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GUERRA

Jornalista iraniano descreve efeitos do ataque israelense em Teerã e reação popular: ‘foram às ruas por resposta dura do governo’

Em entrevista exclusiva direto de Teerã, o jornalista Mehrab Gholami relata a situação na cidade após o bombardeio

13.jun.2025 às 18h33
São Paulo (SP)
Nicolau Soares
Iranianos agitam bandeiras e celebram, nas ruas da capital Teerã, nesta sexta-feira (13), um ataque com míssil que atingiu Tel Aviv, capital israelense, em resposta ao bombardeio desta quinta (12)

Iranianos agitam bandeiras e celebram, nas ruas da capital Teerã, nesta sexta-feira (13), um ataque com míssil que atingiu Tel Aviv, capital israelense, em resposta ao bombardeio desta quinta (12) - Atta KENARE / AFP

A população iraniana foi às ruas protestar nesta sexta-feira (13) contra os ataques sem provocação de Israel contra o Irã, realizados na noite anterior, e cobrar do governo uma resposta dura. O Brasil de Fato ouviu o jornalista e repórter iraniano Mehrab Gholami, direto da Avenida Andarzgu, no norte de Teerã, a poucos metros de um dos locais atingidos pelos ataques israelenses.

“Os danos atingiram uma faixa de cerca de 100 a 150 metros do prédio atacado, os vidros das casas e prédios vizinhos foram quebrados, os andares superiores foram danificados. A polícia bloqueou o início e o fim da rua para evitar a passagem de pessoas. Mas mesmo os edifícios vizinhos e os andares laterais do local de impacto têm eletricidade, água e gás”, conta.

Segundo ele, manifestações foram vistas em várias cidades. “O povo nas cidades que foram atacadas, e mesmo em cidades que não foram alvo, foi para as ruas e fizeram manifestações para protestar, condenando esses ataques e cobrando uma reação do governo, uma resposta dura contra o regime de Israel. De outro lado, o governo, as Forças Armadas e o líder supremo também disseram que vamos dar uma resposta forte. Povo e governo estão juntos na reação”, afirma.

De fato, na sexta o Irã iniciou a retaliação, atingindo com mísseis a capital israelense, Tel Aviv.

Os ataques de Israel assassinaram três militares iranianos de alta patente e seis cientistas ligados ao programa nuclear do país. O número de vítimas civis, estimado até o momento em 95 feridos, pode ser maior, na avaliação de Gholami. “Os números de mortos e feridos não foram oficialmente atualizados, e diferentes meios de comunicação têm opiniões diferentes sobre isso em cada cidade ou província. Não posso confirmar, pois ainda não temos uma informação oficial, mas aparentemente o número de feridos aumentou e infelizmente a maioria de quem está sofrendo com esse ataque são civis, crianças, mulheres.”

De acordo com o governo israelense, o ataque foi direcionado contra alvos relacionados à indústria nuclear iraniana. A ação ocorre após o fracasso das negociações sobre o tema entre Irã e Estados Unidos.

Leia abaixo a íntegra da conversa:

Brasil de Fato: Você está em um dos locais que foram atacados. Como está a vida em Teerã? Houve interrupção de serviços como água, eletricidade?

Estou na Avenida Andarzgu, onde ocorreu um dos impactos. Os danos atingiram uma faixa de cerca de 100 a 150 metros do prédio atacado, os vidros das casas e prédios vizinhos foram quebrados, os andares superiores foram danificados um após o outros. A polícia bloqueou o início e o fim da rua para evitar a passagem de pessoas. Mas mesmo os edifícios vizinhos e os andares laterais do local de impacto têm eletricidade, água e gás. Do lado de fora, até as construções estão em condições seguras.

Recebemos vídeos mostrando pessoas indo às ruas para protestar em várias cidades. Como as pessoas estão reagindo aos ataques?

