Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem Viver Cultura

PETRÓPOLIS (RJ)

‘Lei da Ditadura’, diz artista que teve obra censurada pela Guarda Civil por fazer releitura da bandeira

Matheus Ribs foi convidado pelo Sesc a expor trabalho, mas obra foi retirada no sábado (26), dia da abertura

27.jul.2025 às 15h52
São Paulo, SP
Lucas Salum
Matheus Ribs

Obra altera as cores da bandeira e substituiu "ordem e progresso por "kilombo aldeia" - Divulgação

A obra do artista carioca Matheus Ribs foi retirada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Petrópolis (RJ), neste sábado (26), durante o Festival de Inverno do Sesc Quitandinha, na zona serrana fluminense.

O trabalho faz uma releitura da bandeira nacional, substituindo os dizeres “ordem e progresso” por “Kilombo Aldeya” e estava exposta em um painel montado no Parque de Exposições de Itaipava.

Segundo o artista, no sábado, dia de abertura da exposição, ele foi comunicado por um funcionário do Sesc de que a GCM esteve no local com um “suposto alvará, alegando que a obra descaracterizava o patrimônio nacional, uma lei da Ditadura Militar que impede a alteração de símbolos nacionais”, explica Ribs ao Brasil de Fato.

Nascido no morro da Rocinha, o artista conta que foi convidado pelo Sesc a compor a exposição que foi aberta neste sábado (26) e que confeccionou a obra sob medida para a mostra.

“Eu estou perto do local do evento, mas não fui chamado. O Sesc não acionou advogados, não prestou assistência jurídica, só avisou que a obra foi retirada. O que é uma violação porque é uma obra de arte”.

Ribs alega que a instituição não prestou amparo jurídico ou apoio para publicação de uma nota conjunta sobre o ocorrido.

O Sesc publicou uma resposta lamentando a situação e prestando solidariedade ao artista. Escreveu ainda que defende “a liberdade de expressão e considera que a diversidade de manifestações artísticas é fundamental para estimular o diálogo e a reflexão sobre temas relevantes para a sociedade”.

Procurada, a Guarda Civil de Petrópolis não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem, no entanto, o espaço segue aberto para uma eventual manifestação.

Segundo Ribs, “a obra pretende fazer uma demarcação dos territórios e discutir a memória do Brasil, repensar a ideia do país a partir desses territórios, não da história colonial. A obra faz um contraponto, revela um outro projeto de Brasil”.

“Essa ação não combina com o Estado democrático de direito, é uma censura à liberdade de expressão, isso revela muito do histórico do nosso país e dessa cidade que é uma cidade colonial, fincada no escravismo, no latifúndio”, finaliza.

Nascido em 1994, Ribs é um artista conhecido por usar símbolos nacionais ou do poder institucional para criticar os efeitos da colonização portuguesa ainda presentes no país. Segundo o artista, a intenção dele é “reconstruir o imaginário social e político brasileiro, com abordagens sobre decolonialidade e ancestralidade diaspórica”.

O que diz a lei?

Durante a ditadura militar, foi criada a Lei nº 5.700/71 que dispõe sobre o uso e respeito aos símbolos nacionais. Pelo texto original é vedado mudar as cores, as formas ou gerar outras inscrições.

No entanto, o texto foi sendo alterado com o passar dos anos e, segundo o jurista Marcelo Neves, foi superado pelo que diz a Constituição de 1988, que garante a liberdade de expressão.

“Não tem nenhum sentido”, resume o especialista sobre a ação da Guarda Civil de Petrópolis.

“No sentido artístico, isso não tem nenhuma ofensa à Constituição. É um ato artístico que possibilita a criatividade. Esse entendimento já está superado até mesmo antes da Constituição, nas Diretas as pessoas já usavam de outras formas os símbolos nacionais, por exemplo”, explica Neves, que é especialista em direito constitucional com pós-doutorado na Faculdade de Ciência Jurídica da Universidade de Frankfurt.

Segundo ele, a lei de 1971 segue em vigor em situações “de ofensa proposital, de rasgar a bandeira no local que ela está hasteada, por exemplo. Tem situações que, talvez, ela possa ser aplicada”.

No entanto, políticos da extrema direita vêm tentando resgatar o texto original para que possa ser usado em casos como a obra de Matheus Ribs. É o caso do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que apresentou, em 2022, um projeto para tornar crime o desrespeito aos símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil. 

Uma outra proposta resgata a lei original, de 1971, para retomar artigos da ditadura. No ano passado, foi aprovado na Comissão de Defesa da Democracia do Senado o PL  5.150/2023, que criminaliza confecção, distribuição, comercialização e uso da Bandeira Nacional com cores e formas alteradas e associações a símbolos de partido político, grupos e movimentos sociais.

Editado por: Raquel Setz
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PETRÓPOLIS (RJ)

‘Lei da Ditadura’, diz artista que teve obra censurada pela Guarda Civil por fazer releitura da bandeira

TRANSPORTE

Sudene e UFPE estudam construção de ferrovias que conectem Recife a Caruaru e Petrolina a Salgueiro

Linha de frente

Jovens participam de eleição para prefeitos na Venezuela e mobilização empolga governo

NORTE GLOBAL

União Europeia e EUA fecham acordo para reduzir tarifa a 15%, ante 30% imposto por Trump

TARIFAÇO

Secretário de Comércio dos EUA afirma que tarifas entram em vigor em 1º de agosto

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.