Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Brasil

DIREITOS DA INFÂNCIA

Paraíba celebra 35 anos do ECA com avanços em acolhimento; desafios persistem no enfrentamento à violência

Estatuto garante direitos, mas sua efetivação ainda é prejudicada por falta de orçamento e apoio institucional

14.jul.2025 às 17h36
João Pessoa (PB)
Redação
Paraíba celebra 35 anos do ECA com avanços em acolhimento; desafios persistem no enfrentamento à violência

 35 anos do ECA: proteção da infância avança na Paraíba, mas exige mais compromisso - Paulo Pinto/Agência Brasil

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado pela Lei nº 8.069 em 1990, completa 35 anos neste último 13 de julho e marca uma virada histórica na forma como o Brasil e a Paraíba tratam crianças e adolescentes. A ferramenta é considerada uma das legislações mais avançadas do mundo, garantindo o reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos.

O juiz Adhailton Lacet, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de João Pessoa, explica que o ECA se destaca internacionalmente:

 “A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é uma das mais completas e uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira. Devemos isso a grupos organizados da sociedade civil, que pressionaram a Comissão Constituinte que, ainda na década de 70, elaborava a Carta Magna, a qual foi dedicada a artigo específico para tratar das demandas urgentes das crianças e adolescentes que, até então, não eram reconhecidos como sujeitos de direito.”

Ele comenta que, na Paraíba, apesar das conquistas e da atuação de uma rede engajada, como conselhos tutelares, organizações sociais e programas do Judiciário, ainda há obstáculos concretos para a plena efetivação do estatuto, especialmente em áreas como orçamento público e enfrentamento à violência.

 “Apesar dos avanços, a implementação das políticas públicas de proteção, promoção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes segue esbarrando na falta de prioridade, especialmente na hora de garantir o orçamento público para a infância e a juventude no Brasil, existindo apenas a possibilidade de se investir em saúde, educação, inclusão e muitas outras ações de implementação dessas leis de referência mundial, com orçamento compatível para a execução das políticas públicas que vão tirar do papel, de fato, a garantia de direitos”, aponta Lacet.

Medidas para fortalecer a rede

Para Lacet, nos últimos anos, a Paraíba tem adotado medidas importantes para fortalecer a rede de proteção infantojuvenil. Entre elas:

– Programa Acolher: iniciativa do Tribunal de Justiça da Paraíba que oferece orientação e assistência a mães que desejam entregar legalmente seus filhos para adoção.

– Famílias Acolhedoras: alternativa à institucionalização de crianças, esse modelo tem sido implantado em diversas cidades para garantir convivência familiar temporária de forma mais humanizada.

– Ampliação dos Conselhos Tutelares: segundo o MP-PB, todos os 223 municípios paraibanos contam com, pelo menos, um conselho tutelar ativo, mas ainda abaixo da recomendação do Conanda de um por 100 mil habitantes.

Conselheira tutelar destaca avanço e urgência de compromisso

Verônica Oliveira, conselheira tutelar em João Pessoa, enfatiza os avanços, mas apela por urgência de compromisso:

 “Os 35 anos do ECA nos trazem uma responsabilidade ainda maior com a luta pelos direitos humanos das crianças e adolescentes. Hoje, temos o direito à escola pública perto de casa, à prioridade no atendimento e, principalmente, à destinação privilegiada de recursos. Mas isso precisa sair do papel.”

Ela ressalta que o Conselho Tutelar é a linha de frente da defesa dos direitos, mas ainda enfrenta desvalorização e desconhecimento por parte da população e até de setores do poder público:

 “Para que fosse garantido o cumprimento dos direitos, o legislador criou um órgão de fundamental importância responsável justamente por zelar pelo cumprimento do direito, e esse órgão, não jurisdicional, é o Conselho Tutelar. Esse órgão, de tamanha importância, muitas vezes é incompreendido pela população, que ainda não vê a infância com a importância que merece, onde adultos ainda acreditam serem donos dos corpos de crianças e desconsideram uma lei tão completa como o Estatuto da Criança e do Adolescente. É quem está, no dia a dia, na defesa incondicional dessa mesma lei”, ressalta.

