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Sanção e mortalidade

Sanções dos Estados Unidos aumentam mortalidade em níveis similares à guerra, aponta estudo

Puxadas pelos Estados Unidos, as sanções unilaterais se refletem em 564 mil mortes anuais, os pesquisadores estimam

25.jul.2025 às 08h27
São Paulo (SP)
Redação
Sanções dos Estados Unidos aumentam mortalidade em níveis similares à guerra, aponta estudo

Sanções impostas por ONU, Estados Unidos e União Europeia aumentam taxa de mortalidade de populações dos países afetados, aponta estudo. - Imagem: Ed Jones/AFP

A revista inglesa Lancet, uma das mais respeitadas publicações científicas do mundo, publicou em seu volume 13, de agosto de 2025, um estudo que analisou o impacto de sanções dos Estados Unidos, União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU) na mortalidade dos países sancionados. O estudo foi conduzido por Francisco Rodríguez, doutor em economia por Harvard e pesquisador sênior do Centro para Pesquisas Econômicas e de Políticas Públicas (CEPR, na sigla em inglês); Silvio Rendon, economista, acadêmico e diretor-executivo suplente do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento; e Mark Wesibrot, diretor do CEPR.

Os pesquisadores analisaram como diferentes sanções promovidas pelos países impactaram as taxas de mortalidade de crianças, adultos e idosos em 152 países entre 1972 e 2021. O estudo usou quatro parâmetros para isolar o impacto das sanções e identificar se o aumento na mortalidade era um reflexo das medidas ou algo decorrente de outro fenômeno. A conclusão é que sanções unilaterais promovidas pelos Estados Unidos são as mais danosas, aumentando especialmente a mortalidade de crianças de cinco anos ou menos.

Foram analisados sete grupos de idade: neonatais, crianças com menos de um ano, crianças com menos de cinco anos, crianças com menos de dez anos, adolescentes, adultos e idosos. Com exceção de adolescentes, sanções dos Estados Unidos aumentaram a mortalidade de todos os demais grupos. Crianças com menos de cinco anos foram as mais afetadas, com aumento da mortalidade estimada em 9,3% para neonatais, 9,1% em bebês de até um ano e 8,5% em crianças com até cinco anos.

Não apenas isso, os efeitos negativos no índice de mortalidade são agravados de acordo com o tempo de vigência das sanções, levando a um aumento progressivo. Sanções de até três anos elevaram a mortalidade infantil, aponta o estudo, em 6%. Em sanções de quatro a seis anos, o aumento foi de 8,6%. Sanções de sete anos ou mais elevaram a mortalidade em 10,5%.

Os pesquisadores são enfáticos em dizer que “resultados mostraram uma associação causal significativa entre sanções e aumento da mortalidade” e que “os efeitos mais fortes para sanções unilaterais, econômicas e dos EUA”. Não foram encontradas evidências estatísticas de piora em índices de mortalidade por sanções promovidas pela ONU.

Para eles, uma “possível interpretação dessa descoberta é que essa diferença resulta da maior fiscalização pública a que as decisões da ONU, um órgão deliberativo com participação dos países-alvo [das sanções], estão naturalmente sujeitas”. Sanções unilaterais da União Europeia também não foram estatisticamente significativas em nenhum grupo etário analisado.

“As sanções dos EUA, em contraste, muitas vezes visam criar condições propícias à mudança de regime ou a alterações no comportamento político, sendo a deterioração das condições de vida nos países-alvo, em alguns casos, reconhecida pelos formuladores de políticas como parte do mecanismo intencional através do qual os objetivos devem ser alcançados”, aponta o estudo.

Puxadas pelos Estados Unidos, as sanções unilaterais se refletem em 564 mil mortes anuais, os pesquisadores estimam – o equivalente a 3,6% do total de mortes em países sancionados. O número é maior do que o observado anualmente por conflitos armados e guerras, estimado pelo estudo em meio milhão de mortes anuais.

“Sanções podem levar a reduções na quantidade e qualidade da prestação de saúde pública, impulsionadas por declínios nas receitas públicas, e diminuição da disponibilidade de importações essenciais, resultante de reduções nas receitas em moeda estrangeira induzidas por sanções, que limitam o acesso a suprimentos médicos, alimentos e outros bens cruciais e restrições a organizações humanitárias”, apontam os pesquisadores.

O uso das medidas, porém, está em escalada. Entre 2010 e 2022, 25% dos países foram alvo de algum tipo de sanção pelos Estados Unidos, União Europeia ou a ONU. Nos anos 60, a taxa era de 8%.

Não são todos que estão sob este risco, porém. Como parte de sua metodologia, o estudo analisou quem são os países sancionados. Apesar de não separar os dados de mortalidade por nação, os pesquisadores constataram que correm mais risco de sofrerem com sanções – e, consequentemente, com mais mortes – países que votam em desacordo com os Estados Unidos e a União Europeia na assembleia-geral da ONU.

Causalidade, não correlação

O estudo não faz uma simples correlação entre a imposição de sanções dos Estados Unidos a países e o aumento na mortalidade do povo afetado. É estabelecida causalidade, isto é, uma análise que, descartados demais fatores, ajuda a corroborar o aumento no número de mortes. São utilizados quatro elementos para isso.

Balanceamento de entropia – Os pesquisadores criaram grupos de países com sanções e sem sanções com características observáveis semelhantes – como nível de desenvolvimento econômico. Isto é necessário porque a taxa de mortalidade de um país desenvolvido não pode ser diretamente comparada com a taxa de um país em desenvolvimento, ou de um país subdesenvolvido. Comparar países semelhantes permite analisar o impacto das sanções na escalada de mortes.

Representação de estudo de eventos – Foi analisado como os índices de mortalidade se comportaram antes e depois da imposição de sanções e se havia outros indicativos, como uma alta na taxa de mortalidade anterior às sanções ou outras condições sociais que influenciassem a questão. O aumento gradativo da taxa de mortalidade com a manutenção de sanções apoia esta métrica utilizada pelo estudo.

Teste de Causalidade de Granger – Este teste analisa que a causa deve vir antes do efeito, e define o que é cada uma dessas coisas no objeto estudado. Se as taxas de mortalidade sobem após a imposição de sanções (ao invés de sanções serem impostas após o índice de mortalidade subir), isso aponta para uma relação causal em que a causa é a sanção e o efeito é o aumento no número de mortes, e não o contrário.

Variáveis instrumentais – Essa ferramenta busca analisar algo que influencia a probabilidade de um país sofrer sanções, mas que, por si só, não afete de forma alguma a taxa de mortalidade. No estudo, os pesquisadores analisaram que países que votam menos de acordo com os Estados Unidos e a União Europeia na assembleia-geral da ONU são mais propensos a receber sanções. A posição política de um país na assembleia-geral da ONU não afeta sua taxa de mortalidade, mas receber sanções sim. Se sanções não fossem a causa, todos os países que votam em desacordo com os Estados Unidos e a União Europeia experienciaram aumentos em seus índices de mortalidade – o que acontece apenas com quem, além disso, recebe sanções.

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: estados unidosonuunião europeia
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