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Por que o Brasil mantém relações diplomáticas com Israel apesar do genocídio em Gaza?

Cresce entre movimentos, artistas e políticos apelos para que Lula rompa as relações

09.jun.2025 às 07h53
São Paulo (SP)
Leandro Melito

Soldados israelenses gesticulam em cima de um veículo militar na fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza, em 20 de maio de 2025 - Jack GUEZ / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu novamente o tom contra o massacre militar de Israel na Faixa de Gaza nas últimas semanas. Em encontro com o presidente Emmanuel Macron em Paris, Lula classificou a ofensiva israelense como “genocídio planejado por um governante de extrema direita”.

“O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, o que está acontecendo em Gaza é um genocídio de um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”, disse a jornalistas. Lula também defendeu que a comunidade internacional deve dizer “basta” à campanha militar israelense em Gaza e pontuou que “é triste saber que o mundo se cala diante de um genocídio”.

O genocídio palestino, em curso na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, já registrou quase 55 mil mortes, a maioria de mulheres e crianças. Além de bombas, toda a população de mais de 2 milhões de pessoas do território enfrenta risco severo de desnutrição, porque Israel impede a entrada de comida. Já foram registradas dezenas de mortes por fome, a maioria de crianças pequenas e idosos.

Na quarta-feira (4), o Itamaraty já havia se posicionado sobre as mortes de palestinos que buscavam ajuda humanitária, alvejados pelas tropas israelenses. “São absolutamente inaceitáveis o uso da fome como arma de guerra e o emprego da violência contra civis em busca de alimentos”, diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o Itamaraty, o Brasil apoia investigações independentes sobre as circunstâncias dos últimos ataques, acontecidos em centros de ajuda humanitária da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) na sigla em inglês.

Apesar do discurso duro e da denúncia de genocídio, cresce a reivindicação de organizações e movimentos populares de apoio à palestina por medidas concretas em relação ao governo de Israel. Na sexta-feira (6), uma carta com mais de 12 mil assinaturas foi entregue em mãos a Lula durante sua visita oficial a Paris, exigindo que o governo federal rompa relções diplomáticas e comerciais com Israel.

Organizado pelo movimento BDS Brasil (Boicote, Desinvestimento e Sanções), o documento exige o fim do acordo de livre comércio Brasil-Israel, a suspensão de cooperação militar e o embargo energético, entre outras sanções.

A carta pública conta com o apoio de importantes nomes da cultura, do direito e da política brasileira. Entre os signatários estão os artistas Chico Buarque, Ney Matogrosso, Letícia Sabatella, Milton Hatoum e Gregório Duvivier; os juristas Carol Proner e Paulo Sérgio Pinheiro; o ex-ministro Guilherme Estrella e o filósofo Vladimir Safatle. Parlamentares do PT e do PSOL, como Guilherme Boulos, Erika Hilton, Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e João Daniel, também aderiram.

Esse é também o posicionamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “A gente entende que já passou da hora de o governo brasileiro assumir alguma posição mais enérgica em relação a isso, à situação do genocídio não só em Gaza, mas o genocídio estendido aos povos palestinos e aos outros povos que estão sendo impactados pelo Estado sionista de Israel”, diz Ceres Hadich, da Direção Nacional do MST. 

Ela defende que o governo brasileiro deve assumir posições concretas que incluem o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com Israel, além de medidas de solidariedade ao povo palestino. “Estamos absolutamente de acordo com que se rompa de imediato essas relações diplomáticas e que se assuma que há um genocídio, que a gente precisa concretamente revertê-lo.”

Para Miriam Gomes Saraiva, professora do departamento de Relações Internacionais da Uerj, o governo brasileiro está respondendo à altura que o contexto exige. “Não só o presidente Lula falou de genocídio, não é a primeira vez, como a África do Sul entrou na Corte Internacional com o pedido de acusação contra Israel por genocídio e o Brasil apoiou esse pedido formalmente. Então eu acho que o Brasil está tomando as medidas que pode tomar, a partir de comentários e a partir do apoio a essa solicitação à corte que acusa Israel de genocídio.”

Saraiva considera que o rompimento das relações seria algo “incomum” para a diplomacia brasileira. “Chegar a romper as relações com o país, no geral, é uma coisa incomum, mesmo com Israel. Alguns países chamaram o embaixador de volta, mas romper mesmo foram poucos. Então, não muda muito. O Brasil já está sem o embaixador lá, o último passo antes da ruptura. Não é que as relações estejam boas, não estão.”

Ela ressalta que existe uma particularidade nas relações com o Estado de Israel, que dificulta o rompimento: os vínculos com uma comunidade judaica mundo afora com bastante força política e isso inclui o Brasil.

“Israel sempre trabalha com a ideia de tratar críticas a seu governo como antissemitismo. O que, obviamente, não é verdade. Porém, o governo de Israel faz muito esse jogo. Romper relações é também, eventualmente, comprar uma briga com essa comunidade judaica.”

Uma fonte do Itamaraty afirmou ao Brasil de Fato, que o Brasil “não rompe relações diplomáticas”. “Somos dos pouquíssimos, talvez dez países no mundo, que mantém relações diplomáticas com todos os países. Isso é um trunfo de nossa diplomacia. O rompimento de relações tende a ser um instrumento de política interna e o Brasil não usa ou explora esse instrumento. Não é da tradição da diplomacia brasileira e manter tradição é muito positivo. Nossos parceiros internacionais não esperam do Brasil o rompimento de relações diplomáticas. Então, a medida inclusive é inócua.”

A fonte avalia que o rompimento de relações com um país significa que, a partir dessa decisão, “toda a crise poderá demandar novo movimento nesse sentido e seria muito prejudicial para a diplomacia brasileira, que tem, na estabilidade e previsibilidade, alguns de seus principais marcadores positivos no cenário internacional.”

“Rompimento de relações é movimento midiático. Não fazemos diplomacia em holofotes e nunca fizemos”, enfatizou.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
Tags: campanha militar israelensefaixa de gazaisraellulaMacron
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