Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Devastação

MAM denuncia ataques de mineradora canadense a comunidade tradicional no Maranhão

Empresa é acusada de avançar sobre terras, destruir plantações e vegetação nativa e causar danos à saúde das famílias

17.jul.2025 às 19h21
São Paulo (SP)
Redação
Mina de Ouro da Equinox Gold em Godofredo Viana, Maranhão

Paisagem modificada seria um dos resultados da atuação da Equinox Gold em território maranhense - Isabele Silva

A atuação de uma mineradora canadense no interior do Maranhão vem prejudicando famílias que alertam para a devastação da vegetação e ataques aos modos de vida locais, de acordo com denúncia do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) em reportagem assinada pelo jornalista Marcio Zonta publicada no site da organização nesta semana. Segundo o texto, a presença da empresa estrangeira impacta os territórios tradicionais e os direitos das comunidades locais, algumas com registro da terra em cartório há 70 anos.

No centro do caso está a Equinox Gold, mineradora canadense, que atua na exploração de ouro. O site da companhia informa a existência de sete minas em países como Estados Unidos, Canadá, Nicarágua e Brasil. Quatro dessas estruturas estão em território nacional, no Maranhão, na Bahia e em Minas Gerais. O empreendimento maranhense fica no município de Godofredo Viana e tem mineração a céu aberto, com possibilidade também de exploração subterrânea.

A reportagem do MAM ilustra a situação da comunidade de 6 mil habitantes, Vila Aurizona, com o caso de Maria do Socorro, ex-supervisora de minas da empresa. Ela foi demitida do cargo no ano passado, após confrontar a mineradora pela devastação de parte da propriedade rural de sua família. Em setembro, a companhia estrangeira avançou com máquinas sobre o território e derrubando plantações e vegetação nativa. A família está no local há várias gerações e tem registro em cartório do território há mais de sete décadas.

Segundo a denúncia do MAM, a permanência no local pode ser comprovada, inclusive, por benfeitorias construídas ao longo de quase um século, como casas de forno e açudes. Após entrar no território, a empresa canadense rebatizou a área de “lote 80A”. Maria do Socorro relata perseguição judicial e pressão para abandonar a propriedade. Além disso, a legislação que permite a atuação da empresa é herança da ditadura militar (1964-1985) e não considera danos sociais e ambientais para autorização das atividades de exploração.

O avanço da mineradora baseia-se no Código de Minas de 1967 e no conceito de servidão minerária. São instrumentos legais que concedem o domínio à mineradora e preveem apenas indenização aos proprietários rurais, sem considerar os danos aos modos de vida, a realocação forçada e os prejuízos às comunidades. Ainda de acordo com a reportagem, a Agência Nacional de Mineração (ANM) concedeu a servidão minerária à Equinox Gold em novembro de 2022.

A partir daí, a empresa teria agido silenciosamente por quase dois anos até incidir sobre o território da família de Maria do Socorro e de seus vizinhos. “Esses processos correm em sigilo. As pessoas só descobrem quando as máquinas chegam a seus quintais”, afirmou à reportagem a advogada Larissa Vieira, do Coletivo Margarida Alves, que presta assistência às famílias.

No âmbito judicial, a situação se mostra favorável à mineradora, que obteve imissões de posse autorizando o uso de força policial em caso de obstrução das operações, pontua a denúncia.

Além dos ataques à propriedade, a companhia é acusada de causar impactos ambientais e danos à saúde de moradores e moradoras. Segundo o MAM, em 2018, uma dinamitação de rocha teria resultado no desmoronamento de pilhas de estéril, bloqueando o acesso da Vila Aurizona à cidade e atingindo mangues e igarapés. Em 2021, o rompimento de uma barragem contaminou o rio Tromaí, o lago Juiz de Fora e a Lagoa do Cachimbo, deixando cerca de 1.500 pessoas sem acesso à água potável, segundo a denúncia.

A qualidade do ar na região também sofre impactos, de acordo com depoimentos à reportagem. Os processos de detonação, extração, disposição e transporte de minério lançam material particulado no ar. A poluição é levada pelo vento para a comunidade, pois as pilhas de estéril estão muito próximas das casas. A consequência tem sido um aumento de doenças respiratórias, oftalmológicas e dermatológicas entre os moradores da Vila Aurizona, segundo a denúncia.

O Brasil de Fato enviou e-mail com questionamentos à mineradora, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

Clique aqui e leia a reportagem do MAM sobre o caso

Editado por: Martina Medina
Tags: maranhãomineração
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

DESCASO

Artigo | Inundação no MA evidencia falta de controle social na mineração

No Maranhão

Atingidos por barragem da mineradora Equinox Gold protestam por água potável há uma semana

Desastre ambiental

Barragem rompe na maior reserva de ouro do país e fecha entrada de cidade no Maranhão

Veja mais

Justiça tributária

Ipea: mais ricos deveriam pagar 14% para igualar à classe média

Ataques na Câmara

‘Não podemos normalizar a barbárie’, diz Pastor Henrique Vieira após ameaça de Sargento Fahur

Acordo binacional

Venezuela e Colômbia criam Zona Especial de Paz na fronteira para desenvolver economia e reforçar segurança

Tarifaço

Em pronunciamento, Lula chama apoiadores de chantagem de Trump com tarifas ‘de traidores da pátria’

novos ataques

Trump volta a atacar Justiça brasileira e relaciona tarifaço a Bolsonaro em carta ao ex-presidente

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.