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luta por dignidade

O tarifaço de Trump e a urgência de taxar os bilionários: quem paga a conta do ajuste fiscal?

Solução para evitar que o peso das crises econômicas recaia sobre os mais pobres passa pela taxação das grandes fortunas

22.jul.2025 às 10h35
Rio de Janeiro (RJ)
Thais Ferreira
Donald Trump, presidente dos EUA

Donald Trump, presidente dos EUA - Jim Watson/AFP

Enquanto o governo Trump anuncia mais um pacote de tarifas abusivas sobre produtos importados, atingindo diretamente os trabalhadores e as trabalhadoras que dependem desses itens no dia a dia, a elite econômica global segue intocável, acumulando riquezas em paraísos fiscais. O chamado “tarifaço” não é apenas mais uma manobra protecionista do imperialismo norte-americano; é um ataque aos países periféricos, que serão obrigados a arcar com os custos dessa guerra comercial. Mas a pergunta que fica é: por que os bilionários nunca são chamados a pagar a conta?

A política de tarifas de Trump escancara a desigualdade inerente ao sistema capitalista. De um lado, os trabalhadores veem o preço dos alimentos, eletrônicos e insumos básicos subirem, enquanto seus salários continuam estagnados. Do outro, os bilionários – aqueles que mais se beneficiam da globalização e da exploração do trabalho – seguem sem contribuir proporcionalmente com os cofres públicos. Enquanto isso, no Brasil, o congresso nacional insiste em um projeto econômico que corta direitos, congela investimentos sociais e mantém privilégios para uma minoria que sempre sugou tudo e mais um pouco do Estado.

Taxar os ricos não é opção, é necessidade

A solução para evitar que o peso das crises econômicas recaia sempre sobre os mais pobres passa, necessariamente, pela taxação das grandes fortunas. Segundo dados da Oxfam, os 1% mais ricos do mundo concentram quase o dobro da riqueza de 6,9 bilhões de pessoas. No Brasil, seis bilionários possuem a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres! Esses números não são apenas chocantes – são um escândalo moral.

É inaceitável que um trabalhador pague quase 30% de impostos sobre seu salário mínimo, enquanto grandes herdeiros e magnatas pagam menos de 5% sobre seus lucros e dividendos.

Quem defende os bilionários?

A justificativa de que taxar os ricos vai “espantar investimentos” é falaciosa. Os paraísos fiscais já existem justamente porque a elite financeira não quer pagar impostos em nenhum lugar. A verdade é que o capitalismo globalizado permite que bilionários acumulem riqueza às custas da precarização do trabalho e da sonegação fiscal. Enquanto isso, os serviços públicos – saúde, educação, transporte – definham por falta de recursos.

Enquanto discutimos quem deve pagar a conta das crises, não podemos ignorar o racismo estrutural embutido no sistema tributário brasileiro. A atual carga de impostos recai com violência sobre a população negra, especialmente mulheres e crianças, que são as mais atingidas pela falta de investimento em políticas públicas. Enquanto os super-ricos sonegam e aproveitam brechas fiscais, as famílias periféricas gastam até 30% da sua renda com consumo básico – e isso quando conseguem colocar comida na mesa.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, incide pesadamente sobre itens essenciais como energia elétrica, gás de cozinha e alimentos, penalizando quem já vive no limite da subsistência. Não por acaso, são as mulheres negras as que mais sofrem com a falta de creches, com o transporte caro e com a saúde pública sucateada – serviços que deveriam ser garantidos justamente pela tributação progressiva. Enquanto isso, os bilionários, em sua maioria brancos, seguem acumulando patrimônio sem contribuir de forma justa.

Taxar os ricos não é só uma questão econômica, é uma reparação histórica. Enquanto o Estado cobra até o último centavo da faxineira que pega três ônibus por dia, os herdeiros de fortunas escravocratas continuam usufruindo de isenções e paraísos fiscais. É preciso enfrentar esse racismo tributário que perpetua a lógica colonial: os corpos negros sustentando o luxo de poucos.

Precisamos de um sistema tributário justo, que faça os super-ricos pagarem pela crise que ajudaram a criar. O “tarifaço” de Trump é só mais um exemplo de como as políticas econômicas são moldadas para proteger os interesses dos mais poderosos. Chega de aceitar que os trabalhadores paguem a conta. É hora de taxar os bilionários e redistribuir a riqueza.

A luta por justiça fiscal não é apenas econômica – é uma luta por dignidade.

*Thais Ferreira é vereadora e líder de bancada (PSOL/RJ), ativista pelos direitos da população negra, das mulheres, das crianças e da classe trabalhadora. Dignidade pra geral!

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Tags: ajuste fiscaltarifatrump
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