A Rússia confirmou a devolução dos corpos de 1.212 soldados mortos à Ucrânia, enquanto a Ucrânia devolveu 27 corpos de militares à Rússia. A troca foi parte dos acordos alcançados durante as negociações entre os dois países em Istambul, em 2 de junho.
De acordo com a Coordenação Ucraniana para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra, entre os corpos devolvidos ao país, estavam soldados que morreram em combates na região de Kursk, Kharkov, Lugansk, Donetsk, Zaporozhye e Kherson. O lado ucraniano acrescentou que agora as autoridades vão trabalhar para identificar as vítimas mortas no conflito “no menor tempo possível”.
No último domingo (8), Moscou encaminhou caminhões com os corpos congelados para a fronteira, mas não houve acerto entre as partes e Kiev não recebeu os corpos. O Kremlin acusou a Ucrânia de recusar recolher os corpos de seus soldados mortos.
Kiev, por sua vez, respondeu afirmando que uma data específica para a troca de corpos ainda não havia sido definida.
Outro ponto acordado durante as negociações em Istambul foi a troca de prisioneiros de guerra. Na última segunda-feira (9), Moscou e Kiev concluíram a segunda etapa da troca. Militares russos que ainda não completaram 25 anos retornaram do território ucraniano.
Já nesta quarta-feira (11), o assessor presidencial e chefe da delegação russa nas negociações com a Ucrânia, Vladimir Medinsky, afirmou que a Rússia e a Ucrânia iniciarão “trocas médicas urgentes” de prisioneiros gravemente feridos da linha de frente nesta quinta-feira (12). Não foi especificado o número de militares que serão transferidos.
Em 9 de junho, o Ministério da Defesa russo anunciou a conclusão da primeira etapa da troca de militares feridos. O ministério não divulgou o número exato de militares trocados. Em 10 de junho, as partes realizaram outra troca, cujo número de participantes também não foi revelado.