Após um reajuste de apenas 2,49% no salário apresentado pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), servidores da educação da capital mineira aprovaram greve, nesta quinta-feira (5). A Assembleia Geral que decidiu pela paralisação por tempo indeterminado começou às 14h, na Praça da Estação, e a manifestação seguiu pelas ruas do centro da cidade.
“É greve, é greve, é greve, até que o Damião pague aquilo que nos deve”, foi o grito escolhido para dar a tônica da mobilização, que movimentou cerca de 2 mil trabalhadoras e trabalhadores. Foi aprovado, ainda, um calendário de mobilizações para manter a categoria articulada e pressionar o governo por respostas concretas.
Qual foi a proposta apresentada?
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH), os representantes da prefeitura apresentaram, na última sexta-feira (30), um reajuste linear de 2,49% referente à inflação de janeiro a abril de 2025, a ser pago no salário de maio, independente do momento de aprovação.
Além disso, há um reajuste do vale refeição no mesmo índice a ser pago junto com o salário de maio; e um reajuste do vale refeição para R$ 60,00 no mês subsequente à aprovação da lei.
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“Desde o início do ano, os trabalhadores em educação vêm tentando abrir um canal de diálogo com a prefeitura de Belo Horizonte. Mas, depois de meses de silêncio, a equipe econômica do governo Damião apresentou o reajuste de apenas 2,49%, um índice abaixo da inflação dos últimos 12 meses e muito distante do reajuste do Piso Nacional do Magistério, que em 2025 foi de 6,27%”, revelou o sindicato, em nota.
A base de cálculo da Secretaria de Planejamento Orçamento e Gestão (SMPOG), segundo o Sind-REDE/BH, foi apenas a inflação acumulada do governo atual, de janeiro a abril, desconsiderando as perdas acumuladas e o caráter de continuidade das gestões Alexandre Kalil e Fuad Noman.