Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos

enfim

Justiça de SP inocenta Preta Ferreira, Carmen Silva e lideranças da luta por moradia: ‘Nunca houve crime, houve racismo’

Após quase seis anos, tribunal reconhece ausência de provas e encerra processo contra militantes do MSTC

26.jul.2025 às 14h21
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas

Preta Ferreira foi presa em 2019, sem provas, durante investigação sobre movimentos de moradia em SP; ela foi absolvida pela Justiça após quase seis anos de processo. - Divulgação/Thiago Santos

A Justiça paulista absolveu, na sexta-feira (25), a multiartista e escritora Preta Ferreira, sua mãe Carmen Silva, liderança do Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC), e outras lideranças da luta por moradia em São Paulo, da acusação de extorsão de moradores da ocupação do Hotel Cambridge, no centro da capital.

A sentença foi proferida pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. No texto, o juiz Paulo Fernando Deroma de Mello reconhece a ausência de qualquer prova material e destaca que a denúncia se apoiava em depoimentos “genéricos e frágeis”.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo (MPSP), responsável pela acusação, já havia reconhecido a falta de provas e pedido a absolvição de todas as lideranças, entre elas Preta, Carmen e outros 17 integrantes de movimentos sem-teto da capital paulista. O pedido foi acolhido pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.

O processo teve início em 2019, e resultou em prisões preventivas prolongadas e ampla exposição pública das lideranças. Preta Ferreira chegou a ficar 108 dias presa. À época, a denúncia foi tratada como mais um episódio de criminalização das organizações populares que atuam pelo direito à moradia na cidade.

Em nota divulgada nas redes sociais, Preta Ferreira afirmou que a absolvição reconhece o que as lideranças sempre sustentaram. “Nunca houve crime – houve racismo. Nunca houve prova – houve perseguição e tentativa de criminalizar a luta por moradia digna”, escreveu.

Ao jornal Voz da Diversidade, ela declarou: “Poder falar ‘pretas livres’, com a liberdade oficializada, nos dá mais força para gritar pelas outras que ainda não estão”.

“Seguiremos de pé”, afirma Carmen Silva

Também absolvida, Carmen Silva afirmou ao Voz da Diversidade que a sentença representa o fim de um ciclo de dor. “Eu sempre tive coragem de lutar por direito à cidade, mas nunca vou perdoar quem envolveu minha família em uma história que era por justiça”, declarou.

Em nota pública, ela e outras lideranças agradeceram o apoio de familiares, movimentos populares, advogados e artistas que se mantiveram solidários. “Seguiremos de pé. Porque não há sentença mais poderosa do que a verdade sustentada pela coletividade”, diz o texto.

Instagram will load in the frontend.

Prisão sem provas e tentativa de desmobilização

Em 2019, Preta Ferreira denunciou ao Brasil de Fato que sua prisão tinha motivação política. Detida após comparecer espontaneamente à delegacia, ela relatou ter sido surpreendida pela conversão do depoimento em prisão sem flagrante ou provas. A acusação se baseava em uma carta anônima e vinculava o MSTC a supostas extorsões em ocupações, incluindo um prédio com o qual a organização não tinha relação.

“Eu fui presa por combater a injustiça. Isso sempre esteve em minhas veias”, disse à época. “Já sabemos muito bem que não estou presa por extorsão. Não pratiquei nenhum crime. Isso é mentira e eles sabem disso”.

Preta explicou que os moradores das ocupações do MSTC contribuíam, de forma organizada, com R$ 200 mensais para a manutenção dos prédios. “Como se extorque alguém que já sabe que vai entrar em um lugar em que tem que pagar?”, questionou.

Ela também denunciou o uso de sua imagem como instrumento de intimidação aos movimentos: “Essa perseguição toda ao movimento de moradia faz parte de um plano para acabar com os movimentos. Prendem as lideranças, amedrontam quem não tem moradia, e aí acaba”.

A prisão preventiva de Preta durou 108 dias. Em sua passagem pela Penitenciária Feminina de Santana, ela relatou ao Brasil de Fato a convivência com outras mulheres negras presas injustamente. “Jogaram a gente em um navio negreiro”, comparou. A experiência virou livro em 2020: Minha Carne – Diário de uma prisão.

Relembre a entrevista de Preta em 2019:

Editado por: Camila Salmazio
Tags: luta por moradiapreta ferreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

entrevista

“Minha carne” é um grito de liberdade, diz Preta Ferreira sobre lançamento de livro

VÍDEO

“Onde está a Justiça?”, diz Preta Ferreira, presa há mais de 70 dias sem provas

Solta

Após 109 dias, Preta Ferreira e outros ativistas ganham liberdade

Veja mais

Solidariedade em IA

Em Conferência Mundial de IA, China lança centro para governança e defende código aberto

Unidas

Mulheres negras promovem ato político por justiça social em Copacabana

JULHO DAS PRETAS

‘Escrevo pra existir’: Jô Freitas e a literatura que transforma a periferia

Cultura

Atores brasileiros defendem regulamentação de plataformas de streaming

Faísca na pradaria

Premiê Li Qiang critica individualismo tecnológico e defende construção coletiva de conhecimento sobre Inteligência Artificial

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.