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Início Socioambiental

MOVIMENTO ECOLÓGICO

Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural cria diretorias para juventude e comunicação

Heverton Lacerda é reconduzido à presidência da Agapan e amplia foco em juventude e ecologia política

29.jul.2025 às 18h41
Porto Alegre (RS)
Marcela Brandes
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural cria diretorias para juventude e comunicação

Nova gestão da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural reunida - Foto: Agapan / Divulgação

Fundada em 1971, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) anunciou mudanças em sua estrutura organizacional com a criação de duas novas diretorias voltadas para a Juventude e para a Comunicação. A iniciativa visa fortalecer a atuação da entidade em um cenário de crescente crise climática e necessidade de mobilização social em defesa do meio ambiente. A nova gestão é presidida por Heverton Lacerda, reeleito para mais um mandato à frente da organização.

“A Agapan tem estimulado uma maior participação dos jovens, pois são eles que enfrentarão por mais tempo os problemas criados pelas gerações passadas”, afirma Lacerda. Segundo ele, a criação da Diretoria de Juventude busca abrir espaço para esse público, oferecendo formação e acolhimento. “Nossa expectativa é que com a criação de uma diretoria específica de juventude eles encontrem mais espaço para atuarem. A Agapan é uma excelente universidade de saberes ecológicos para sustentar uma atuação mais qualificada e consistente da juventude na luta ambiental”, completa.

A nova Diretoria de Comunicação será coordenada pela ecojornalista Adriane Bertoglio Rodrigues, que já atuava na assessoria de imprensa da entidade. A proposta é estruturar melhor a comunicação institucional, ampliar a divulgação das pautas ecológicas e retomar projetos como o podcast Sobrevivência, produzido durante a pandemia.

Juventude e ativismo ambiental

A mobilização de novos militantes ambientais é uma das prioridades da gestão. Lacerda destaca que as dificuldades de engajamento são compreendidas dentro do contexto atual da juventude brasileira. “Percebo que os jovens, considerando as diferentes realidades e a desigualdade socioeconômica no Brasil, estão muito atarefados com seus estudos, trabalho e demais atividades pessoais. Eles estão em um momento inicial de construção de suas vidas, e isso limita muito o engajamento social e o próprio altruísmo.”

Segundo o presidente, é preciso equilibrar o alerta sobre a gravidade da crise com perspectivas de mudança. “Nosso desafio é construir as estratégias certas para oportunizar a participação de mais jovens. Para isso, precisamos encontrar as medidas certas entre alertar sobre os problemas ecológicos e climáticos reais, sem ser catastrofistas, e propor uma via de esperança possível. Essa via é a ecologia, sem dúvida.”

Atuação política e articulação com a sociedade civil

Diante da conjuntura política e das eleições municipais de 2024, a Agapan pretende promover debates sobre a ecologia como eixo estruturante das políticas públicas. “Estamos muito preocupados com o rumo político que pode ser tomado nas próximas eleições, em especial diante da intensificação da crise climática”, afirma Lacerda. Ele cita o seminário interno que será organizado pela entidade para rediscutir sua atuação ecopolítica e transpartidária.

A proposta é construir uma plataforma ambiental a ser apresentada a candidaturas comprometidas com um modelo sustentável. “A sociedade civil é ativa, não passiva. As candidaturas não devem representar apenas interesses pessoais ou partidários. As últimas eleições aqui no RS têm demonstrado que os interesses empresariais e do agronegócio têm se articulado melhor e vencido. É preciso superar esse estigma.”

Parcerias e rede de apoio

Segundo Lacerda, a Agapan mantém articulação com diversas entidades ambientais e sociais, buscando ampliar sua capacidade de incidência. “Continuamos em contato com as universidades públicas, entidades ambientais da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (Apedema), da Rede de ONGs da Mata Atlântica, da Coalizão pelo Pampa, com movimentos sociais, coletivos urbanos, etc.”, relata Lacerda. Também há diálogo com parlamentares alinhados com a pauta ambiental e apoio de advogados comprometidos com a defesa do patrimônio ambiental.

