Logo pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da votação para eleger o novo presidente do Partido dos Trabalhadores, que ocorre até às 17h deste domingo (6).
O petista não participaria do pleito por estar na Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, mas uma urna foi levada até o seu hotel. “Logo cedo, quem já foi votar no PED 2025 foi ele: o presidente Lula!”, publicou o perfil oficial do partido no Instagram.
O próximo presidente assumirá o cargo deixado por Gleisi Hoffmann, que também já votou logo pela manhã. Ela assumiu o comando da sigla em junho de 2017, durante a Operação Lava Jato. Em fevereiro deste ano, ela foi nomeada ministra das Relações Institucionais e passou o posto temporariamente ao senador Humberto Costa (PT-PE). Esse é o primeiro Processo de Eleição Direta (PED) do PT depois da Lava Jato para definição das novas presidências nacional, estaduais e municipais.
O candidato apoiado por Lula, Edinho Silva, é o favorito para ganhar a eleição. Além do ex-prefeito de Araraquara, que compõe a corrente majoritária “Construindo um Novo Brasil”, Rui Falcão, que já dirigiu a sigla anteriormente, Valter Pomar, historiador e dirigente do PT, filiado ao partido desde os anos 80, e Romênio Pereira, sindicalista e um dos fundadores da sigla, disputam o comando nacional do partido.
A eleição prevê a escolha de novas direções com mandato de quatro anos. As chapas e candidaturas devem cumprir critérios de paridade de gênero (50% mulheres e 50% homens), além de garantir cotas de 20% para pessoas com menos de 30 anos de idade e outros 20% para pessoas negras e indígenas. Esta última regra é diferente para os estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, que têm percentual diferente para candidatos negros e indígenas.
O PED deve reunir 1,3 milhões de filiados e decidir, além da pessoa que comandará o partido pelos próximos quatro anos, os rumos que o PT deve tomar diante da iminência de uma era pós-Lula.