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Estabilidade

Após ‘tomar bolo’ de Trump no G7, premiê da Austrália faz viagem de seis dias à China

A decisão do chefe de governo pode ser justificada pelo fato de que a China é o maior parceiro comercial da Austrália

17.jul.2025 às 18h35
Pequim (China)
Mauro Ramos
Presidente chinê Xi Jinping recebe primeiro-ministro australiano Anthony Albanese no Grande Salão do Povo

Presidente chinê Xi Jinping recebe primeiro-ministro australiano Anthony Albanese no Grande Salão do Povo - Reprodução X/ Anthony Albanese

O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese encerrou nesta quinta-feira (17) uma visita de Estado de seis dias à China, o principal parceiro comercial do país da Oceania.

Assim, Albanese, que foi reeleito como premiê em 3 de maio deste ano, se reuniu antes com o presidente chinês Xi Jinping do que com Donald Trump, líder do seu aliado mais próximo, os Estados Unidos.

A expectativa era de que Albanese tivesse se reunido com Trump há um mês, durante a 51ª reunião de Cúpula do G7 no Canadá, mas tomou um bolo do presidente estadunidense, que decidiu ir embora antes de a cúpula finalizar.

A decisão do chefe de governo australiano pode ser justificada pelo fato de que a China é, de longe, o maior parceiro comercial da Austrália, representando 25,7% do total de sua balança comercial. Os Estados Unidos estão em segundo lugar com 9,9%. Os dados são do Departamento de Relações Exteriores e Comércio do governo da Austrália e correspondem ao ano fiscal 2023-2024.

Em termos de exportações a diferença é ainda maior: a China compra 32,2% do que a Austrália vende, e os EUA, 12,2%.

A visita em si

Uma parte da mídia australiana levantou outros dois questionamentos: o primeiro sobre os resultados concretos da visita. De fato, em termos de acordos, houve a assinatura de seis documentos, como a revisão do Acordo de Livre Comércio China-Austrália em 2025-2026 e alguns acordos fitossanitários.

Além de se reunir durante uma hora com o presidente Xi Jinping, e seguindo o protocolo da visita de Estado na China, Albanese também se encontrou com o presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (CNP), Zhao Leji, e o premiê chinês, Li Qiang. Ele passou por Xangai, Pequim e Chengdu.

A oposição australiana desejava um posicionamento mais incisivo de Albanese em questões relacionadas ao Mar do Sul da China. Em fevereiro, uma frota do Exército de Libertação Popular realizou exercícios em águas internacionais próximas à Austrália. O governo australiano reconheceu que foram feitos em conformidade com o direito internacional, mas exigiu aviso prévio.

O papel de Albanese

Esta foi a segunda visita de Estado de Albanese à China. Quando ele veio pela primeira ao gigante asiático, em 2023, fazia sete anos que um primeiro-ministro australiano não realizava uma visita.

As relações sino-australianas haviam passado pelo mais alto nível de tensão da história dos dois países sob os governos de Malcolm Turnbull e Scott Morrison, ambos do Partido Liberal.

O banimento da Huawei em 2018 foi uma das medidas que intensificou o deterioramento das relações. No ano seguinte, Morrison questionou o status de “país em desenvolvimento” da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Com a chegada da pandemia, a Austrália pediu uma investigação contra a China sobre a origem da covid-19. A partir daí, a China implementou uma série de medidas que foram desde suspensão de importações até tarifas em produtos como vinho, cevada e carne bovina.

Quando Albanese, do Partido Trabalhista, ganhou as eleições pela primeira vez em 2022, a normalização das relações com a China era uma demanda crescente do setor empresarial australiano, em alguns casos enormemente dependente do mercado chinês.

Desde sua vitória, as disputas na OMC e as restrições comerciais foram se flexibilizando aos poucos.

Publicidade de carne bovina australiana em Xangai – 18 de julho de 2025 | Mauro Ramos

Fator Trump e o que EUA tem para oferecer

Enquanto Albanese preparava sua viagem para Pequim, Trump mandava suas cartas para taxar diferentes países, incluindo os aliados. A Austrália foi um dos aliados que não recebeu concessões do governo estadunidense, mas mesmo assim teve a tarifa geral de 10% aplicada.

No final do mês passado, o primeiro-ministro australiano reclamou da tarifa (à diferença do Reino Unido que procurou fazer concessões), e dizia que tarifa “teria que ser 0”.

Na recente pesquisa do Pew Research que mostrou a diferença entre a quantidade de pessoas que veem positivamente a China e os que o fazem com EUA está diminuindo.

Mas no caso da Austrália, a proporção foi invertida. Segundo o relatório, em 2021, 52% dos adultos afirmavam que era mais importante ter relações econômicas estreitas com os EUA, e 39% priorizaram laços estreitos com a China.

Na pesquisa deste ano, 42% dos australianos se mostraram favoráveis aos EUA e 53% atribuíram mais importância à relação com a China.

O “Giro para a Ásia” e a importância da Austrália nele

Venda de armamentos e equipamentos militares, assessoria de guerra e exercícios conjuntos no Mar do Sul da China são promovidos pelos EUA com apoio de países como Austrália, Japão, Filipinas e a ilha de Taiwan.

A Austrália, como parte dessa estratégia, fortalecida mais explicitamente sob o governo Obama com o Giro para a Ásia (Pivot to Asia), participa de iniciativas como o Quad, os Cinco Olhos e mais recentemente o Aukus.

O Quad é o Diálogo Quadrilateral de Segurança entre Austrália, Índia, Japão e Estados Unidos. Começou como uma coordenação de ajuda humanitária durante o terremoto e tsunami no oceano Índico em 2004, foi formalizado em 2007, mas não funcionou até 2017, já sob primeiro governo Trump. A partir daí foi se militarizando de forma crescente.

Os Cinco Olhos é uma aliança mais antiga, da Segunda Guerra Mundial, entre Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos centrada em inteligência.

A aliança também foi redirecionada nos últimos anos cada vez mais com objetivo de conter a China. Em 2020, Trump em seu primeiro mandato pressionou o Reino Unido para que não deixasse a chinesa Huawei se instalar no país e desenvolver redes 5G.

O argumento era que, como o Reino Unido faz parte dos Cinco Olhos, a Huawei poderia fazer ciberespionagem e roubar dados referentes à aliança. O Reino Unido resistiu mas acabou banindo a Huawei do país. Sob a mesma pressão, a Austrália foi a primeira da aliança a banir a Huawei das redes 5G.

Mais recentemente, o Aukus foi um pacto entre EUA e Reino Unido para venderem submarinos nucleares à Austrália, fazendo-a inclusive cancelar os contratos que já tinha assinado com a França, que por sua vez chamou o acordo de “facada nas costas”. Atualmente, sob a lógica da imprevisibilidade, o governo Trump está reavaliando o Aukus.

Editado por: Martina Medina
Tags: chinadonald trumpgeopolítica
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