Uma coalizão de movimentos sociais, humanitários, ativistas independentes e coletivos de solidariedade ao povo palestino está organizando a Marcha Global para Gaza. O objetivo do movimento é denunciar o genocídio em Gaza e exigir o desbloqueio da ajuda humanitária por parte de Israel. O grupo reúne 10 mil pessoas de pelo menos 44 nacionalidades. Entre os participantes há pelo menos cinco brasileiros.
Os manifestantes se reuniram no Cairo, capital do Egito, e se deslocarão em comboio de veículos para a cidade de al-Arish, que fica a 50 quilômetros da fronteira, nesta sexta-feira (13). De lá, os ativistas pretendem caminhar até as proximidades de Rafah, cidade egípcia que faz fronteira com a Faixa de Gaza, onde devem chegar no domingo (15).
Não há garantias, no entanto, que a marcha conseguirá chegar a Rafah. Nesta quarta-feira (11), Israel pediu ao Egito que bloqueasse o que chama de “provocações” a favor dos palestinos. Mais de 200 ativistas da marcha já foram detidos em seu hotel ou retidos no aeroporto do Cairo, declarou nesta quinta-feira (12) à AFP Seif Abu Kishk, porta-voz do coletivo organizador.
“Espero das autoridades egípcias que impeçam a chegada de manifestantes jihadistas à fronteira israelo-egípcia e que não os autorizem a cometer provocações ou tentar entrar na Faixa de Gaza”, afirmou o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, em um comunicado.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Egito reafirmou em um comunicado a “importância” de exercer “pressão sobre Israel”, mas lembrou que qualquer ação militante, prevista por parte das delegações estrangeiras pró-palestinos, deveria ter “autorização prévia”.
*com AFP.