Também Conselheira Tutelar na capital, Patrícia Falcão observa:

“O ECA é um marco na garantia dos direitos de crianças e adolescentes, pois, antes dessa lei, eles não eram considerados sujeitos de direitos. É a partir do ECA que se cria o Conselho Tutelar, órgão importante no cumprimento da garantia desses direitos. Entretanto, 35 depois, ainda precisamos lutar muito pela efetivação desses direitos, como, por exemplo, a garantia da prioridade absoluta, principalmente na construção das políticas públicas. O grande descaso, hoje, é com a saúde mental, pois nós, conselheiros(as) tutelares, não temos para onde encaminhar crianças e adolescentes que precisam desses serviços, assim como seus familiares”, comenta.

Casa Pequeno Davi: um braço solidário na defesa das crianças e adolescentes – e do ECA

Com sede em João Pessoa, a organização Casa Pequeno Davi atua há quatro décadas com crianças em situação de vulnerabilidade social. A instituição desenvolve projetos socioeducativos e articula políticas públicas por meio de redes de proteção e mobilização comunitária.

Dimas Gomes, coordenador administrativo da instituição, explica:

“A Casa Pequeno Davi, com 40 anos de trajetória, caminha junto a essa história. Atuamos de forma direta na proteção, promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, por meio de programas socioeducativos, ações de fortalecimento comunitário, articulação em redes de proteção e incidência política.”

Para ele, crianças são a promessa de um futuro melhor:  “Garantir os direitos do ECA é tarefa permanente. Enfrentamos desigualdade, evasão escolar, fome e violência. Mas temos a convicção de que investir nas crianças é investir em um futuro mais justo”, destaca.

Presidente Lula reforça prioridade

“Garantir os direitos do ECA é tarefa permanente”: é o que também pensa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em abril do ano passado, Lula reforçou o compromisso com a pauta: “É isso que a gente tem que fazer para garantir às crianças e aos adolescentes brasileiros uma oportunidade digna, de vida decente e de um futuro promissor, muitas vezes melhor do que aquilo que ele recebeu dos seus pais”, comentou o Presidente.

O ECA precisa ser defendido 

O juiz Adhailton Lacet conclui reafirmando o valor do ECA no estado: “Celebrar os 35 anos do ECA é reconhecer sua importância, mas também renovar o compromisso coletivo com sua efetivação. Ele destaca que o estatuto deve ser valorizado em sua integralidade. 

“Em um país ainda marcado por desigualdades, garantir os direitos de crianças e adolescentes é investir no futuro. O ECA continua sendo uma ferramenta viva de transformação, que precisa ser constantemente defendida, valorizada e aplicada em sua integralidade. Na Paraíba, temos observado avanços significativos, a exemplo da implantação das Famílias Acolhedoras, serviço de acolhimento imprescindível, além do Programa Acolher, desenvolvido pelo TJPB para amparar e encaminhar mães que querem entregar seus filhos, voluntariamente, para adoção”, enfatiza ele.

O ECA não é apenas um documento ‘maduro’, com 35 anos de idade: é uma ferramenta atual, necessária e transformadora. Para contribuir em sua plenitude precisa ser defendido contra retrocessos e omissões, e valorizado por todos os setores da sociedade.

Editado por: Cida Alves
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

VOZ DAS RUAS

Fim da escala 6×1 e taxação dos ricos: saiba o que pensa quem vota no Plebiscito Popular

RECONSTRUÇÃO LENTA

MPF acusa o governo do RS de má utilização das verbas anti-enchentes

Arma política

Tarifaço de Trump é ‘coisa de mafioso’ e usa ‘chicote’ contra o Brasil, diz analista

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Plebiscito popular inicia segundo mutirão de votação no Rio Grande do Sul

Artigo

O sinistro mundo sem licença 

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.