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OBRAS PARADAS

Greve na construção civil paralisa obras em João Pessoa após descumprimento de acordo coletivo

Trabalhadores cobram direitos básicos e denunciam pressão nos canteiros; greve segue por tempo indeterminado

16.jun.2025 às 17h04
Atualizado em 24.jun.2025 às 14h07
João Pessoa (PB)
Redação
Greve na construção civil paralisa obras em João Pessoa após descumprimento de acordo coletivo

Mesmo sendo um dos setores que mais gera emprego na Paraíba, a construção civil ainda opera à base da precarização - Fernando Frazão/Agência Brasil

Os canteiros de obras de João Pessoa amanheceram parados nesta segunda-feira (16), com o início da greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da construção civil. A paralisação foi motivada pelo descumprimento de um acordo coletivo firmado em abril último entre o sindicato da categoria e o setor patronal. Com isso, mais de 10 mil operários aderiram ao movimento, exigindo respeito aos direitos conquistados e o cumprimento imediato do que foi pactuado.

Desde a última grande greve em 2021, a categoria da construção civil na Paraíba vem se mobilizando por direitos básicos – reajuste real, cesta básica digna e jornada justa. Mas, mesmo depois da negociação mediada pela Justiça em abril de 2025, as empresas patronais recuaram nos compromissos e desrespeitaram o acordo, motivando o movimento atua.

Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, Pesada, Montagem e Mobiliário de João Pessoa e Região (Sintricom), Francisco Demontier, a reivindicação engloba a reposição salarial de 7,51%, melhorias no café da manhã e cesta básica, e negociação da jornada com o sindicato que não foram implementadas.

“A decisão pela greve foi tomada devido à falta de respeito do Sinduscon com a categoria. Mesmo após um acordo firmado, assinado e mediado por uma juíza do trabalho e um procurador do Ministério Público do Trabalho, o sindicato patronal voltou atrás. Quinze dias após a assinatura, o Sinduscon simplesmente ignorou os compromissos assumidos diante da Justiça do Trabalho e se recusou a cumprir o que foi acordado. O acordo previa melhorias no café da manhã oferecido aos trabalhadores, entrega da cesta básica, reajuste salarial de 7,5%, pagamento das diferenças salariais na remuneração e a definição da jornada de trabalho com a participação do sindicato. No entanto, o Sinduscon descumpriu todos esses pontos. Além disso, quer impor uma pauta que retira o papel do sindicato nas negociações, deixando todas as decisões a cargo exclusivo das empresas, sem ouvir os trabalhadores”, explica ele.

Para o pedreiro Italo Jones, está difícil manter a vida: “Hoje a gente está cobrando os nossos direitos, assim como sempre cumprimos com os nossos deveres. Por isso, não vamos voltar atrás. O que estamos pedindo é o mínimo. A vida do trabalhador é complicada: a gente sai de casa às 5h30 da manhã, tem que acordar antes das 5h, e só volta pra casa por volta das 18h30, 19h. Aí é jantar, passar uma horinha com o filho, no máximo uma hora e meia, e já se preparar pra trabalhar de novo no outro dia. E, além disso, ainda querem que a gente trabalhe nos feriados – o que nem é obrigatório. Mas o encarregado dá aquele tapinha nas costas e fala: ‘conto com você amanhã’. Isso é pressão psicológica”, afirma

Roberto Pereira, carpinteiro, comenta que a greve é um ultimato. “É a única forma de retomarmos o respeito. Tentamos o diálogo, mas fomos ignorados. A paralisação é o último recurso para exigir que a palavra das empresas seja cumprida”, declara.

Durante audiência de conciliação realizada com a presença da juíza do trabalho Nayara Queiroz Mota e do procurador do Ministério Público do Trabalho, Márcio Roberto de Freitas, o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) e o Sintricom chegaram ao seguinte acordo:

Termos do Acordo Firmado na Justiça do Trabalho

  1. Reajuste salarial
    Foi pactuado um reajuste de 7,51% para toda a categoria laboral, com efeito retroativo a 1º de janeiro de 2025. O pagamento do valor retroativo deverá ser quitado até a folha de pagamento do mês de maio de 2025.
  2. Café da manhã reforçado
    A composição do café da manhã oferecido nos canteiros de obra passará a incluir dois pães com manteiga, um copo de café, queijo e ovo, substituindo a antiga opção com mortadela. A mudança deve ser implementada de imediato.
  3. Cesta básica
    A partir da cesta referente ao mês de maio de 2025, será acrescentado um pacote de flocão de 500g e uma lata de sardinha aos itens da cesta básica já existente.
  4. Inclusão futura de rapadura
    Ficou ainda acordado que, a partir de janeiro de 2026, será incorporada à cesta básica uma rapadura de 600g.

Acesse a Ata de Audiência de Conciliação

Importância e crescimento do setor

A construção civil empregou 2,858 milhões de pessoas no Brasil em 2024, com a criação de 110 921 novos empregos com carteira assinada, um aumento de 4,04% em relação a 2023 (cbic.org.br). Desde 2020, o setor acumulou crescimento de quase 39%, com 800 378 novas vagas formais. No primeiro semestre de 2024, foram criados 159 203 empregos formais — o maior volume em 12 anos para o período.

Emprego e economia na Paraíba

A Paraíba registrou mais de 52 mil trabalhadores formais na construção civil em 2024, representando 10% do total de empregos no estado. Esse setor também se destacou como o que mais cresceu em número de vagas no estado durante o ano. Além disso, o estado como um todo teve um saldo de 27.614 empregos formais em 2024, o segundo maior nos últimos 12 anos, de acordo com o governo do estado.

O que esperar a seguir?

Demontier explica que a greve é por tempo indeterminado até que o Sinduscon-PB honre os termos pactuados em abril. “A conjuntura nacional favorável, com setores aquecidos e forte geração de empregos, está sendo esquecida localmente pela categoria – que segue mobilizada até ter seus direitos garantido. A construção civil é base de toda infraestrutura e habitação popular – setor essencial na vida do trabalhador. A greve denuncia como o capital patronal historicamente se nega a valorizar quem ergue as cidades. Só a pressão coletiva pode obrigar o cumprimento de melhorias mínimas e a retomada real do diálogo com os trabalhadores”.

O jornal Brasil de Fato PB procurou Ozaer, representante do Sinduscom-JP, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.


Editado por: Cida Alves
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