“O que acontece quando a maternidade começa em um lugar feito para punir?”. O questionamento é o mote do documentário Sentença Materna, que estreia neste sábado (2), em São Paulo. O filme é produzido pelo Grupo Okan, coletivo de cinema atuante nas periferias da capital paulista.
A protagonista do documentário, Karina Dias, é egressa do sistema prisional que relata violações de direitos sofridas durante a gestação, o parto e o puerpério. A produção aborda, ainda, a separação entre mãe e filho logo após o período de amamentação e os impactos que isso pode causar no desenvolvimento da criança e da relação.
“Este filme nasce do desejo de escutar e tornar visível uma realidade muitas vezes silenciada: a das mulheres que viveram a experiência de gestar, parir e maternar dentro do sistema prisional”, explica o diretor Breno Andreata.
“A gente não quer que o público apenas assista ao documentário, mas que pense no que significa ser mãe em um lugar onde quase todos os direitos são negados. O sistema penal não foi pensado para as mulheres, e menos ainda para as mães”, reforça a diretora Letícia Gouveia.
Com a presença da equipe e de especialistas sobre o assunto, o evento de estreia em São Paulo (SP) acontecerá no CEU Perus, no bairro de Vila Fanton. O acesso ao evento é gratuito.