O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (24) que o país irá reconhecer a Palestina como Estado na próxima Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser realizada em setembro.
O anúncio vem após mais de 59 mil mortos por Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 e quando o número de vítimas fatais pela fome atingiu 115.
“Fiel ao compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França vai reconhecer o Estado da Palestina. Anunciarei solenemente durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro”, disse Macron pelas redes sociais.
O presidente ainda disse que “a prioridade é terminar a guerra na Faixa de Gaza, e socorrer a população civil”.
Nesse contexto, “deve-se construir o Estado da Palestina, garantir a sua viabilidade e permitir que, ao aceitar a sua desmilitarização e reconhecer plenamente Israel, participe da segurança de todos no Oriente Médio”.
O anúncio foi celebrado pelo vice-presidente da Autoridade Palestina, Hussein al-Sheikh, que agradeceu Macron.
“Essa postura reflete o compromisso da França com o direito internacional e seu apoio ao direito do povo palestino à autodeterminação e ao estabelecimento do nosso Estado independente”, disse.
Já Israel reagiu dizendo que a posição de Paris “recompensa o terror”.
EUA e Israel deixam negociações
Ainda nesta quinta-feira (24), EUA e Israel abandonaram as negociações por um cessar-fogo em Gaza.
Ambos culparam o grupo palestino Hamas de não ter atendido exigências na última resposta enviada aos mediadores, Catar e Egito. O grupo ainda não havia comentado a ação dos israelenses e estadunidenses até o fechamento desta matéria.
Enquanto isso, crescem as pressões internacionais para que Israel suspenda o bloqueio que impõe à região, impedindo a entrada de ajuda humanitária.