A ministra de Mulheres, Márcia Lopes, disse que “ninguém pode votar em homem que não gosta das mulheres”. A declaração ocorreu nesta terça-feira (29) durante participação no 1º Fórum dos Conselhos Municipais dos Direitos das Mulheres do Paraná, em Foz do Iguaçu. A fala aconteceu no contexto de que o estado tem apenas 10 deputadas estaduais e apenas quatro deputadas federais. Para ela, é fundamental ampliar a representação para que a agenda das mulheres seja ouvida e aprovada nas casas legislativas.
Márcia Lopes está em Foz do Iguaçu cumprindo agenda do Ministério das Mulheres. Além do Fórum, a ministra participa de uma visita à obra da Casa da Mulher Brasileira, onde uma unidade será construída na Avenida Gramado, na Vila A, ao lado da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe. Além disso, ela tem reunião com o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, e diálogos com mulheres lideranças dos programas socioambientais apoiados pela Itaipu.
A declaração da ministra aconteceu no primeiro evento enquanto falava de representação política. “É muito pouco quatro deputadas federais mulheres. No ano que vem, ninguém pode votar em homem que não gosta das mulheres, que ofende as mulheres. A gente precisa de mais mulheres no poder”, defendeu Márcia Lopes após criticar os ataques contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela foi aplaudida pela plateia.

Unidade nova da Casa da Mulher Brasileira
A unidade será construída na Avenida Gramado, na Vila A, e contará com 1.436 metros quadrados de área edificada em um terreno de 6.226 metros quadrados, doado pela Itaipu. O investimento total previsto no projeto é de R$ 11,8 milhões.
Durante o evento, o presidente de Itaipu, Ênio Verri disse que “o momento e essa obra são uma honra. A usina tem um papel maior do que produzir energia limpa, de qualidade e barata. Temos um compromisso que implica em dar qualidade de vida. E isso está no combate à violência contra as mulheres. Essa pauta se impõe”, disse Verri.
A Casa da Mulher Brasileira presta atendimento humanizado a mulheres em situação de violência, integrando diferentes serviços especializados – como apoio psicossocial, promoção de autonomia econômica, juizado/varas especiais, delegacia, acolhimento de crianças (brinquedoteca), alojamento de passagem e central de transportes.