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Entrevista exclusiva

Projeto coletivo e imagem popular: senador explica como Partido Comunista prepara a campanha de Jeannette Jara no Chile

Daniel Nuñez afirma que será necessário unificar esquerda em um projeto contundente para vencer extrema direita

13.jul.2025 às 09h36
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Projeto coletivo e imagem popular: senador explica como Partido Comunista prepara a campanha de Jeannette Jara no Chile

Jeannette Jara venceu as primárias da esquerda no Chile e Partido Comunista terá candidato presidencial pela 3ª vez - RODRIGO ARANGUA / AFP

Jeannette Jara terá um trabalho difícil nas eleições presidenciais do Chile em 2025. Candidata pela coalizão do governo, ela pode quebrar um tabu e ser a primeira presidenta do país filiada ao Partido Comunista. Para isso, Jara terá que superar alguns desafios e conseguir dar coesão a uma base de apoio ampla para reunir 7 milhões de votos em 4 meses. 

Um dos personagens dessa campanha é o senador Daniel Nuñez. Ele faz parte de uma comissão política formada por 8 lideranças escolhidas por Jara para se preparar para a eleição. Em entrevista ao Brasil de Fato, o senador disse que um dos principais trabalhos será somar os esforços de todo o progressismo chileno e unificar a esquerda em torno da figura de Jara.

“Diante da insatisfação dos chilenos com a política institucional, temos o desafio de motivar e transmitir uma mensagem de esperança àqueles que enfrentam dificuldades, um desafio que só pode ser superado com propostas claras e uma presença regional. E devemos unir a vontade de todos os setores progressistas para construir uma maioria que possa confrontar decisivamente a extrema direita”, afirmou.

Daniel Nañez tem 54 anos e foi deputado por dois mandatos antes de se tornar senador. Formado em sociologia pela Universidade do Chile, o congressista integrou desde cedo a juventude do Partido Comunista. E foi nessa militância que ele conheceu Jara. Os dois integraram as fileiras do PC e construíram uma relação de proximidade. Agora, ele trabalha na campanha da candidata para montar, até 16 de novembro, uma estratégia que convença os eleitores chilenos a abraçar o projeto de do partido.

A insatisfação dos chilenos mencionada pelo senador se revela na avaliação do atual presidente Gabriel Boric. O mandatário tem uma aprovação de 33% segundo a última pesquisa do instituto Cadem, tendo uma desaprovação de mais de 66%. A imagem de Jara está diretamente vinculada ao governo, já que a pré-candidata da esquerda foi ministra do Trabalho de Boric. 

De acordo com o senador, a reversão dessa imagem terá dois focos de atuação. O primeiro é destacar as conquistas de Jara durante a gestão. Ela foi responsável por reduzir a jornada trabalhista para 40 horas semanais, aumentar o salário mínimo e promover a reforma previdenciária. Nesse último aspecto, a ministra conseguiu um aumento da Pensão Universal Garantida (PGU) e criou um novo fundo de proteção para as aposentadorias. 

A campanha também vai lembrar da aprovação dos Royalties de Mineração, que foi um imposto criado em 2025 sobre as atividades de mineração de grandes empresas. O objetivo é redistribuir a riqueza gerada neste setor para desenvolver as regiões e municípios mineradores por meio de verbas alocadas aos governos regionais e municipais. 

Mesmo tendo sido ministra de Boric, há também um caminho a percorrer para tentar tornar a figura de Jara conhecida. Nesse processo, o senador avalia que também será importante construir a imagem de uma candidata trabalhadora, com “sensibilidade social” e competente para a gestão.  

Daniel Nañez entende que essa construção não será difícil, já que esse perfil é parte da identidade da candidata como militante e cidadã. 

“Sua trajetória se conecta com a maioria do país. Não precisamos inventar uma imagem: sua autenticidade é seu maior trunfo. Ela se destaca por demonstrar sua coerência, sua capacidade de diálogo e sua firmeza na defesa daqueles que foram negligenciados por décadas. Ela é uma candidata popular porque surgiu de baixo para cima, com o apoio da população, e não de vários tipos de elites”, disse.

O senador afirma que a candidatura faz parte de um “projeto coletivo” que colocará as demandas da população no centro das discussões. 

“Nossa estratégia é clara: colocar as demandas sociais no centro e construir uma alternativa concreta que se conecte com as necessidades urgentes da população. A candidatura de Jeannette Jara expressa um projeto coletivo, capaz de governar e transformar o Chile. Vamos articular uma ampla maioria social e política para disputar não apenas La Moneda, mas também o Congresso. Não estamos fazendo uma campanha simbólica; disputaremos o governo com seriedade, unidade e compromisso com a mudança”, afirmou.

A disputa pelo Congresso é parte fundamental dentro da estratégia do campo da esquerda. O governo hoje tem minoria na Câmara e no Senado e enfrenta dificuldade para aprovar alguns projetos. A campanha entende que é possível formar maioria no Legislativo dependendo do desempenho de Jara. Além disso, o senador entende que é preciso convencer a população de que é preciso impor mudanças não só ao Executivo, mas também entre deputados e senadores.

Nessa disputa, o principal adversário é a extrema direita. José Antonio Kast ficou em segundo lugar nas últimas eleições presidenciais e tentará novamente conquistar o palácio de La Moneda. 

Nuñez entende que o enfrentamento contra esse espectro político deve ser feito com “convicção e coragem, não com ambiguidade”. Para isso, ele entende ser necessário construir um “pacto programático” com as forças progressistas para garantir as transformações necessárias. 

“Não basta apenas fazer críticas gentis a Kast. É preciso confrontar seu projeto autoritário, retrógrado e profundamente antipopular. Jeannette o fará sem hesitação, com propostas claras e uma liderança que se recusa a ceder ao poder econômico. A chave é mobilizar os setores populares, as mulheres, os jovens, aqueles que sabem que, com a extrema direita, não só os direitos são anulados, mas também a democracia está em perigo”, disse.

Kast tem apoio de alguns conglomerados de mídia do Chile. Para Nañez, essas grandes empresas defendem a candidatura liberal e apoiam de maneira clara o candidato de extrema direita. 

A herança de Boric deixou também um ponto solto: a redação de uma nova Constituição. O atual presidente venceu as eleições em 2021 tendo como missão aprovar uma nova Carta Magna. Não foi o que aconteceu. Dois projetos foram reprovados pela população. Por todo esse histórico, Jara descartou tentar uma nova Assembleia Constituinte e disse que isso não está entre as 20 prioridades para sua gestão.

O Partido Comunista Chileno terá um desafio pouco comum ao assumir o protagonismo e ser cabeça de chapa. Essa é a terceira candidatura presidencial da sigla na história do Chile. A primeira foi com Pablo Neruda, em 1969. Quarenta anos depois, foi a vez de Gladys Marín. O grupo compôs governos, mas até agora não teve um presidente próprio.

Para o senador, a vitória do Partido Comunista seria um marco na sociedade chilena e apresentaria a possibilidade de mudanças mais profundas na sociedade.

“Seria um acontecimento histórico, não por orgulho partidário, mas pelo que significa para o Chile. Para o partido, chegar a La Moneda com Jeannette Jara seria a expressão mais clara de que a democracia chilena vem crescendo, de que não é mais governada pelos vetos e preconceitos das oligarquias e de que os setores populares também podem governar. Seria um reconhecimento de mais de 113 anos de luta. Para a sociedade, seria um sinal de que o poder pode estar a serviço do povo, não das elites”, disse.

Editado por: Thalita Pires
Tags: chilegabriel boric
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