Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

MEDIDA PERIGOSA

O perigo de armar a Guarda Municipal

Rio de Janeiro é o maior laboratório de políticas de segurança do país e é preciso reconhecer que o caminho está errado

16.jun.2025 às 12h10
Rio de Janeiro (RJ)
Talíria Petrone
Projeto para armar a Guarda Municipal possa utilizar armas de fogo nas ruas da cidade

Guarda Municipal armada foi aprovada em definitivo no Rio - Divulgação

Vi com muita preocupação a aprovação pela maioria dos vereadores do Rio da proposta que vai armar a Guarda Municipal. É uma medida perigosa porque vai na contramão da realidade. Ontem mesmo o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou dados mostrando que o Rio de Janeiro registrou alta de 6% nas mortes violentas e de 34,4% nas mortes causadas por policiais. Foram 1.254 mortes apenas de janeiro a abril deste ano.

Também neste mesmo período, o Brasil registrou 71 mortes de agentes de segurança pública. No Rio de Janeiro, a situação é mais alarmante. Houve crescimento de 18 mortes no mesmo período de 2024 para 37 agora, apenas nos primeiros meses. O estado concentra 52% das mortes de policiais no país.

Cabe questionar: em que instância o Executivo e o Legislativo da capital fluminense realizaram audiências e discussões para consultar a população sobre a medida? De acordo com a pesquisa da Quaest contratada pela Globo, 57% dos cariocas são contra o uso de armas pela Guarda Municipal. O povo não é bobo e sabe que será o maior prejudicado.

Você, que me lê, já deve ter presenciado no Rio inúmeras situações de conflito entre agentes da Prefeitura e da Guarda Municipal na repressão contra camelôs. É só fazer uma busca nas redes para encontrar situações de agressão e perseguição. Agora, imagine isso, mas com um guarda municipal portando uma arma de fogo nas regiões movimentadas da cidade.

Outro aspecto é o desvio de armamento. Em 2023 o Exército brasileiro registrou 48 desvios de armamento. De 2018 a 2022, cerca de 2.893 armas legais pertencentes a colecionadores, atiradores e clubes de tiro foram desviadas. O que nos leva a crer que a Prefeitura do Rio estará blindada destes desvios de armas? Nada.

O Rio de Janeiro é o maior laboratório de políticas de segurança do Brasil e é preciso reconhecer que o caminho está errado. As políticas não surtiram efeitos e os problemas aumentaram. A política de Eduardo Paes insiste no velho erro e piorará um problema que diz querer resolver.

Além disso, trata-se de um desvio de função do agente da GM. A atribuição de guardas municipais não é a de realizar policiamento ostensivo, com possíveis confrontos a tiros. Esse trabalhador e essa trabalhadora da GM é, na sua origem, um agente com o papel de guardar o patrimônio e de colaborar com o policiamento comunitário. Quem mais se prejudica com isso é o agente e suas famílias que viverão em uma aflição constante.

Quantos mais terão que morrer pra que essa guerra acabe? As altas taxas de letalidade se traduzem em nomes: Herus, João Pedro, Johnatha, Kathleen Romeu, Maria Eduarda…

Estudos do mundo inteiro e também aqui do Brasil apontam a relação entre armamento e o aumento da taxa de letalidade. Chega de enxugar sangue! Basta de choro de mãe favelada. Queremos uma Guarda Municipal valorizada, equipada, com servidores que trabalhem pela manutenção da ordem e do patrimônio público, colaborando por meio da lógica comunitária. Não queremos este modelo de segurança que não funciona e que vitima a população e os próprios agentes.

*Talíria Petrone é deputada federal (Psol-RJ).

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Vivian Virissimo

|

Newsletter



    Editorial BdFPonto

    • Quem Somos
    • Publicidade
    • Contato
    • Política de Privacidade
    • Política
    • Internacional
    • Direitos
    • Bem Viver
    • Socioambiental
    • Opinião
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul

    Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

    Nenhum resultado
    Ver todos os resultados
    • Apoie
    • TV BDF
    • Regionais
      • Bahia
      • Ceará
      • Distrito Federal
      • Minas Gerais
      • Paraíba
      • Paraná
      • Pernambuco
      • Rio de Janeiro
      • Rio Grande do Sul
    • Rádio Brasil De Fato
      • Radioagência
      • Podcasts
      • Seja Parceiro
      • Programação
    • Política
      • Eleições
    • Internacional
    • Direitos
      • Direitos Humanos
    • Bem Viver
      • Agroecologia
      • Cultura
    • Opinião
    • DOC BDF
    • Brasil
    • Cidades
    • Economia
    • Editorial
    • Educação
    • Entrevistas
    • Especial
    • Esportes
    • Geral
    • Saúde
    • Segurança Pública
    • Socioambiental
    • Transporte
    • Correspondentes
      • Rússia
      • Sahel
      • Cuba
      • EUA
      • Venezuela
      • China
    • English
      • Brazil
      • BRICS
      • Climate
      • Culture
      • Interviews
      • Opinion
      • Politics
      • Struggles

    Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.