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impacto ambiental

‘Pó preto da CSN’: moradores de Volta Redonda percebem piora na poluição emitida por siderúrgica, aponta pesquisa

Poluição causada pela CSN em Volta Redonda é alvo de indicação legislativa para intervenção do Ibama

17.jun.2025 às 13h14
Atualizado em 18.jun.2025 às 09h08
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita
‘Pó preto da CSN’: moradores de Volta Redonda percebem piora na poluição emitida por siderúrgica, aponta pesquisa

Companhia afirma que qualidade do ar apresentou melhora - Reprodução/Redes sociais

Uma pesquisa socioambiental realizada com moradores de Volta Redonda, município da região sul fluminense, evidencia os impactos da poluição industrial causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a mais antiga do país. 

A maioria dos 334 entrevistados residem no município há mais de 10 anos e relataram que houve piora na emissão de “pó preto” no ar pela siderúrgica. Mais de 90% afirmaram que a poluição piorou ou continua igual a 2024. 

O Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR) divulgou o levantamento sobre a percepção dos moradores nesta terça-feira (17). Em 2023, o Brasil de Fato mostrou que o “pó preto” é, na verdade, formado por micropartículas de ferro que, soltas no ar, tem relação com doenças respiratórias.

Segundo a pesquisa do MEP, 93% afirmou conviver com a presença de poeira preta ou escura em superfícies; 79% notaram um aumento de problemas respiratórios como tosse, alergias e irritação; 68% observaram fumaça densa ou colorida saindo de chaminés da siderúrgica; e 57% sentiram impactos mais graves na saúde, como sensação de ar pesado e dificuldade de respirar. 

Além disso, também foram registrados acúmulo de lixo, mudança na coloração da água, barulho excessivo e cheiro desagradável. A pesquisa foi conduzida pela professora Ana Paula Vasconcelos Gonçalves da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre os dias 5 e 12 de junho.

Ao Brasil de Fato, Pedro Paulo Vidal, coordenador da equipe socioambiental do MEP, afirmou que a iniciativa traz para o centro do debate a população que vive diariamente os impactos da atividade industrial poluente. 

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“Quando você está discutindo sobre impactos ambientais, racismo ambiental, poluição, é muito importante saber o que a população está sentindo, o que ela está vendo, o que ela percebe, como a poluição, os impactos ambientais estão chegando nesse cidadão. A gente tem tentado fazer pesquisas socioambientais de maneira regular, pelo menos anualmente. É muito difícil obter dados científicos sobre a poluição, porque é uma coisa tão grande, tão diversa que para você ter dados, estatísticas sobre isso, você tem que ter toda uma estrutura que infelizmente nós não contamos, mas dentro do possível tentamos saber algumas informações sobre os impactos ambientais na nossa cidade”, disse Vidal.

Fiscalização insuficiente

A deputada estadual Marina do MST (PT) protocolou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma indicação para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) atuar diante da poluição industrial. Segundo a parlamentar, a iniciativa é necessária porque o órgão estadual, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), não tem cumprido com responsabilidade a função de fiscalização.

“Me sinto muito triste de ver essa cena de poluição do pó preto que todos os dias traz muitos problemas e muitas consequências de saúde para o nosso povo aqui. Que essa indicação [legislativa] incentive o Ibama a nos ajudar nesse processo de fiscalização contra essa poluição industrial, principalmente da CSN em Volta Redonda”, afirmou Marina em vídeo nas redes sociais. 

A mesma crítica também vem dos moradores: “o Inea não tem atendido de maneira satisfatória os anseios da população por uma Volta Redonda mais equilibrada do ponto de vista de combate à poluição”, disse o morador do município Pedro Paulo Vidal.

Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPRJ) recomendaram que o Ibama passe a fiscalizar a operação da usina CSN em Volta Redonda. A medida está em análise no órgão federal. Em nota ao Brasil de Fato, O Ibama afirmou que a siderúrgica “há anos opera sem licenciamento regular, renovando Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), os quais são sistematicamente descumpridos”.

Monitoramento de poluentes

Na última semana, o deputado estadual Flavio Serafini (Psol) foi à Brasília tratar do monitoramento das emissões de gases de efeito estufa no estado do Rio. 

“Hoje, o inventário estadual subestima drasticamente as emissões, especialmente do setor industrial. Isso não é detalhe técnico, é omissão que favorece grandes poluidores como a Ternium, em Santa Cruz, e a CSN, em Volta Redonda, duas das maiores siderúrgicas da América Latina”, afirmou Serafini em suas redes sociais. 

“A Ternium sozinha emite praticamente o mesmo que toda a cidade do Rio. Mas o governo do estado finge que não vê”, detalhou o parlamentar sobre a siderúrgica localizada em Santa Cruz, zona oste do Rio, antiga TKCSA.

A reportagem questionou o Inea sobre o que tem sido feito para medir e reduzir os impactos da atividade industria no município. O órgão respondeu que avalia e monitora a qualidade do ar por meio de estações automáticas e semiautomáticas, seguindo padrões internacionais estabelecidos.

“O Inea esclarece que, em outubro de 2024, foi assinado o aditamento do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta], com dois anos de prazo para a empresa resolver as pendências ambientais. Todo o processo foi firmado com a interveniência da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), instância superior de deliberação ambiental do Estado do Rio de Janeiro, onde as reuniões são abertas ao público e que conta com a participação dos órgãos ambientais do Estado e da União, além de organizações de classe e sociedade civil”, informou ao Brasil de Fato.

A pasta destacou que a última vistoria técnica na usina foi realizada em abril deste ano, para verificar a execução das ações previstas no termo aditivo ao TAC. “Na ocasião, foram confirmadas a evolução e, em alguns casos, a conclusão de medidas de controle ambiental. É importante ressaltar que, diante dos atrasos verificados no cumprimento do Plano de Ação, a pasta ambiental aplicou sanções administrativas à empresa, como multas moratórias e autos de infração”, finaliza o Inea.

O que diz a CSN

Em nota ao Brasil de Fato, a companhia afirmou que a qualidade do ar em Volta Redonda apresentou melhora. “Dados oficiais de monitoramento do Inea indicam que a qualidade do ar esteve classificada como ‘boa’ em 99,75% do tempo e regular em 0,25%”.

Informa ainda que, em fevereiro de 2024, iniciou o monitoramento de partículas sedimentáveis (PS) em oito pontos distribuídos pela cidade, em locais definidos em consonância com o Inea e com aprovação do órgão ambiental.

Segundo a empresa, desde então “foi registrada uma redução expressiva de 68% na taxa de material sedimentado”. Por fim, citou ações para mitigar as emissões de particulados e assegurar o atendimento aos limites estabelecidos pela legislação ambiental.

“Esse avanço é resultado de uma série de medidas adotadas pela Companhia, com destaque para as reformas programadas nas três sinterizações da Usina Presidente Vargas, concluídas ao longo de 2024. Paralelamente, a CSN está implantando três novos filtros eletrostáticos de alta tecnologia, estruturas com cerca de 30 metros de altura, capazes de reter partículas sedimentáveis (o chamado ‘pó’). Outras iniciativas complementam esse esforço, como a aplicação de polímeros nas pilhas de matérias-primas e de carvão, além do uso de tecnologias avançadas de limpeza. A CSN também reforçou o controle das emissões com a aquisição de 10 novos canhões de névoa, mais potentes que os modelos anteriores”, diz o texto.

*Atualizada quarta-feira (18) às 8h50 com posicionamento do Inea e Ibama

Editado por: Vivian Virisssimo
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