Como parte da agenda da Caravana Nacional “Glauber Fica”, uma mobilização em defesa do mandato parlamentar, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) estará em Porto Alegre nesta quinta-feira (12).
O encontro na capital gaúcha será as 18h no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na Praça Marechal Deodoro, nº 101, 3º andar. A participação é aberta ao público e não exige inscrição prévia.
A iniciativa, que já percorreu 18 capitais brasileiras, tem como objetivo denunciar o processo em curso na Câmara dos Deputados que pode resultar na cassação de Braga, acusado de “quebra de decoro parlamentar”. A caravana segue em atividade até o dia 26 de junho, com previsão de passagem por todas as capitais do país.

O movimento contesta a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que aprovou o parecer favorável à cassação, e sustenta que se trata de uma retaliação política contra um deputado que tem se destacado pela firme atuação em pautas democráticas e sociais. “Não está em jogo apenas o mandato do Glauber. Estamos falando do direito coletivo de ter parlamentares que falem a verdade, denunciem injustiças e não se curvem aos interesses dos poderosos”, afirmou a deputada estadual Luciana Genro (Psol-RS).
Ela ainda destacou que Glauber Braga tem sido uma voz incômoda para setores conservadores do Congresso. “Ele sempre esteve nas trincheiras das lutas populares, enfrentando privilégios e desmascarando acordos espúrios. A tentativa de silenciá-lo não é isolada, mas parte de um cenário mais amplo de criminalização da política combativa e independente”, completou.
O processo de cassação tem origem em um episódio ocorrido durante um evento político, quando Glauber confrontou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) que havia ofendido sua mãe, Saudade Braga, falecida dias após a situação. O parlamentar, no entanto, argumenta que a motivação real do processo está relacionada à sua denúncia do chamado “orçamento secreto” e à sua postura crítica dentro da Câmara.
Para a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), o caso representa uma grave ameaça à liberdade de expressão e ao exercício da atividade parlamentar crítica. “Estão tentando punir alguém que se recusa a silenciar diante das injustiças e dos pactos que mantêm os privilégios das elites. É um julgamento político disfarçado de processo ético”, avaliou.
