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Início Política

Cenário apocalíptico

Fotógrafo transformou imagens da Amazônia em uma denúncia dos efeitos da emergência climática; veja imagens

Fotógrafo peruano-mexicano Musuk Nolte expõe fotos que mostram a seca em uma região antes rica em água, a Amazônia

01.jul.2025 às 11h54
Porto Alegre (RS)
Márcia Turcato
Exposição World Press Photo 2025 está em cartaz no Rio com registros sobre crise climática, guerra e migração

- Foto: Musuk Nolte

A estética das áreas de seca no Brasil são bem conhecidas. Amplas localidades da região Nordeste em sua paleta de cores terrenas. Chão duro e árido, aberto por feridas da estiagem. Por isso surpreendeu muito quando o fotógrafo peruano-mexicano Musuk Nolte, 37 anos, expôs fotos que mostravam a seca em uma região antes rica em água, a Amazônia brasileira. Leito de rios secos, embarcações abandonadas no meio da areia, peixes mortos, pescadores sem trabalho, ribeirinhos sem comida. Cenário apocalíptico.

Nolte transformou imagens do Norte do Brasil em uma denúncia dos efeitos da emergência climática. O fotógrafo produziu a série “Secas na Amazônia”, premiada no concurso internacional World Press Photo 2025. Ele registrou o esvaziamento da bacia do Rio Solimões, no Amazonas, o isolamento de comunidades ribeirinhas e a ruptura das relações sociais e culturais da região como consequência da seca.

O trabalho de Nolte, assim como de outros fotógrafos premiados em todo o mundo na 68º edição do Prêmio World Press 2025, iniciou itinerância na Caixa Cultural Rio de Janeiro, em junho, e em agosto poderá ser visto na Caixa Cultural em São Paulo, depois Curitiba e por último em Salvador. As datas para Brasília e Fortaleza ainda não foram definidas. Mais de 30 países foram convidados a expor os trabalhos. Ao todo, são 42 projetos vencedores que refletem temas urgentes da atualidade: política, gênero, migração, conflitos armados e crises climáticas.

O fotógrafo diz que “a minha foto foi uma das principais destacadas no prêmio. Foi muito importante mostrar uma situação que não é tão conhecida fora do Brasil. Quando fui à Holanda para a premiação, as pessoas ficaram desconcertadas ao descobrirem que era a Amazônia, uma região onde também há problemas relacionados a crimes ambientais, como o tráfico de drogas e de recursos naturais. Uma pessoa com uma câmera, por mais que esteja trabalhando em outra história, está em perigo. A profissão de fotógrafo é para poucos que aceitam conviver com o risco”.

Reconhecido internacionalmente, Musuk Nolte tem se destacado na cena da fotografia documental. É formado em fotografia profissional com especialização em fotografia contemporânea e já recebeu prêmios como o Fundo de Emergência da Fundação Magnum, a Bolsa Vital Impacts, além de ter sido nomeado Explorador da National Geographic.

Seca impossibilitou navegação no Rio São Francisco de Marina, em Manaus – Musuk Nolte

Em entrevista exclusiva por telefone, Nolte falou sobre seu trabalho.

Brasil de Fato: O enfoque social é o propósito do teu trabalho?

Musuk Nolte: Sim, sem dúvida. Este é o meu principal objetivo mas, com certeza, há uma preocupação estética com o resultado do trabalho. No entanto, a estética é apenas um veículo para alcançar o propósito maior da minha missão, que é gerar algum tipo de impacto, alertar sobre problemas, sobre questões importantes para a sociedade em geral.

Ser latinoamericano favorece  o relacionamento com as populações tradicionais?

Ser latinoamericano por si só não garante nada. Tenho, antes de tudo, uma relação de respeito com as populações tradicionais. A dificuldade com o idioma, no caso de populações indígenas, é um aspecto logístico que se resolve. De um modo geral, o trabalho dos fotógrafos tende a focar nos grandes centros urbanos e os territórios mais distantes ficam socialmente isolados por causa dessa escolha. De qualquer modo, acredito que ser latinoamericano e documentar os processos de degradação dos territórios em variadas regiões permite desenvolver uma perspectiva mais completa porque existe uma visão e peculiaridades convergentes.

Elidia Carolina (19) vive às margens do Río Solimões em Manacapuru (Amazonas) – Musuk Nolte


Você já passou por algum tipo de risco no exercício da sua atividade?

O principal risco é perder a noção de que estou vendo lugares e pessoas afetadas pela emergência climática ou por opressão social. Meu trabalho se baseia na documentação a longo prazo, o que me permite construir vínculos, amizades e cumplicidade genuínas com as pessoas. Em lugares remotos, onde ocorrem atividades  ilegais, sempre é arriscado trabalhar.

A Amazônia é um território em constante conflito, não apenas do lado brasileiro, é uma situação generalizada.  As dificuldades que você observa no Brasil são as mesmas nos demais países amazônicos?

Sim e não. Por um lado, a Amazônia é um só território, atravessado por múltiplas fronteiras, precisamos entender a região como um todo, mas cada país tem suas próprias políticas públicas e leis, muitas das quais aceleram a degradação da Amazônia. Por exemplo, se o Peru decide fazer uma represa para aumentar sua navegabilidade, haverá impactos além de suas fronteiras, pode afetar o Brasil e a Colômbia. É preciso pensar o território em conjunto, o que um país faz afeta o outro.

Cordeiro Freitas foi retradado em Maracapuru (Amazonas) em meio a forte estiagem – Musuk Nolte

–

Serviço:

Exposição: World Press Photo 2025

Local: CAIXA Cultural RJ – Unidade Passeio

Período: Até 20 de julho de 2025

Endereço: Rua do Passeio, 38

Centro, RJ, próximo à estação Cinelândia do Metrô

Editado por: Vivian Virissimo
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