Começou nesta segunda-feira (7) a Semana de Animação de Pernambuco, com uma programação gratuita de exibições de filmes, mesas de debates, oficinas e aulas com profissionais experientes no ramo. O evento segue até a próxima sexta-feira (11), no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), concentrada principalmente nos auditórios do Centro de Artes e Comunicação (CAC) e no Cinema da UFPE. A participação nas oficinas e masterclasses exigem prévia inscrição, mas a entrada para as sessões e mesas de debates são livres, sujeitas à lotação dos espaços.
O festival teve sua primeira edição em 2022, retornando em 2025 buscando dar destaque ao cinema de animação produzido no Brasil, em especial nas regiões Nordeste e Norte. O evento também se propõe a valorizar os nomes experientes na cena e trazer luz para os novos talentos. A programação reúne 35 filmes. Na abertura, nesta segunda-feira (7), o público pode assistir ao longa O Sonho de Clarice, dos diretores Guto Bicalho e Fernando Gutierrez (Distrito Federal, 2023). Em paralelo, no CAC, foi realizada a masterclass “Animação em rotoscopia”, com Paulo Fialho.
Ainda na segunda, fim da tarde houve a exibição dos sete curtas inscritos na Mostra Competitiva Norte e Nordeste, com os filmes Coisa de Preto (Pâmela Peregrino, Sergipe, 2025); Espiral (Marina Lomi, Bahia, 2024); Lá na Frente (Márcio Andrade, Pernambuco, 2024); Medo de Cachorro (Italo Tapajós, Rio Grande do Norte, 2024); Mergulhão (Rogi Silva e Juliana Soares, Pernambuco, 2024); No Início do Mundo (Camila Osório de Castro, Ceará, 2024); e Pantera dos Olhos Dormentes (Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos, Paraíba, 2023).
Na terça-feira (8), a programação começa também no turno da tarde, às 14 horas, no Auditório Evaldo Coutinho (CAC), com uma mesa-redonda sobre o mercado de animação em Pernambuco. Participam da mesa as profissionais Camila Monart (ViuCine Studio), Chia Beloto (Produções Ordinária), Tarsila Tavares (Firmamento Audiovisual) e a professora Amanda Mansur (UFPE).
No Cinema da UFPE, às 17h15, começa uma mostra competitiva de curtas produzidos por estudantes universitários. São 10 filmes: Piramboia (Rodrigo Grilli, PE, 2024); Rheum (Rayana França, BA, 2024); Sem erva não há Orixá (Carlos Eduardo Santos de Jesus, BA, 2024); Moscou (Victória Correa, MG, 2024); Florescer (Jéssica Andrade, Yasmin Tiana e João Elias, MG, 2025); Agradecemos a preferência (Cecília dos Anjos Siqueira, PA, 2024); Debaixo do Pé de Pequi (Maiári Cruz Iasi, GO, 2024); A pior dor que há (Ana Clara Miranda Lucena, DF, 2024); Coaxo (Cecília Silva Matinez, RS, 2023); e Posso contar nos Dedos (Victória Kaminski, RS, 2024).
As atividades na quarta-feira (9) iniciam com a oficina de Animação em Argila, ministrada por Rodrigo Grilli, a partir das 8 horas, no ateliê 7 de artes visuais (CAC). À tarde, uma mesa discute os desafios da dublagem e sonorização em animações, conectando experiências universitárias e profissionais, com Erickson Marinho (Além da Lenda), Corina Santiago (Corpo em Sombras) e o professor Marcos Buccini (UFPE).
Às 17h15, no Cinema da UFPE, a mostra não competitiva de animações pernambucanas também traz 10 filmes: Queimatório (alunos DulapisLab, 2025); Alguma Coisa com Plutônio (Raoni Assis, 2024); Mudança (Patrícia Santos, 2024); Até o último zangão (Heitor Victor, 2024); Psicodelia de Pássaros (Luana Mononoke, 2024); Hoje eu só volto amanhã (Diego Lacerda, 2024); Ouro Azul (Renata Claus, 2023); Ciranda Feiticeira (Lula Gonzaga e Tiago Delácio, 2023); Depois do Sonho (Ayodê França, 2023); e Nokomata (Matheus Bezerra de Mendonça, 2023).
A premiação das mostras competitivas acontece na cerimônia de encerramento do festival, a partir das 18h30 da sexta-feira (11), no Cinema da UFPE.
Na quinta-feira (10) tem a continuação da oficina de animação em argila e às 14 horas a roteirista, diretora e pesquisadora Kalor Pacheco conduz a masterclass Narrativas outras em curadoria de animação. Às 17h15, o Cinema da UFPE recebe a mostra não competitiva de animações nacionais.
A sexta-feira (11) reserva sessões acessíveis e homenagens à história da animação brasileira. Às 15h, será exibido um filme (ainda não divulgado) com recursos de acessibilidade, audiodescrição, legendas para surdos e ensurdecidos (LSE) e Libras e, às 17h, o público assiste ao clássico Boi Aruá (1984), de Chico Liberato. Em seguida, há a cerimônia de encerramento.
A Semana de Animação em Pernambuco é realizada com recursos públicos federais (Ministério da Cultura), obtidos através de seleção pela Lei Paulo Gustavo em Pernambuco (Secretaria de Cultura de Pernambuco).
