Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

SOMOS ALVO?

Países com programas nucleares para fins energéticos não correm risco de ataques, dizem analistas

Israel e EUA usam argumento do urânio enriquecido para mascarar interesses geopolíticos

26.jun.2025 às 17h45
Sâo Paulo (SP)
Carolina Bataier
Países com programas nucleares para fins energéticos não correm risco de ataques, dizem analistas

Foto aérea da área onde será construída a Usina Termelétrica Nuclear (UTN) Angra 3 - Divulgação Eletronuclear (agosto 2008)

Os bombardeios contra o Irã, realizados por Israel e Estados Unidos, não servirão como precedente para ataques em outros países que realizam enriquecimento de urânio, segundo a avaliação de analistas ouvidos pelo Brasil de Fato.

“Essa foi uma desculpa. O Irã não foi atacado pela questão do enriquecimento de urânio da produção nuclear ou, pelo menos, não só por isso”, avalia Arturo Hartmann, membro do Centro Internacional de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Ele foi atacado também por interesses políticos. Essa foi uma guerra política, uma guerra de controle geopolítico regional”, diz.

Quando realizou as primeiras ofensivas, em 13 junho, Israel alegou estar combatendo a capacidade nuclear do Irã, que dizia ser ameaça global. Dias depois, os Estados Unidos entraram na guerra sob o mesmo pretexto, a partir de uma informação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alegando que o regime iraniano teria material enriquecido em 60%. O material não foi encontrado.

“Tem aquela coisa dos dois, pesos duas medidas. Não é o problema da lei ou da regra do enriquecimento de urânio. É a questão política do Irã ser alvo específico por outras razões além da produção do urânio”, diz Hartmann.

Enriquecimento de urânio

O enriquecimento de urânio, que apareceu no centro das justificativas dos bombardeios, é realizado por 13 países, entre eles o Brasil. Trata-se de um processo químico-físico de potencialização das capacidades do elemento químico encontrado na natureza. As finalidades do processo são diversas, como uso na geração de energia elétrica e na medicina para tratamento de câncer.

Há, no entanto, uma longa distância entre o urânio enriquecido para fins pacíficos e o desenvolvimento de armas nucleares. No primeiro caso, o enriquecimento varia de 3% a 20%, a depender da finalidade.

“Esse grau de enriquecimento vai de 3%, que é aquele usado para as usinas, a 20%, que é normalmente o urânio usado para reatores de pesquisa”, explica Carlo Patti, professor de história internacional da Universidade de Pádua, na Itália e professor do programa de pós-graduação em na ciência política Universidade Federal de Goiás (UFG).

A criação de artefatos nucleares, como uma bomba atômica, exige tratamento que potencialize o urânio em, no mínimo, 85%. O alcance dos 60%, no entanto, seria um indício da potência das tecnologias iranianas. “Quando você tem material irradiado a 60% para alcançar o enriquecimento a 90% é muito rápido”, explica Patti.

O governo iraniano afirma que seu programa nuclear sempre foi pacífico. O país é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Além do Brasil, os países que dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio são França, Alemanha, Holanda, Reino Unido, Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Argentina, Índia, Paquistão e Irã.

Saída do pacto

Na avaliação de Patti, o grande risco das ofensivas é a saída do TNP. Em vigor desde março de 1970, o pacto é assinado por 191 países comprometidos com a não disseminação de armas nucleares.

“Essa é a grande ameaça que se coloca no cenário internacional. Ameaça justificada pelo ataque que houve por parte dos Estados Unidos”, avalia o professor.

Para ele, a saída do Irã pode impulsionar outros países a tomarem a mesma decisão. “Isso é um precedente perigoso no momento de grande fragilidade sobre a possibilidade de sobrevivência desse mecanismo que, de qualquer forma, garante a não proliferação [de armamentos nucleares] por um número enorme de países”, diz.

Nesta quarta-feira (25), o parlamento iraniano aprovou um projeto de lei que suspende a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) até que o Irã tenha garantias de segurança.

Em rede nacional, o presidente da assembleia, Mohammad Bagher Ghalibaf, afirmou que “qualquer cooperação com a agência ou envio de relatórios a ela, bem como a entrada de inspetores e gerentes da agência, serão proibidos até que a segurança das instalações nucleares e cientistas seja garantida”.

Atualmente, quatro países com armas nucleares ficaram de fora do TNP: Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

Fim da guerra

‘Irã teve uma derrota militar e uma vitória política’, analisa Reginaldo Nasser

Guerra imperialista contra o Irã

Exigências

Parlamento do Irã aprova suspensão de cooperação com agência de supervisão nuclear da ONU após ataques de Israel e EUA; Teerã acusa omissão

CONFLITO AVANÇA

Trump afirma que EUA realizou ‘ataques bem-sucedidos’ contra 3 instalações nucleares do Irã

escalada

Após ataque dos EUA, líder supremo do Irã promete ‘punição ao inimigo sionista’; Israel ataca instalações nucleares

Veja mais

acabou

Está decidido: STF define que plataformas devem ser responsabilizadas por conteúdos de usuários

DECISÃO DO CONGRESSO

Derrubada do IOF poupa ricos e pode acarretar cortes de gastos com mais pobres

SOMOS ALVO?

Países com programas nucleares para fins energéticos não correm risco de ataques, dizem analistas

EMPRESAS ESTRATÉGICA

Qual é a importância da Copasa e da Cemig e por que privatizar é um erro? 

CASA GARANTIDA

No Moinho, Lula fala em reparação e justiça e critica atuação do governo Tarcísio

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.