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Articulação

Em Caracas, Partidos Comunista da China e Socialista da Venezuela reforçam compromisso com integração

Partidos participaram de simpósio em Caracas; líderes discutiram métodos e teoria revolucionária

11.jun.2025 às 18h04
Atualizado em 12.jun.2025 às 17h53
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Em Caracas, Partidos Comunista da China e Socialista da Venezuela reforçam compromisso com integração

Maduro e Xi Jinping tiveram um encontro em maio durante os 80 anos do Dia da Vitória na China - Prensa Presidencial

O Salão António José de Sucre é usado para eventos diplomáticos na Casa Amarilla – antiga sede do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela. O espaço é uma área nobre da chancelaria venezuelana e rende homenagens a líderes históricos latino-americanos. Quadros com Che Guevara, Salvador Allende e Simón Bolívar dão o tom da política exterior de Caracas, que preza pela integração com países que atravessaram processos revolucionários e que têm no socialismo ou no comunismo um horizonte. 

Nesse cenário, o Partido Comunista da China (PCCh) foi recebido na capital venezuelana para um simpósio com o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV). A articulação internacional dos dois partidos visa o fortalecimento de uma relação considerada importante pelos chineses e estratégica para os venezuelanos. 

A discussão entre os partidos foi pautada não só nos trabalhos conjuntos, mas na teoria revolucionária partindo da conjuntura de cada país. A diferença entre os projetos de cada um foi levantada por Wu Hansheng, chefe do departamento de trabalho social do Comitê Central do PCCh. Para ele, Venezuela e China têm aspirações parecidas, mas métodos diferentes.  

“O PCCh e o PSUV têm muitos pontos em comum: procedimento de trabalho, aspirações, mas também temos muitas diferenças com os métodos em relação ao desenvolvimento. A Constituição da China tem um sistema de autogoverno ao nível de base que abarca 40 mil administrações locais, distritos e 600 mil aldeias ou comunidades. Os chefes das aldeias são, ao mesmo tempo, secretários da célula do partido nessa aldeia. Isso tudo muda a dinâmica organizativa do partido”, afirmou.

O modelo do PCCh fomenta a presença de integrantes em diferentes organizações sociais, desde empresas até comunidades de bairro e grupos culturais. A ideia é formar células do partido em várias estruturas. Já o PSUV tem outras ferramentas. Mesmo com chefes de rua em diferentes bairros, o partido criou uma série de instrumentos para ter uma capilaridade e ampliar a presença no espaço. As UBChs (Unidades de Batalha Hugo Chávez) e os Comitês Locais de Abastecimento e Produção (Claps) são os principais exemplos. 

Mas a principal transformação promovida pelo governo venezuelano é a comuna. Essas experiências são uma nova forma de organização social baseada na autogestão política e econômica e com diálogo permanente com o Estado. Elas, inclusive, têm prioridade na transferência de recursos e não precisam ficar restritas a um Estado ou município, ou seja: uma mesma comuna pode abranger mais de uma cidade.

Representantes do PCCh e do PSUV tiveram reunião no Ministério das Relações Exteriores da Venezuela

O ministro do Processo Social do Trabalho, Eduardo Piñate, participou do simpósio pelo PSUV e ressaltou a importância da orientação da Revolução Bolivariana para a ocupação do território. 

“O socialismo sempre pensou a dimensão econômica, política e social. Chávez incorporou a dimensão territorial. E levando em consideração outras experiências, como a própria experiência chinesa, a organização comunal se torna a base. É um exercício permanente de poder. A concepção fundamental da nossa democracia é a democracia como um processo cotidiano, permanente”, disse. 

O partido passou a criar uma série de grupos formadores e espaços de estudo da teoria revolucionária e, principalmente, da leitura da realidade venezuelana em meio aos ataques estrangeiros. Essa também foi uma diferença notada pelos representantes do PCCh, já que os chineses não têm um plano de formação direta para as massas, mas usa as organizações de base como espaços formadores. 

“Isso também é uma linha do partido. Tudo vem do povo e é para o povo. Trabalhamos para transformar de acordo com essa linha do partido”, afirmou Wu Hansheng. 

O trabalho dos dois partidos em políticas públicas também foi ressaltado pelos representantes. Os chineses valorizaram o esforço do governo de Nicolás Maduro de enfrentar a pobreza, enquanto os venezuelanos reforçaram a prática e o processo de luta da China para erradicar a extrema pobreza no país. 

