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Crise de identidade

Crise da taxação de Trump isola Tarcísio de Freitas na corrida eleitoral de 2026

Para analistas, defesa precipitada de Bolsonaro e queda de braço com Eduardo geram prejuízo duplo ao governador

16.jul.2025 às 07h38
São Paulo (SP)
Paulo Victor Ribeiro
Crise da taxação de Trump isola Tarcísio de Freitas na corrida eleitoral de 2026

Tarcísio de Freitas (Republicanos) desagrada elites econômicas paulistas e bolsonaristas, e fica isolado para disputa eleitoral de 2026. - Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem sendo fritado tanto nos círculos da elite econômica quanto entre os bolsonaristas. Desde a publicação da carta de Donald Trump ameaçando o Brasil com tarifas, o chefe do Executivo paulista optou por uma reação rápida demais e precisou mudar o discurso rapidamente: em um primeiro momento, saiu em defesa de Bolsonaro e atribuiu a Lula a responsabilidade pela tarifa; após críticas, decidiu recalcular a rota e passou a declarar que a anistia não deve ser mais importante do que a economia brasileira.

No dia 11 de julho, Tarcísio se reuniu com o chefe da Embaixada dos Estados Unidos e, no dia seguinte, elogiou a diplomacia brasileira e disse que questões políticas precisam ser deixadas de lado. “A gente precisa estar de mãos dadas agora para resolver”, declarou.

O reposicionamento irritou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos em março para atuar junto do governo Trump por pressão pela anistia do pai, e colocou Tarcísio em rota de choque com o bolsonarismo. Eduardo aproveitou os deslizes de Tarcísio para atacá-lo.

Na segunda-feira (14), o filho de Jair Bolsonaro disse que o governador foi “desrespeitoso” por tentar articular conversas com representantes estadunidenses sem informá-lo antes. “Tarcísio não tem nada que querer costurar por fora uma decisão. O Tarcísio tem que entender que o filho do presidente está nos Estados Unidos e tem acesso à Casa Branca. Qualquer tentativa de nos dar bypass [atravessar] será brecada e freada”. Na terça-feira (15), Eduardo ratificou as críticas e acusou Tarcísio de “subserviência servil às elites”.

Para o cientista social e professor da ESPM Paulo Niccoli Ramirez, a movimentação de Tarcísio prejudica duplamente sua imagem: primeiro, desagradando o mercado e a indústria ao colocar a defesa de Bolsonaro à frente da economia; depois, irritando os bolsonaristas por largar a mão do capitão.

“Vale destacar que o Tarcísio sempre se localizou em cima do muro em relação ao próprio apoio ao bolsonarismo”, recorda o professor. “Isso por si só, antes de toda essa situação, já gerava um certo incômodo da ala bolsonarista, principalmente da família do Bolsonaro, que nunca o viu como um nome de confiança para herdar o capital político de Jair”.

Enquanto o posicionamento faz com que Tarcísio possa se descolar do discurso extremista e posar como uma figura da direita moderada, faz também com que seu nome seja questionado entre os fiéis apoiadores do bolsonarismo. “. A defesa [a Jair Bolsonaro e, portanto, à tarifa] gerou um mal-estar diante do empresariado aqui de São Paulo, que referenda, inclusive, a candidatura de Tarciso à presidência, assim como também o seu governo aqui do estado. Isso fez com que o Tarcísio recalculasse a rota, partisse para um discurso mais conciliador com o governo federal para tentar negociar essas taxas”.

A questão, para Ramirez, é que ao tentar contemporizar, o governador perdeu os dois bondes. O espaço de interlocução e de prestígio com o empresariado paulista, ocupado por Tarcísio, passa para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB-SP), que vem tendo a conduta elogiada pelos setores produtivos.

Nas palavras de Ramirez, “questões econômicas são mais pragmáticas, independentemente do governo ser de esquerda ou de direita, e o que o empresariado esperava é que Tarcísio defendesse os interesses dos empresários do estado”.

Sua postura, ao mesmo tempo, diminui sua imagem e capacidade de aglutinação no campo bolsonarista. Para o professor, Tarcísio está se isolando politicamente e “dificilmente terá o apoio dos bolsonaristas” na corrida eleitoral de 2026, “seja como um candidato à presidência ou até mesmo como governador”.

Segundo o cientista político Claudio André de Souza, existem duas teses que conflitam entre si para uma candidatura de Tarcísio à presidência: uma aponta para que ele seja fielmente bolsonarista; a outra, que ele precisa adotar um discurso que contemple a base bolsonarista mas que o coloque mais ao centro. “Essas estratégias entram em choque. Não há como ser uma figura ligada ao Bolsonaro e desenvolver, nesse momento, uma relação para representar os interesses das elites econômicas afetadas pela taxação”.

Para Souza, há um evidente racha na direita e Bolsonaro pode estar começando um movimento para tirar de Tarcísio a coroa sucessória e construir uma alternativa a sua inelegibilidade dentro da própria família. 

Diante de uma hipotética alteração da corrida eleitoral, Paulo Niccoli Ramirez acredita que Tarcísio deva reforçar sua proximidade com empresários e indústrias com o objetivo de se manter minimamente competitivo. “Esse recuo visa reduzir o máximo possível o impacto negativo, fazendo com que Tarcísio se aproxime novamente do empresariado, visando as eleições do governo, caso não possa ser candidato à presidência. Eu duvido que seja, porque o estrago foi feito. Além de ter manchado a sua imagem, Tarcísio talvez não chegue a lugar nenhum”, conclui.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: bolsonarismotarcísio de freitastarifas
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