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INTOLERÂNCIA

Padre da Paraíba é investigado por racismo religioso: “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?”

 Vídeo foi apagado do YouTube, mas associação fez denúncia após repercussão nas redes sociais

30.jul.2025 às 17h21
João Pessoa (PB)
Redação
Padre da Paraíba é investigado por racismo religioso: “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?”

Inquérito foi aberto pela Polícia Civil após denúncia de associação religiosa - Padre Danilo (à esquerda) | Preta Gil (à direita) | Fotos redes sociais | colagem

A Polícia Civil da Paraíba abriu nesta quarta-feira (30) um inquérito para investigar uma denúncia de racismo religioso feita contra o padre Danilo César, da cidade de Areial, no Agreste paraibano. O inquérito foi instaurado após a Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza denunciar o padre por falas feitas durante uma missa celebrada no último domingo (27), que foi transmitida ao vivo pelo canal da Paróquia de Areial no YouTube.

No vídeo, que teve ampla repercussão nas redes sociais antes de ser removido do canal, o padre cita a morte da cantora Preta Gil, ocorrida no dia 20 de julho, nos Estados Unidos, em decorrência de um câncer colorretal, como forma de atacar as religiões de matriz africana.

“Eu peço saúde, mas não alcanço saúde, é porque Deus sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para você, que a morte é melhor para você. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, afirmou o padre durante a homilia.

Após a fala, ele se dirige diretamente aos fiéis que estavam na igreja e critica católicos que recorrem a outras religiões: “E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida não pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha”, arremata.

Religioso associa práticas afro-brasileiras à morte e doença

Ainda durante a transmissão, o padre relatou uma situação envolvendo uma mulher e sua filha, em que associa diretamente práticas religiosas de matriz africana a sofrimento e morte.

“Eu já fui fazer as exéquias na minha cidade natal e uma mãe desde cedo tinha consagrado a filha a essas entidades desconhecidas que têm vários nomes, ela morreu cedo e a morte dela foi uma morte tão sofrida. E eu lembro quando ela dizia que ‘tinha sido a besta fera que tinha vindo buscar a filha dela conforme tinha prometido’, olha a conta, um filho.”

“E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida não pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha”, conclui o padre.

O religioso relatou também no vídeo uma história envolvendo uma mulher e sua filha que, conforme ele, teriam o procurado após essa mãe “consagrar” a filha para “essas entidades desconhecidas que têm vários nomes”. Ele associa práticas de religiões de matrizes africanas com doença e morte.

“Eu já fui fazer as exéquias na minha cidade natal e uma mãe desde cedo tinha consagrado a filha a essas entidades desconhecidas que têm vários nomes, ela morreu cedo e a morte dela foi uma morte tão sofrida. E eu lembro quando ela dizia que ‘tinha sido a besta fera que tinha vindo buscar a filha dela conforme tinha prometido’, olha a conta, um filho”, disse ele.

Diocese se pronuncia

A Diocese de Campina Grande, responsável pela Paróquia de Areial, divulgou nota informando que “o sacerdote, por meio de sua assessoria jurídica, irá prestar todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes”.

Leia a nota:

Fonte: internet

A missa, que foi transmitida ao vivo pelo YouTube, teve o vídeo excluído logo após a celebração. No entanto, membros da associação que formalizaram o boletim de ocorrência conseguiram salvar uma cópia e publicaram o conteúdo nas redes sociais. Assista ao vídeo no Youtube

Entidades condenam declarações e acionam Ministério Público

A Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza, por meio de Rafael Generino, comentou nas redes sociais que o religioso distorce ensinamentos ao incitar o ódio:

“Deus é amor e respeito ao próximo, mas, infelizmente, esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito, e ainda amedronta em pleno culto na sua igreja”, afirmou ele. “As pessoas precisam compreender que Jesus não veio ao mundo segundo a percepção humana, e que ninguém deve ser discriminado por sua cor, orientação sexual ou religião, e sim julgado pelo seu caráter. Axé para todos nós”, comenta Rafale Generino.

Rafael Generino (à esquerda), presidente de uma associação de religiões de matriz afro-indígena, registrou BO contra o padre de Areial por intolerância religiosa — Foto: Rafael Generino/Acervo pessoal

Ele informou também em suas redes sociais que registrou boletim de ocorrência por intolerância religiosa na Polícia Civil e pretende formalizar denúncia junto ao Ministério Público da Paraíba (MPPB).

 Fórum de Diversidade da Paraíba também se posiciona contra o discurso

O presidente do Fórum de Diversidade da Paraíba, Saulo Gimenez, também condenou o discurso do padre, destacando o local e o tom das declarações, feitas no altar da igreja:

“É uma lástima para todos nós que, em pleno século XXI, depois de uma pandemia que deixou mães sem filhos, familiares sem seus entes queridos, amigos perdidos, no meio de uma crise mundial, várias guerras, pessoas perdendo suas vidas, um sacerdote usar o seu lugar sagrado, usar o seu sacerdócio para destilar um veneno tão sórdido como o ódio, como as intolerâncias. Usar um espaço que é para falar de amor, de compreensão, de solidariedade, mas não, está ali sendo cruel”, 

O Fórum afirmou que continuará acompanhando de perto o caso, prestando suporte à associação e encaminhando o caso às autoridades competentes, solicitando uma retratação formal do padre.

O jornal Brasil de Fato tentou contato com o padre Danilo César por meio das redes sociais, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Editado por: Cida Alves
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