A judicialização, no entanto, é vista como último recurso. “Além de dispendiosa, financeira e emocionalmente, a judicialização é um recurso desgastante que nos toma muito tempo.”

Educação ambiental e comunicação

Para os próximos meses, a Agapan planeja lançar um curso de ecologia e ativismo ambiental. As aulas estão em fase de planejamento e devem contar com produção audiovisual. “Vai depender das possibilidades que se apresentarem. O tempo no planejamento de atividades voluntárias precisa ser mais elástico, pois precisamos contar sempre com a boa vontade e condições momentâneas de voluntárias e voluntários.”

Na área da comunicação, o objetivo é retomar e ampliar conteúdos próprios e qualificar a presença nas redes sociais. “Mesmo com todas as dificuldades, conquistamos o primeiro lugar por dois anos consecutivos (2022 e 2023) no Prêmio ARI para gestão de Comunicação no terceiro setor”, lembra Lacerda. “Temos certeza que, se melhorarmos nossa estrutura de comunicação, poderemos alcançar um público maior que ainda está um pouco alheio à pauta ambiental.”

Reconstrução ecológica do Rio Grande do Sul

Após as enchentes que devastaram dezenas de cidades no estado, a Agapan reforça a necessidade de reconstrução com base em justiça climática e restauração ecológica. Para a entidade, o modelo de desenvolvimento atual é insustentável. “Desde muito antes de eventos climáticos começarem a ficar mais extremos, como temos visto com mais frequência, a Agapan já alertava para o rumo ecocida que o modelo de sociedade industrial aponta”, afirma Lacerda.

Ele recorda os alertas do patrono da entidade, José Lutzenberger. “Segundo Lutz (como é carinhosamente conhecido), o futuro ‘não está no consumo desenfreado, está no uso frugal, com sentido, dos escassos recursos do planeta’. Mas o que a nossa sociedade tem feito é exatamente o contrário: além de produzir e consumir supérfluos em excesso, distribui mal e de forma injusta os produtos de primeira necessidade.”

A entidade propõe uma reconstrução baseada na proteção e regeneração dos biomas. “O modelo de desenvolvimento baseado em monoculturas do agronegócio exportador, altamente envenenadas, é uma chaga que precisa ser curada através da conversão para um sistema de produção ecológico.”

Desafios estruturais e financiamento

Com atuação histórica baseada no voluntariado, a Agapan enfrenta limitações financeiras para expandir sua estrutura. “Infelizmente, não encontramos apoio em fundos públicos, a exemplo dos de meio ambiente, nem de doações de pessoas físicas que gostariam de doar parte do Imposto de Renda devido, pois não sabemos de alguma política que permita abater doações feitas para entidades ambientais”, lamenta Lacerda.

Entre as metas da entidade está a conquista de uma nova sede, que permita maior articulação com movimentos sociais e parceiros. “Precisamos de uma sede mais ampla, de forma que possamos agregar o movimento ecológico e parceiros da sociedade civil para reforçar a luta ecológica, ainda mais essencial neste momento de ampliação da crise climática.”

Colaboração e crítica ao poder público

A Agapan afirma estar disposta a colaborar com o poder público, mas aponta limitações na interlocução com o governo estadual. “Temos nos colocado à disposição desde o início para colaborar com o governo neste tema, mas ele tem suas agendas, não aceita críticas e faz suas escolhas com base no que consegue compreender da realidade que se impõe e nas suas pretensões. Infelizmente, tem priorizado obras caras e soluções paliativas.”

Lacerda conclui: “Não há reconstrução possível enquanto na Assembleia Legislativa e no Palácio Piratini estiverem propondo e aprovando mais leis que agridem o meio ambiente. Cidades e bairros que foram licenciados em locais de risco precisam de soluções urgentes, pois não deveriam ser reconstruídos nos mesmos lugares, sob risco de perecerem novamente.”

Editado por: Katia Marko
Tags: ativismocrise climáticameio ambiente
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