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Início Política

'Inimigo do povo'

Movimentos ocupam Rodoviária de Brasília em protesto por avanço de pautas trabalhistas no Congresso

Mobilização popular concentrou ativistas e entidades na Rodoviária do Plano Piloto nesta última quinta-feira (10).

12.jul.2025 às 13h56
Brasília (DF)
Caína Castanha
Movimentos ocupam Rodoviária de Brasília em protesto por avanço de pautas trabalhistas no Congresso

Ato em Brasília pelo direito do trabalhador, na Rodoviária do Plano Piloto - Paulo Miranda/TV Comunitária

Movimentos populares, partidos políticos, sindicatos e parlamentares progressistas ocuparam a Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, na última quinta-feira (10), para denunciar a paralisia do Congresso Nacional diante de pautas que impactam diretamente a classe trabalhadora.

Entre as principais reivindicações dos atos estão o fim da escala 6×1 — a jornada de seis dias trabalhados consecutivamente com apenas um dia de folga, projeto de autoria da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), a proposta já atingiu forte adesão: conta com pelo menos 234 deputados apoiando, superando as 171 assinaturas mínimas para iniciar a tramitação na Câmara.

“O que a gente quer, a partir desse ato, é fazer com que essa mobilização se estenda para outros momentos. Então, essa é a proposta: apoio ao governo Lula, mas também crítica constante e pressão para que o Congresso atue em favor da população,” afirmou. Laura Lima, membro do coletivo Rede Lular.

A crítica ao sistema tributário brasileiro esteve no centro das falas em Brasília, como o debate sobre a taxação dos super-ricos, prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, apresentado pelo governo federal, como parte da regulamentação da Reforma Tributária. A pauta sofre grande resistência dentro do Congresso de partidos conservadores. Um reflexo desse cenário foi a derrota do governo em junho, quando a Casa Legislativa rejeitou o projeto que previa o aumento do IOF. No Brasil, mais de 50% da arrecadação vem de tributos indiretos, que incidem igualmente sobre todos, mas penalizam de forma desproporcional os mais pobres e a classe média.

Outra palavra de ordem na manifestação foi a defesa do projeto do Poder Executivo, que também está dentro do pacote de justiça tributária no país, que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

“O povo brasileiro quer pagar menos imposto, quer justiça tributária. O Congresso mostra que não tem disposição pra dar um passo se quer na nossa direção. Mas estão bem ocupados aprovando mais uma reforma política para aumentar seus privilégios e a distorção eleitoral que existe no Brasil”, denunciou Hélio Barreto, da direção do Partido dos Trabalhadores no DF.

André Doz, representante do diretório do Centro Acadêmico da UnB (DCE), também destacou: “Não há outra forma de enfrentar o Congresso Nacional que não seja a mobilizar do povo. A nossa força está nos trabalhadores organizados dos estudantes”.

Contra a política internacional de Trump

Além das pautas trabalhistas, o ato também foi espaço para críticas à política internacional e a ameaças ao meio ambiente. Manifestantes repudiaram o anúncio do presidente Donald Trump, que pretende impor uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto.

“Trump vai praticar assédio e violência contra o Brasil, que é um Estado soberano, e já está nos atacando. A principal aliança de Trump nesse processo é com a extrema direita. A culpa do tarifaço, que pode tirar empregos no Brasil, precisa ser conhecida por todos: Jair Messias Bolsonaro e a extrema direita são os responsáveis”, disse o deputado distrital Fábio Felix (Psol-DF).

Outro tema que motivou protestos foi a Reforma Administrativa (PEC 32). A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) denunciou que o parlamento “está de costas para o povo” e observou que a PEC retira direitos e enfraquece os serviços públicos.

A atividade também foi marcada pela presença de líderes sindicais, como o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Sindicato dos Sindicato dos Servidores e Empregados da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), Associação dos Servidores da Carreira Ambiental do DF, entre outros.

Desigualdades e a importância da mobilização 

O impacto da jornada exaustiva sobre as mulheres negras também foi lembrado. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2022 apontam que 65,8% dos contratos formais no Brasil preveem mais de 40 horas semanais, correspondendo à lógica da escala 6×1. Entre esses trabalhadores, 82% atuam no comércio, e 65% ganham até dois salários mínimos.

A autônoma Joelma Cezário, que também participou do ato, destacou que as mulheres negras da periferia são as mais atingidas. “Lutar contra a jornada 6×1 vai beneficiar especialmente as mulheres, que enfrentam dupla jornada dentro e fora de casa. As mulheres cuidam das famílias e do país”, afirmou.

Integrante do Movimento Salve o Rio Melchior Newton Vieira, morador de Ceilândia, uma das periferias mais populosas do DF, também acredita na importância da luta coletiva: “Acho que é um grande desafio mostrar para a população periférica e trabalhadora a necessidade de estarmos juntos lutando. Porque o desgaste do trabalho é tão grande que muitas vezes a pessoa não consegue  ver a importância da luta. É extremamente importante superar esse desafio e estarmos juntos”, enfatizou. 

Ambulantes reivindicam o direito de trabalhar na rodoviária, depois de terem sido expulsas após concessão do local. Foto: Caína Castanha/BdF DF

Dentre as falas na mobilização também houve críticas ao Governo do Distrito Federal denunciado o governo Ibaneis-Celina, acusando a atual gestão de desmonte na Educação, na Saúde, como também críticas às privatizações na cidade em benefício do empresariado. A principal causa do protesto foi a atual concessão da Rodoviária do Plano Piloto, que tem ameaçado o sustento de ambulantes locais.

Durante a atividade, trabalhadores informais se juntaram ao protesto para reivindicar o direito ao trabalho do local, após serem retirados com a troca de gestão da Rodoviária. “Depois que privatizou, estão tirando nós como se fossem lixos. Saímos, fomos pro calçadão, agora querem tirar a gente de lá também. Nós queremos o direito de trabalhar em Ibaneis” desabafou Francisca Lima, que trabalhava como ambulante na rodoviária.

Cultura como ato político

Apresentação da Muralha Antifacista no ato. Foto: Caína Castanha | BdF DF

A cultura também esteve presente no ato em Brasília, com a participação do coletivo artístico-musical Muralha Antifascista, grupo já conhecido na cidade por suas apresentações em manifestações de rua e também no carnaval. “Que a gente possa botar o povo no orçamento e os ricos no imposto de renda”, resumiu Gustavo Vieira, integrante do grupo, reforçando a importância da arte na luta por direitos.

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Editado por: Flavia Quirino
Tags: distrito federal
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