Uma pesquisa de opinião divulgada pela organização Ipsos-Ipec nesta quinta-feira (12) mostrou que 43% dos brasileiros consideram o atual governo como ruim ou péssimo, uma alta de 2% em relação ao levantamento feito pelo mesmo instituto em março deste ano. Paralelamente, a avaliação positiva da gestão perdeu adeptos, variando de 27% para 25% no mesmo período. O grupo inclui aqueles que consideram o governo como ótimo ou bom. Já a fatia dos que avaliam a gestão como regular saiu de 30% para 29%. Outros 2% disseram não saber avaliar, estatística que era de 1% em março.
O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que significa que há 95% de chance de os números do instituto corresponderem à realidade, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Por conta disso, como não houve variação acima de 2%, a Ipsos-Ipec considera que há estabilidade em relação a março deste ano, “com a avaliação negativa superando novamente a positiva”, mas pontua que o “estudo reforça a dificuldade do governo em melhorar a sua popularidade”. O levantamento ouviu 2 mil pessoas com idade acima de 16 anos em 132 municípios distintos e foi realizado no período entre 5 e 9 de junho.
O estudo assinala que, atualmente, a avaliação positiva do governo é mais expressiva entre aqueles que declaram ter votado em Lula em 2022 (53%), moradores da região Nordeste (38%), pessoas com menor índice de escolaridade (36%), pessoas com renda familiar de até um salário mínimo (33%) e católicos (32%). Também é maior em cidades com até 50 mil habitantes (31%) quando se compara esse grupo com o dos municípios com contingente populacional maior que 50 mil e menor que 500 mil habitantes (22%).
Os pesquisadores sublinham ainda que a avaliação negativa encontra maior adesão entre aqueles que declararam ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 (75%), entre os que têm renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (51%), os mais instruídos (51%) e entre os evangélicos (50%). O estudo observa também que a avaliação ruim/péssima encontra mais espaço entre os homens (48%) do que entre as mulheres (39%), assim como ocorre na comparação entre os que se autodeclaram brancos (47%) e os autodeclarados pretos e pardos (40%).
Forma de administrar
O instituto mensurou também a opinião dos brasileiros sobre a forma como o presidente Lula governa o país. A fatia daqueles que a desaprovam se manteve estável em 55%, enquanto a dos que aprovam oscilou sensivelmente de 40% para 39% entre março e junho. Os entrevistados que disseram não saber ou que não quiseram responder representam 6% no novo levantamento contra 4% verificados em março.
A pesquisa se debruça ainda sobre o índice de confiança da população no presidente da República: aqueles que dizem não confiar permanecem no patamar de 58%, enquanto o grupo dos que dizem confiar em Lula caiu de 40% para 37% no período analisado. Outros 4% não responderam ou não quiseram opinar, grupo que marcou 2% no último levantamento.
Por fim, a Ipsos-Ipec mediu também a percepção da população sobre o governo federal. Aqueles que consideram que a gestão melhorou saíram de 19% para 20%, ao mesmo tempo em que o grupo dos que avaliam o governo como pior caiu de 51% para 50% em termos de representatividade. Aqueles que acham que a gestão está igual representam 28% dos entrevistados, mesmo percentual observado em março.
