Após matar 78 palestinos nesta segunda-feira (14), as Forças Armadas de Israel continuaram a atacar a região da Faixa de Gaza na manhã desta terça-feira (15). Líbano, Síria e Cisjordânia também foram alvos da intensa ofensiva sionista.
Fontes palestinas relataram que as tropas israelenses mantiveram seus ataques ao campo de Qalandia, ao norte de Jerusalém ocupada. Pelo menos 32 palestinos foram detidos no mesmo dia na Cisjordânia ocupada pelas forças de Israel.
Terras e veículos foram incendiados por colonos na vila de Burqa, na Cisjordânia, horas depois de líderes religiosos e diplomatas de mais de 20 países se reunirem em Taybeh para exigir o fim da violência.
“Colonos israelenses e forças de segurança intensificaram assassinatos, ataques e perseguições contra palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, nas últimas semanas”, declarou Thameen al-Kheetan, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a jornalistas em Genebra.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou que a ofensiva sionista já matou pelo menos 58.386 civis e feriu 139.077, incluindo crianças e mulheres. Estima-se que 1.139 pessoas tenham morrido em Israel durante os ataques de 7 de outubro de 2023, e mais de 200 foram feitas reféns.
Bombardeio no Líbano
De acordo com o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde libanês, seis pessoas ficaram feridas devido aos ataques aéreos israelenses no Vale do Bekaa, no leste do Líbano. Fontes de segurança locais afirmaram que caças sionistas atingiram mais de 10 alvos em diferentes áreas da região. Moradores relataram que explosões intensas foram ouvidas na área.
O Exército israelense atacou postos operados pelo movimento de resistência libanês Hezbollah, incluindo o acampamento das Forças Radwan — unidade de operações especiais do grupo. Através de uma declaração no X, a IDF afirmou que continuarão os ataques contra as estruturas do Hezbollah.
Ataques na Síria
A agência de notícias estatal síria SANA informou que os bombardeios israelenses atingiram a região de Sweida. Israel, que tem atacado o país nos últimos meses sob o pretexto de proteger os drusos, afirmou na semana passada que destruiu tanques que se dirigiam à área. Conflitos entre tribos beduínas e moradores locais deixaram mais de 30 mortos e 100 feridos no domingo (13).
Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiram uma declaração conjunta confirmando que “forças e armas do regime” foram alvos em Sweida “devido às atividades do regime contra os drusos”.
Em comunicado separado, o exército israelense disse que os ataques ocorreram após a identificação de comboios, incluindo veículos blindados e tanques do governo sírio, que se moviam em direção à região na segunda-feira (14/07).
Catar condena ataques em Sweida
Em coletiva de imprensa em Doha, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, condenou nesta terça-feira (15/07) os recentes ataques israelenses em Sweida.
“O Catar repudia as ações irresponsáveis de Israel na região. São medidas insensatas e comprovadamente perigosas. Nós e a comunidade internacional não podemos tolerar a impunidade que o governo israelense desfruta”, afirmou.
“A comunidade internacional deve agir contra as provocações israelenses, além do que ocorre em Gaza”, acrescentou. O porta-voz também destacou que as negociações de cessar-fogo estão em curso e que delegações de Israel e do Hamas estão em Doha.
