam o modelo de pagamento por diárias e taxas hospitalares.

Apesar da celebração por parte do governo estadual, entidades sindicais alertam que o pacto não resolve os problemas estruturais do IPE. “A homologação deste acordo significa a retomada dos serviços. Somente isto. Não vamos nos iludir”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial da Secretaria da Administração e Recursos Humanos (Sindicaixa), Érico Corrêa. Para ele, o sucateamento segue inalterado, com perdas salariais profundas, evasão de servidores e falta de valorização. “A essência é a questão dos salários. Afinal, as perdas acumuladas dos servidores, quase 80% em 10 anos, são também do IPE Saúde”, complementa.

Déficit, perda de receita e concentração hospitalar

O histórico do IPE nos últimos anos revela uma crise crônica. Criado em 1931, o instituto passou por diversas reformulações até se tornar autarquia independente em 2018. Desde então, enfrenta déficit recorrente. Em 2022, o rombo foi de R$ 440 milhões. Parte do problema decorre da defasagem salarial dos servidores, cuja contribuição ao plano é de 3,1% a 3,6% dos vencimentos. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o IPE deixou de arrecadar R$ 105,7 milhões em 2022 apenas por conta da falta de reposição inflacionária.

Corrêa afirma que o mercado de saúde suplementar no Rio Grande do Sul tornou-se altamente concentrado. “O sistema está quase todo na mão de grandes conglomerados”, pontua sobre a crescente influência de interesses privados nos hospitais que compõem a rede.

Retomada parcial

Atualmente, cerca de 300 hospitais e clínicas estão credenciados ao IPE Saúde, mas o número de estabelecimentos efetivamente ativos varia conforme repasses e conflitos contratuais. A adesão recente dos 15 hospitais representa uma retomada parcial, ainda distante da plena cobertura necessária.

O Relatório de Gestão Anual de 2023 do IPE Saúde informa que, em 2023, o IPE atendia a mais de 900 mil usuários em todo o estado. Este número engloba todos os beneficiários dos diversos planos oferecidos pelo instituto, incluindo servidores estaduais (ativos e inativos) e seus dependentes, além de beneficiários de planos complementares, optantes e usuários vinculados por contratos com outros órgãos (como prefeituras e câmaras).

Especificamente em relação ao plano principal, majoritariamente composto por servidores públicos estaduais e seus dependentes diretos, o relatório de 2023 menciona que havia 608 mil segurados vinculados a este plano. Desses, em 2023, apenas 345 mil (cerca de 56,8%) contribuíram financeiramente de forma direta para o plano naquele período, antes das mudanças na legislação de custeio que introduziram a contribuição para dependentes.

Governo destaca previsibilidade; sindicatos apontam colapso do modelo

O IPE Saúde publicou uma nota oficial em seu site informando sobre a celebração do acordo. “Resultado de cerca de um ano de estudo, o projeto foi desenvolvido com apoio de uma consultoria especializada e traz como principal mudança o reajuste dos valores de diárias hospitalares, taxas e serviços”, diz trecho do texto.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) considerou o acordo como um passo crucial para garantir a sustentabilidade do sistema, e publicou a mesma nota pública do IPE. “O novo modelo busca alinhar a remuneração aos valores de mercado, baseando-se em indicativos da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e do Ministério Público (MPRS), com acompanhamento integral da PGE-RS. O objetivo é trazer maior assertividade na apuração de gastos e previsibilidade nos pagamentos”, afirma.

Por outro lado, a presidenta do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Rosane Zan, denuncia que o colapso do IPE Saúde é reflexo do desmonte do serviço público. “Os servidores da educação, que dependem fortemente do plano, passaram a pagar mais. A alíquota subiu de 3,1% para 3,6% e os dependentes também passaram a contribuir. Mesmo com superávit financeiro, o atendimento segue precário, especialmente no interior, onde faltam especialistas”, critica.

Mobilização continua: servidores prometem novos atos

As entidades que representam o funcionalismo estadual seguem em estado de mobilização. A Caravana da Frente dos Servidores Públicos vai percorrer os municípios de Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas e Santo Ângelo. “Estamos participando deste ato público regional, pois temos pautas comuns, como a reposição salarial de 12,14% e a reestruturação do IPE Saúde. Nos últimos anos, especialmente no governo de Eduardo Leite, o IPE foi sucateado. Essa mobilização é também um enfrentamento às políticas de ataque do governo”, denuncia Zan.

Um novo ato estadual está sendo organizado para julho. “Seguiremos vigilantes. O governo se obrigou a responder à mobilização. O reajuste entrou na pauta. Este é um ótimo sinal, mas ainda é insuficiente. No dia 11 de julho queremos organizar outro grande ato estadual, ainda maior, certamente”, reforçou Corrêa.

Confira a posição do IPE Saúde

“O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul informa que, nos últimos dois anos, promoveu uma série de melhorias estruturais e operacionais, visando aprimorar a qualidade dos serviços prestados aos seus beneficiários e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade financeira do sistema.

– A reestruturação e equilíbrio das contas permitiu que todos os pagamentos à rede credenciada sejam feitos em dia.

– A precificação de medicamentos alinhada ao mercado, através da IN 04/2024, permitiu que o IPE Saúde passasse a adotar uma listagem própria, que reflete o valor efetivamente pago pelos Prestadores. 

– Os valores antes despendidos com o sobrepreço das dietas e medicamentos foi integralmente repassado para a melhoria das diárias e taxas hospitalares, conforme estabelecido na Instrução Normativa nº 02/2024, que aponta correções em torno de 100% para compensar eventuais perdas dos hospitais.

– O equilíbrio financeiro também permitiu ao IPE Saúde atender às demandas das entidades representativas da classe médica, a Portaria nº 100/2023 e Instrução Normativa 18/2023 reajustaram os valores dos honorários, das consultas médicas e visitas hospitalares. Atualmente médicos que atendem como Pessoa Jurídica recebem R$108,00 por consulta. Um dos maiores valores pagos no Brasil, dentre os Institutos de Assistência à Saúde de servidores públicos estaduais.

– Por meio da Instrução Normativa nº 13/2024, foi instituída uma tabela de honorários médicos para procedimentos cardiovasculares com aumento de valores para honorários específicos. Até o momento o Instituto de Cardiologia foi o único prestador que aderiu à Normativa e demonstra grande resolutividade nos atendimentos cardiovasculares, sendo referência Estadual para todos os usuários do IPE Saúde.

– A tabela de OPME ([órteses, próteses e materiais especiais) na especialidade de traumato-ortopedia também foi recentemente revisada e atualizada. A Instrução Normativa nº 05/2024 atualizou a tabela de materiais indenizáveis, ampliando e qualificando o número de itens.

– Dando sequência às ações, a Instrução Normativa nº 01/2024 introduziu a categorização dos prestadores de serviços hospitalares, considerando critérios de acesso, complexidade e qualidade dos serviços. Essa classificação permite uma melhor organização da rede credenciada, com um pagamento justo baseado nas entregas de cada prestador e, ainda, facilita o acesso dos usuários a serviços compatíveis com suas necessidades.

-É falsa a informação de que há um descredenciamento de médicos em massa: ao contrário, em 2024 houve um saldo positivo de 61 médicos. Atualmente o IPE Saúde oferta em sua rede credenciada em todo o Estado:

5.191 médicos 

243 hospitais 

650 laboratórios 

48 pronto-socorros”

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: saúdeservidores públicos
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