Mehrab Gholami: O povo nas cidades que foram atacadas, e mesmo em cidades que não foram alvo, foi para as ruas e fizeram manifestações para protestar, condenando esses ataques e cobrando uma reação do governo, uma resposta dura contra o regime de Israel. De outro lado, o governo, as Forças Armadas e o líder supremo também disseram que vamos dar uma resposta forte. Povo e governo estão juntos na reação

O Brasil emitiu uma declaração condenando os ataques, bem como China, Rússia e outros países. Mesmo a ONU também se manifestou e uma reunião do Conselho de Segurança foi convocada. Por outro lado, os EUA se colocaram ao lado de Israel.  Como você vê essa reação da comunidade internacional?

Estamos esperando que todos os países, a comunidade internacional e especialmente o Conselho de Segurança da ONU condenem esse ataque, pois ele ocorreu diretamente do território de Israel, do exército israelense contra a soberania do Estado do Irã. Um país bombardeou o outro sem motivo e isso é totalmente contra todos os direitos internacionais.

Agradecemos ao Brasil, China, Rússia e outros países que se manifestaram condenando o ataque.Por outro lado, não é muito aceitável que os Estados Unidos e outros países europeus, infelizmente, estejam apoiando Israel e disseram que vão ajudar o país quando o Irã responder. Essa é uma coisa absurda nas relações internacionais e queremos que todos os países sigam os direitos internacionais.

Como vê a reação dos países do Oriente Médio? O Irã espera o apoio dos países vizinhos nesse conflito?

No início, esses países árabes e do Golfo Pérsico eles condenaram esse ataque. Mas o que a gente quer, na verdade, é que eles façam alguma coisa prática, romper relações comerciais ou qualquer relação com Israel. Fazer sanções contra eles, alguma coisa que mostre realmente que estão ajudando o lado certo da região. Além disso, à medida em que a guerra for se desenrolando, que venham nos ajudar na vigilância e apoio, e que não deixem Israel usar o território deles para atacar o Irã.

No Brasil, temos manifestações marcadas para esse domingo (15) em apoio à causa Palestina, e cobrando do governo o rompimento de relações com Israel. Como vê essas manifestações?

Qualquer manifestação em que as pessoas estejam presentes contra o genocídio na Palestina é com certeza um ponto positivo. As pessoas, dentro de suas possibilidades, devem participar e pedir aos seus governos para fazer o máximo possível contra esse regime sionista. Mas, no final das contas, os governos e militares têm que decidir qual o interesse do país. Não queremos entrar nos assuntos políticos dos países, mas em geral apoiamos todas as manifestações, inclusive no Brasil. Isso é uma coisa muito necessária para que o apoio a Israel não seja algo normalizado.

As informações de agências internacionais falam em três militares de alto nível mortos, além de seis cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, e 95 feridos. Esses são os números atualizados?

Sobre os números, três militares de alto nível foram assassinados e seis cientistas. Mas sobre o número de outras vítimas, do povo normal, os números de mortos e feridos não foram oficialmente atualizados, e diferentes meios de comunicação têm opiniões diferentes sobre isso em cada cidade ou província. Não posso confirmar, pois ainda não temos uma informação oficial, mas aparentemente o número de feridos aumentou e infelizmente a maioria de quem está sofrendo com esse ataque são civis, crianças, mulheres.

Por fim, quais os próximos passos? Qual o caminho para o retorno da paz no Irã e na região?

O Irã jamais começou uma guerra em mais de 200 anos, o Irã não atacou nenhum país. Nosso país provou várias vezes que está disposto a dar passos em direção a uma paz regional ou mundialmente. No entanto, há outros países no mundo ocidental que não permitiram isso até agora. O Irã não atacou ninguém, mas falou claramente que têm direito de responder a qualquer ataque, qualquer invasão. Então acreditamos que para chegar a uma paz em nível mundial, temos que nos defender. Responderemos a cada provocação e ataque que tenha sido feito a Teerã e outras cidades.

Já recebemos informação de que ataques atingiram a capital de Israel e que alguns caças foram alvos de ataque, e um piloto deles foi capturado. Então, nós vamos dar uma resposta. O Irã sempre esteve na posição de conversa, de negociações, pronto para faze acordos. Mas infelizmente esse regime terrorista, sionista, eles que começaram esse ataque. Nós não começamos a guerra, mas o fim dela está conosco.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
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