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Início Economia

R$ 5,50

Selic, petróleo e especulação: o que explica a queda do dólar em 2025

Cotação da moeda dos EUA caiu cerca de 10% neste ano, após subir a R$ 6,15 em 2024

24.jun.2025 às 18h45
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, atuou em leilões da moeda em momentos de oscilação da cotação - Edilson Rodrigues/Agência Senado

A cotação do dólar no Brasil neste ano segue uma trajetória completamente oposta daquela observada no ano passado. Em 2024, a moeda estadunidense se valorizou 27% ante ao real, saltando de R$ 4,85 para R$ 6,15. No primeiro semestre de 2025, entretanto, já recuou mais de 10%, baixando a R$ 5,50 – menor valor desde outubro.

Segundo economistas ouvidos pelo Brasil de Fato, as causas da queda são várias. Passam por um movimento meramente especulativo de investidores que tentam se aproveitar de oscilações de mercado para lucrar, por mudanças no cenário internacional e, principalmente, pelo aumento da taxa básica de juros brasileira, a Selic.

A taxa básica de juros serve de referência nas negociações de títulos do Tesouro Nacional brasileiro. Quando ela sobe, o rendimento de quem aplica recursos nesses títulos sobe também, aumentando sua atratividade para quem investe neles.

Desde setembro de 2024, a Selic foi sete vezes elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Saiu de 10,5% ao ano e atingiu 15% ao ano após decisão anunciada na última quarta-feira (18) – alta de 4,5 pontos em nove meses.

Segundo Miguel de Oliveira, economista e diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a alta da Selic trouxe recursos de investidores internacionais para o Brasil. Eles trocam dólares por reais para investir aqui. A oferta de dólares na economia, então, cresce. A cotação cai.

“Está entrando muito dólar no país. Por isso, a cotação é mais baixa”, explica. “Está tão baixa que é até surpreendente.”

No início do ano, economistas de bancos estimavam que o dólar fecharia 2025 valendo R$ 6. Hoje, considerando a queda nos primeiros meses deste ano, eles já mudaram sua previsão para cerca de R$ 5,70 – ainda assim, acima da cotação atual.

Guerra e petróleo

José Luis Oreiro, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), disse que é difícil prever a cotação do dólar no Brasil considerando toda a incerteza presente no cenário global. Só neste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, já anunciou um tarifaço que chacoalhou o comércio global e envolve-se numa guerra entre Israel e Irã, este um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Ele ressalta que, ao menos até aqui, essa incerteza empurra a cotação do dólar para baixo.

“A cotação do dólar hoje também é resultado do conflito entre Israel e Irã”, diz o professor, tratando da queda mais recente da moeda. “O Brasil é exportador de petróleo. Como o petróleo subiu, entram mais dólares na economia e derrubam a cotação.”

Oreiro acrescenta que esse movimento aumenta também o lucro da Petrobras. Como a empresa é estatal, parte desses lucros vai para os cofres do governo na forma de dividendos. Reduzem, inclusive, as queixas sobre o equilíbrio das contas públicas – algo que ganhou corpo em 2024 e ajudou a elevar o dólar no Brasil, mesmo com o governo cumprindo suas metas fiscais.

“A desvalorização do câmbio do ano passado foi um movimento especulativo alimentado por boatos contra o governo. Parte do dinheiro que saiu do país está chegando de volta”, lembra o professor, citando outra causa da queda do dólar em 2025.

Especulação

Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que, historicamente, o Brasil é um país muito afetado pela especulação com o dólar. Isso porque o país tem um sistema complexo de contratos com a moeda dos EUA, além de pouco controle do fluxo de capitais.

Weiss disse que, por tudo isso, quando existe uma tendência mundial de valorização do dólar, ele sobe mais no Brasil. Em 2024, por exemplo, a valorização do dólar ante ao real foi a maior entre os países do chamado G20.

Em compensação, quando o dólar cai mundo afora, essa queda é ainda mais forte por aqui. Isso tem ocorrido em 2025, o que explica uma desvalorização da moeda no Brasil. Até maio, o Brasil era o quarto país do mundo onde o dólar mais caiu em 2025.

“O Brasil sempre tende a apreciar mais e depreciar mais”, diz Weiss.

O professor é favorável a medidas para redução dessa volatilidade. Lembra que parte do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo no mês passado tratava disso. Contudo, isso foi revisto após críticas da oposição.

Galípolo

Pedro Faria, economista e doutor em História, diz que parte desse controle é hoje feito pelo BC. Segundo ele, desde que Gabriel Galípolo foi anunciado o novo presidente da autarquia para o lugar de Roberto Campos Neto, a forma do BC atuar no mercado de câmbio mudou, o que reduziu o sobe e desce.

Galípolo foi indicado para o BC por Lula. Tem uma visão de que o dólar tem um peso importante sobre os preços no Brasil. Já declarou, inclusive, que 70% da inflação no país tem ligação com o dólar. Por isso, levou o BC a ter uma participação mais ativa em leilões de dólar em momentos de oscilações.

“A queda é causada pelo efeito da atuação do BC. Ele ficou muito mais ativo no mercado de câmbio após Galípolo assumir”, afirma.

Consequências

A inflação segue alta no Brasil, apesar da queda do dólar. Nos últimos 12 meses encerrados em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,32% – acima da meta de até 4,5% definida pelo governo para o ano. Até abril, porém, esse índice acumulado era maior: 5,53%.

A redução recente tem certo impacto do dólar. A Petrobras, por exemplo, reduziu o preço da gasolina neste mês em parte por conta da queda do dólar.

“Preços de alimentos, como o trigo, o café, ficam mais favoráveis com um dólar desvalorizado”, acrescenta Weslley Cantelmo, economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento.

Bruno de Conti, economista e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que a elevação da Selic pelo BC também pode ter como um de seus objetivos a atração do dólar para conter a alta de preços.

Ele ressalta que a queda do dólar tem como consequência a perda de competitividade da indústria nacional ante concorrentes internacionais, visto que os produtos brasileiros tendem a ficar mais caros mundo afora. Ele ponderou que parte da indústria demanda importados para sua produção. Neste caso, elas são beneficiadas.

Conti também evita fazer previsões sobre a cotação do dólar. Cantelmo ressaltou que a cotação atual é mais condizente com a situação da economia nacional do que a atingida no final de 2024. “Aquilo que a gente viu em 2024 foi claramente um ataque especulativo. Mas outros ataques podem acontecer”, diz ele.

Editado por: Amauri Gonzo
Tags: dólarpetróleoselic
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