Para isso, a teoria é tratada como fundamental nos dois lados e a base dos partidos apresentada no encontro é a justa distribuição da riqueza para garantir os direitos sociais, satisfazer as necessidades materiais e intelectuais dos trabalhadores e trabalhadoras. 

Resistir ou avançar

Dentro da perspectiva da transformação da sociedade, os partidos que presentam alternativas ao capitalismo encaram dilemas importantes nas tomadas de decisões. Para os venezuelanos, um dos principais deles é resistir aos ataques externos ou avançar para promover mudanças na estrutura da sociedade. 

Os principais ataques são promovidos pelos Estados Unidos. A Venezuela é alvo há quase 10 anos de um bloqueio econômico que impede que o país venda seu principal produto, o petróleo. Isso reduziu a entrada de dólares no país e limitou a capacidade de investimento  do governo venezuelano em todos os setores. O que fazer diante desse cenário é uma questão levantada pelo chanceler Yván Gil. 

Para ele, a Venezuela já passou por um momento de resistência e conseguiu superar os desafios impostos por Washington. Agora, é o momento de ampliar as medidas do Estado para fortalecer esse projeto entendido como revolucionário. Para isso, entender e incorporar as ferramentas que a China usou para superar as sanções também fazem parte do simpósio. 

“O PCCh tirou milhões de pessoas da pobreza. O PSUV resistiu e venceu os ataques do maior império. Não é nossa responsabilidade agora resistir, mas avançar. Organizar as forças políticas, econômicas, produtivas e sociais para essa ofensiva. Convocando todos os setores. Mulheres, camponeses, militantes, trabalhadores e trabalhadoras. Esse simpósio é produtivo porque se trata de utilizar elementos que já passaram por uma prova de fogo em batalhas políticas e temos que adaptar a nossa realidade”, disse. 

Neste sentido, os chineses não abrem mão de uma coisa fundamental desde a Revolução de 1949: planejamento. A cada 5 anos, o PCCh elabora um plano quinquenal para os próximos 5 anos. A ideia é estabelecer objetivos a alcançar e metas a cumprir que deem um norte para o desenvolvimento da sociedade chinesa. A organização social é fundamental nesse sentido e consolidar as bases do partido são importantes para conseguir uma coesão na sociedade que garanta a execução dos projetos.

“Esse processo também é para unificar a mentalidade de todo o povo para ter as metas de desenvolvimento. Sofremos perseguição pelos países ocidentais, mas quanto mais bloqueio enfrentamos, mais importante é consolidar as bases do partido entre as massas. Qualquer tentativa de bloqueio e perseguição vai fracassar enquanto isso aconteça. Na China, surgiram muitas novas organizações sociais e de emprego. Fortalecemos a consolidação do partido nas organizações para que elas ouçam e sigam o partido”, disse Wu Hansheng.

Para Caracas, o enfrentamento é mais difícil, já que os chineses conseguiram das o que os economistas chamam de “salto tecnológico” na sua estrutura produtiva e conseguiu um processo de industrialização tão forte que disputa hoje mercado com os Estados Unidos. Já a Venezuela não tem esse equilíbrio de forças possível com os países do centro do sistema capitalista e tem de lidar com o que o governo chama de “guerra econômica”, que sufoca as finanças do país. 

No entanto, Eduardo Piñate afirma que os venezuelanos se inspiraram nos chineses em relação a planificação da economia e criaram para os próximos 6 anos o Plano das 7 Transformações, um documento que propõe o desenvolvimento em sete áreas. Os eixos estão divididos em economia, social, política, meio ambiente e relações internacionais, além de dois tópicos mais conceituais: expandir a doutrina bolivariana e aperfeiçoar a convivência cidadã.

“É uma guerra eletrônica, comunicacional. Uma guerra que abarca tudo, por isso chamamos de uma agressão multifatorial. O período de Maduro é um período de vitória. Na política preservamos a paz. Tudo que temos pensado está no plano das 7T e a comuna está no centro desse debate. 60% do orçamento da nação está projetado para questões sociais e uma parte considerável disso está destinado para as comunas”, disse Piñate.

Para finalizar os trabalhos com o PSUV, os representantes do PCCH tiveram uma reunião com o presidente Nicolás Maduro, que reforçou a intenção da Venezuela de não só consolidar a cooperação baseada na soberania, na justiça social e na defesa de uma nova ordem internacional, mas também integrar o principal projeto de desenvolvimento chinês: a Nova Rota da Seda.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
Tags: chinanicolas madurovenezuelaxi jinping
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