O Brasil é o país com maior número de milionários na América Latina e o mais desigual do mundo, segundo um relatório do banco suíço UBS divulgado nesta quarta-feira (18). Para elaboração do Relatório Global da Riqueza de 2025 o UBS analisou dados de 56 países, que concentram 92% da riqueza mundial.
De acordo com o documento, o Brasil tem aproximadamente 433 mil milionários, em classificação feita em dólares. O México tem 399 mil e é o segundo país latino-americano com mais super-ricos.
No mundo, o Brasil é o 19º país com mais milionários. Os Estados Unidos, com 23,8 milhões, lideram o ranking. A China vem em seguida, com 6,327 milhões de milionários. Juntos, os dois países têm 54% dos super-ricos do mundo.
Segundo o UBS, em um ano, o EUA ganhou 379 mil novos milionários em 2024. Isso significa que mais de mil pessoas se tornaram super-ricas por dia no país. Em todo o mundo, foram 684 mil pessoas.
A riqueza envolve bens e também aplicações financeiras, descontadas as dívidas.
Ranking de países com mais ricos:
- Estados Unidos: 23,831 milhões
- China continental: 6,327 milhões
- França: 2,897 milhões
- Japão: 2,732 milhões
- Alemanha: 2,675 milhões
- Reino Unido: 2,624 milhões
- Canadá: 2,098 milhões
- Austrália: 1,904 milhões
- Itália: 1,344 milhões
- Coreia do Sul: 1,301 milhões
- Países Baixos: 1,267 milhões
- Espanha: 1,202 milhões
- Suíça: 1,119 milhões
- Índia: 917 mil
- Taiwan: 759 mil
- Hong Kong (RAE): 647 mil
- Bélgica: 549 mil
- Suécia: 490 mil
- Brasil: 433 mil
- Rússia: 426 mil
- México: 399 mil
- Dinamarca: 376 mil
- Noruega: 348 mil
- Arábia Saudita: 339 mil
- Singapura: 331 mil
Desigualdade
Ainda segundo o relatório, o Brasil é o país mais desigual entre todos os 56 analisados. Num índice que vai de 0 a 1, o Brasil tem 0,82 em desigualdade, junto com a Rússia. A Eslováquia é o mais igualitário da amostra, com índice de 0,38.
O UBS aponta ainda que o Brasil é o segundo país do mundo com maior valor de herança a ser distribuída nos próximos 20 ou 25 anos, ficando atrás somente dos EUA. Serão quase US$ 9 trilhões transferidos no Brasil de pais para filhos, por exemplo – algo em torno de R$ 50 trilhões na cotação atual do dólar.
Ranking de países mais desiguais:
- Brasil
- Rússia
- África do Sul
- Emirados Árabes Unidos
- Arábia Saudita
- Suécia
- Estados Unidos
- Índia
- Turquia
- México
- Cingapura
- Alemanha
- Suíça
- Israel
- Holanda
- Hong Kong
- China
- Portugal
- Grécia
- Taiwan
- França
- Reino Unido
- Coreia do Sul
- Polônia
- Itália