Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Rádio Brasil de Fato

Sob Bolsonaro

Entre 2019 e 2023, 42 casos de violência contra povos indígenas foram registrados por mês, revela CPT

Período engloba governo Bolsonaro e representa mais da metade das ocorrências registradas em quase quatro décadas

23.jul.2025 às 07h00
São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas
Entre 2019 e 2023, 42 casos de violência contra povos indígenas foram registrados por mês, revela CPT

Povos indígenas são alvo constante de violência nos territórios; registro de marcha durante o ATL 2025, em abril - Joédson Alves/Agência Brasil

A violência contra os povos indígenas no Brasil atingiu um patamar alarmante nos últimos anos. Entre 2019 e 2023, foram registradas 2.501 ocorrências envolvendo comunidades indígenas, o que representa mais da metade de todos os conflitos desse tipo monitorados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde 1985.

Os dados fazem parte do Atlas dos Conflitos no Campo Brasileiro, estudo inédito lançado na segunda-feira (21), que analisa quase quatro décadas de violações nos territórios camponeses e tradicionais do país.

Ao todo, a CPT documentou 4.559 ocorrências de conflitos envolvendo povos indígenas no período de 1985 a 2023. O levantamento, feito em parceria com universidades públicas, mostra que a violência se intensificou em todas as regiões do Brasil nos últimos cinco anos do estudo, com maior incidência na Amazônia Legal. O período destacado contempla os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, quando a região concentrou metade das ocorrências envolvendo indígenas, seguida do Centro-Sul (37%) e do Nordeste (13%).

A maior parte desses conflitos tem a terra como motivação: 92% dos casos envolvem disputas territoriais, e apenas 8% se referem a conflitos por água, sobretudo com garimpeiros e mineradoras. Os dados revelam um padrão recorrente de invasões, expulsões, contaminação ambiental e ameaças, que atingem diretamente a sobrevivência física e cultural dos povos originários.

Biomas, territórios e violências

A maior concentração está nas regiões onde o agronegócio, a mineração e as grandes obras de infraestrutura avançam sobre territórios preservados por comunidades tradicionais. Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão entre os estados com maior número de casos. Este último se destaca pelo histórico de violência contra os povos Guarani e Kaiowá.

Os principais agentes de violência identificados pela pesquisa são fazendeiros, o Estado brasileiro e empresários, responsáveis por 59% dos casos. Mineradoras, grileiros e grupos armados também aparecem como autores das violações, que se manifestam de diversas formas.

Segundo a CPT, foram registrados casos de assassinato, tentativa de homicídio, cárcere privado, contaminação por mercúrio e agrotóxicos, estupro, sequestro, tortura, impedimento de ir e vir, humilhação e desnutrição provocada pela destruição dos modos de vida tradicionais.

Entre 2004 e 2023, foram contabilizados 135 assassinatos de indígenas ligados diretamente a disputas territoriais, sendo 71 deles na Amazônia. Mas o número não reflete a totalidade das mortes, já que muitos óbitos ocorrem de forma indireta, como no caso da Terra Indígena Yanomami, onde a presença de garimpeiros gerou contaminação, disseminação de doenças e colapso no acesso à saúde.

Retomadas e articulações em rede

Apesar de estarem entre os mais afetados pelos conflitos no campo, os povos indígenas também são protagonistas das lutas por justiça e território. As ações de retomada de terras, realizadas em contextos de grande vulnerabilidade e risco, têm crescido em número e visibilidade. De 2004 a 2011, elas representavam 9,2% das ocupações registradas no país. Entre 2019 e 2023, esse índice subiu para 29,8%.

Entre as experiências emblemáticas de retomada, o Atlas destaca a atuação dos Tupinambá, na Bahia. “Somos nós que demarcamos nossa terra. Somos nós que dizemos por onde ela passa e como ela vai valer”, declarou o cacique Babau, em citação recuperada pelo relatório.

A pesquisa também aponta o fortalecimento da articulação entre os povos indígenas e outros movimentos populares do campo e da cidade, como uma resposta ao agravamento dos conflitos e à omissão histórica do Estado brasileiro. “As ações de retomada constituem um elemento essencial na luta pelos direitos territoriais garantidos na Constituição de 1988”, aponta outro trecho do documento.

Mesmo representando apenas 0,83% da população brasileira, segundo o Censo de 2022, os povos indígenas seguem em luta por seus direitos ancestrais.

O Atlas dos Conflitos no Campo Brasileiro reafirma a urgência de medidas concretas diante da escalada de violações: “Esses dados refletem a urgência de uma política efetiva e contínua de proteção aos povos indígenas e seus territórios, garantindo não somente a sobrevivência deles, mas a diversidade cultural e a proteção ambiental do país.”

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: cptindígenasjair bolsonaro
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

OPINE

Deputados e senadores de Pernambuco concorrem ao Prêmio Congresso em Foco; saiba como votar

Geopolítica

Brasil adere ao processo contra o genocídio de Israel na Palestina em Corte da ONU

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Programa de Formação Paul Singer será lançado em Porto Alegre no dia 28 de julho

Negociações de paz

Diálogo entre Rússia e Ucrânia tem divergências e proposta de encontro de Putin com Zelensky

DEMARCAÇAO JÁ!

Assembleia Legislativa do RS deve discutir doação de área da Fepagro com presença de indígenas Mbya Guarani

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.