Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato

REPARAÇÃO

MPF recomenda ao Exército Brasileiro a retirada de homenagem a general da ditadura de quartel em João Pessoa

'Não se tem como eximir a responsabilidade de Lyra Tavares diante da repressão ocorrida no Brasil', diz Lúcia Guerra

03.jul.2025 às 18h06
JOÃO PESSOA (PB)
Carolina Ferreira
MPF recomenda ao Exército Brasileiro a retirada de homenagem a general da ditadura de quartel em João Pessoa

O 1º Grupamento de Engenharia foi criado em 1955. A homenagem a Lyra Tavares foi feita em 1999 - Reprodução/1ºGPT

O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Exército Brasileiro pedindo a retirada do nome do general Aurélio de Lyra Tavares do 1º Grupamento de Engenharia, localizado em João Pessoa. Comissões da verdade apontam a unidade militar como um local de repressão nos anos da ditadura militar (1964-1985).

A medida, assinada pelo procurador da República José Godoy, também recomenda a criação de um espaço de memória e informação, como também a identificação do 1º Grupamento de Engenharia como um lugar de repressão e tortura.

Natural da capital paraibana, Aurélio de Lyra Tavares (1905-1998) foi ministro do Exército de março de 1967 a 1969 e um dos responsáveis pela assinatura do Ato Institucional Nº 5 – que institucionalizou a perseguição política, cassou mandatos de parlamentares e suspendeu os direitos políticos dos cidadãos. Lyra Tavares integrou a junta militar que governou o país em 1969, após o afastamento de Costa e Silva.

Aurélio de Lyra Tavares também assina, junto a outros, o Ato Institucional Nº 12 – Foto: Reprodução/Academia Brasileira de Letras

“Não se tem como eximir a responsabilidade de [Lyra Tavares] diante da repressão ocorrida no Brasil, com as torturas, sequestros, assassinatos e desaparecimentos forçados. Portanto, não merece ser homenageado, o que não significa ser esquecido. É preciso lembrar seu nome com o devido registro das violações de direitos humanos por ele cometidas”, pontua Lúcia Guerra, integrante da coordenação do Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça (CPMVJ).

Lyra Tavares foi também embaixador do Brasil na França entre junho de 1970 a dezembro de 1974, contribuindo com o monitoramento de exilados brasileiros, informação que consta no livro Liberdade Vigiada: as relações entre a ditadura militar brasileira e o governo francês, de Paulo César Gomes.

“Quando o procurador José Godoy se propõe a recomendar uma mudança de nome, ele reforça os trabalhos das comissões municipais e estaduais da Verdade, e reafirma o compromisso do Ministério Público Federal com a Justiça de Transição e o compromisso com a Memória de tantos paraibanos e paraibanas que enfrentaram o regime ditatorial”, comenta Fernanda Rocha, coordenadora do Memorial da Democracia da Paraíba.

O relatório da Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba (CEVPM-PB) traz alguns registros de maus-tratos a presos políticos, ocorridos no espaço do 1º Grupamento de Engenharia durante prisões e inquéritos, conforme cita Lúcia Guerra, que integrou a comissão.

Alguns casos relatados pela CEVPM-PB são os de “Ovídio Raimundo e Manoel Cícero, que ficaram o dia inteiro sob o sol presos dentro de um carro de cor preta, totalmente fechado [quase asfixiados]; e Washington Rocha, que foi obrigado por major Fernandes a comer uma piola de cigarro acesa”.

Apesar disso, o relatório não identificou “torturas propriamente ditas” nas instalações do grupamento. Entretanto, “vários presos políticos, por ocasião de interrogatórios prestados no 1º Grupamento, fizeram denúncias contra torturas praticadas na Polícia Federal” , o que, segundo o relatório, “não isenta o Grupamento de Engenharia de responsabilidade diante do fato de saber sobre torturas, mas não tomar nenhuma providência”.

Em nota, o MPF ressalta que medidas como essa não são apenas simbólicas, mas sim deveres legais do Estado Brasileiro, respaldadas pela Constituição de 1988 e tratados internacionais de direitos humanos. “Lyra Tavares foi responsável por medidas que aprofundaram as condições do arbítrio e permitiram a aplicabilidade sistemática de graves violações de direitos humanos pela ditadura militar”, afirma a recomendação do MPF.

Fernanda Rocha salienta que “não podemos continuar homenageando homens responsáveis pelo golpe civil-militar no Brasil e pela violência gerada durante o período”. Ela ainda comenta que está hora de homenagear nomes como Margarida Maria Alves, Marielle Franco e Elizabeth Teixeira.

Bairros, avenidas e ruas em João Pessoa têm e mantêm o nome de ditadores. Ações estão em curso para retirada dessas homenagens. Entre os espaços públicos, está a Avenida General Aurélio de Lyra Tavares.

Ao Brasil de Fato PB, o Exército Brasileiro informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a recomendação do MPF, que orienta a retirada da homenagem do 1º Grupamento de Engenharia, na capital paraibana.

Apoie a comunicação popular, contribua com a Redação Paula Oliveira Adissi do jornal Brasil de Fato PB
Dados Bancários
Banco do Brasil – Agência: 1619-5 / Conta: 61082-8
Nome: ASSOC DE COOP EDUC POP PB
Chave Pix – 40705206000131 (CNPJ)

Editado por: Heloisa De Sousa
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Venenos agrícolas

Agrotóxicos em lavouras de fumo causam intoxicação de trabalhadores e poluem rios no interior de SC

Artigo

O labirinto do Brasil por ser

‘ROMPA COM ISRAEL’

Bancada de esquerda na Câmara do Recife promove evento em defesa do povo palestino, nesta sexta (4)

Imagens da Revolução

Mostra no Cine Brasília celebra pioneirismo de Sara Gómez, primeira cineasta cubana

Luta por preservação

Justiça Federal mantém suspensão da licença prévia que autoriza obras da BR-319

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.